Buenas!

Depois de matar a saudade da Copa Interligas na terça, em Palhoça, o dia seguinte foi de seguir ao Complexo do Ipiranga, em São José, para conferir os primeiros 90 minutos da outra semifinal. Por lá, o Náutico, de Florianópolis, começou sua jornada em busca do bicampeonato contra os locais e atuais vice-campeões municipais do Juventus.

A edição de 2017, em sua versão slim, apontará o representante da região no Estadual Amador com apenas duas ligas – de dois municípios – sendo representadas. Pelo lado da Capital, além da agremiação do Santinho, o Grêmio Cachoeira também topou participar. No pontapé inicial do torneio, como mandante, o Tricolor encarou o Americano, atual campeão josefense, e ficou no empate.

Jogando no Ipiranga, o Juventus tem boas recordações de duelar contra o Náutico. Os adversários dessa quarta já se conhecem da edição do ano passado da Interligas, quando o escrete da Dona Wanda venceu o do Santinho por 2 a 0 – mas levou 5 jogando em Floripa. Também pela edição de 2016, O Cancheiro conferiu dois compromissos do Juventus nessa mesma cancha: a goleada sofrida para o Grêmio Cachoeira na primeira rodada e a histórica vitória – a primeira em Interligas – contra o Paraíso.

No atual momento, as duas esquadras chegam voando para o torneio de tiro curto. Em seus municipais, ambos ainda estão invictos. Em São José, o Juventus venceu seus quatro compromissos, com uma média de mais de três gols por partida. Na Capital, jogadas seis rodadas, somente o Grêmio Cachoeira não conheceu a derrota para o Náutico.

Quando a pelota rolou, apenas a força de uma das equipes se sobressaiu num primeiro momento. O Náutico entrou mais ligado e aplicou uma verdadeira blitz para cima dos locais. A prova disso foi o primeiro lance de perigo, aos 4: Maurivan recebeu um arremesso lateral de Fillipy, nas costas da sonolenta marcação, e bateu sobre o goleiro Brunão, que saiu bem para fechar o ângulo. No minuto seguinte, novamente o arqueiro saiu do gol nos pés de Maurivan, mas o atacante foi mais rápido, driblou e, sem ângulo, mandou para fora. Mais um minuto se passou e mais uma chance para o 9 alvianil: Dudu avançou com facilidade pela esquerda e cruzou para Maurivan, livre, que não conseguiu ajeitar o corpo para finalizar.

Com a pressão cada vez mais intensa, parecia questão de poucos minutos para que a rede balançasse em favor dos visitantes. Foi aos 11 que saiu o primeiro golpe fatal: após escanteio fechado, a bola ficou pererecando na área, ninguém afastou e sobrou para o lateral improvisado como zagueiro Vini virar e encher o pé.

Foi necessário o gol para que a esquadra local acordasse para a partida. O primeiro chute em direção à meta foi de Thiaguinho, mas sem muita força. Enquanto o Náutico buscava de todas as formas reeditar aquela pressão inicial, mas perdia para o irregular gramado, o Juventus ia dominando as ações. Aos 30, Vitinho tabelou com Thiaguinho e marcou, mas o juiz já havia assinalado uma falta sobre o atacante juventino – apesar das reclamações, não foi observada a vantagem, pois ele recebeu o último toque em posição de impedimento. E ela nem se fez necessária. Após a cobrança de falta de Raul, Gabriel bateu roupa e Maklayfer, bem ao estilo matador, apareceu para empatar. Veja o lance:

O Juventus seguiu melhor na partida e quase virou aos 38, quando Thiaguinho enfiou para Maklayfer, que encheu o pé, mandando por cima da meta. Para piorar a situação da acuada equipe da Capital, Vini recebeu amarelo em um lance pelo meio e, poucos minutos depois, viu o vermelho por reclamação. O goleiro reserva – treinador, na prática – Borússia também acabou indo para a rua no meio da confusão – isso sem antes invadir o campo e peitar o juizão Sarrafo.

Com um a menos e sem uma peça importante na marcação – e o pior, sem reposição, já que o próprio Vini estava improvisado na zaga -, o Náutico se viu dominado pelo Juventus no começo da segunda etapa. Melhor na partida, o time da casa chegou à virada após Maklayfer receber na cara do gol, dividir com o goleiro e a bola sobrar para Thiaguinho, mesmo sem ângulo, rolar para o fundo das redes.

Após ficar à frente, entretanto, o equipe da casa deixou o ritmo cair, ao passo que o Náutico, mesmo com um homem a menos, ia conseguindo encaixar as jogadas. Do lado de fora, Borússia cantou a pedra: “eles estão achando que vão conseguir nos segurar com um homem a mais”. E, de fato, não conseguiram. Faltando cerca de 15 minutos para o final, Godo carregou a pelota, fez ótima jogada e abriu para Bahuan; o lateral mandou cruzado na área e o enfaixado Fillipy apareceu para guardar.

Enquanto o Juventus não parecia descontente com o empate, o Náutico praticamente se abdicou de jogar. Assim, o jogo prosseguiu sem maiores emoções e o 2 a 2 persistiu no placar até o final. Depois do último apito de Sarrafo, quem mais comemorou foram os visitantes.

Mais fotos do embate

A vibração se deu porque o time do Santinho leva a semifinal, a ser disputada na próxima terça-feira, totalmente em aberto para os seus domínios. Um novo empate leva a decisão para a marca da cal. Até lá, o Náutico contará com uma providencial folga na tabela do Municipal e Borússia terá que arrumar seu setor defensivo, já que, além de seus zagueiros lesionados, agora também conta com uma peça suspensa. O Juventus, por sua vez, também acabou ganhando uma folguinha de última hora, visto que as chuvas forçaram o adiamento da quinta rodada do certame josefense.

Quem não folga no final de semana é O Cancheiro. Voltaremos a pegar a estrada, dessa vez rumo ao Sul do Estado. A Copa Interligas deverá voltar a essas páginas na terça, com um dos dois confrontos de volta das semifinais.

Fique ligado para saber qual será o embate josefense-florianopolitano da vez! E aquele abraço!