Atlântico segura empate com o Americano em clássico nervoso e lidera o Grupo A em São José

Dale!

Domingo foi dia de marcar dois times novos na lista e mais uma cancha no mapinha d’O Cancheiro. Depois de ter frustrados os planos de fazer uma rodadadinha dupla em Joinville, decidi quedarme pela Grande Floripa mesmo. O destino foi a simpaticíssima cancha do Palmeiras do Roçado, em São José, onde Americano e Atlântico duelariam pela segunda rodada do Municipal.

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Americano: Jé; Wéverton, Valdeir, Jonathan e Léo; Maycon (Nilsinho), Fagner, Paraíba e Fabrício Bi; Welinton (Frank) e Matheus (Vinícius). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Atlântico: Dida; Juninho (Jonas), Dailan, Edilan e Baiano; Wilson, Maicon, Beto e Marcelinho; Lê Passos (Reni) e Douglas (Vozinho). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Dione Rodrigues arbitrou o jogo, auxiliado por Gilmar Brito Júnior e Alex Benício. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O Estádio Ênio Amantino da Silva era um dos principais objetivos do blog nesse semestre. Por lá, as grandes esquadras do Palmeiras desfilaram e cansaram de ganhar títulos – tanto é que o time hoje se encontra licenciado. Só da Liga Josefense, foram oito canecos, o que torna o clube alviverde como maior campeão da cidade.

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A fachada do excelente do Palmeiras do Roçado. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

 

Com o Palmeiras fora das competições, outra equipe do Roçado foi encontrando espaço entre as principais agremiações do município. O Americano, com mais de 30 anos de história, passou de mero coadjuvante à protagonista nesses últimos anos, com os títulos da Série B de 2014 e da elite no ano passado – título que credenciou a equipe à inédita disputa da Copa Interligas, que deverá começar na próxima semana.

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O Americano saudando sua sempre presente torcida. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O Atlântico vai para o seu terceiro ano na primeira divisão. Para chegar lá, o clube do Bairro Forquilhinhas teve um acesso meteórico, conquistando a Série C em 2013 e o vice da B em 2014. Na elite, após um campanha de meio de tabela em 2015, a equipe chegou às semifinais do ano passado, sendo eliminado justamente para o Americano.

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“Aqui é Atlântico”, bradava o torcedor, soltando fogos de artifício atrás do banco de reservas do Americano. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Os rivais dessa tarde, aliás, são dois velhos conhecidos um do outro. Ambos já protagonizaram grandes duelos pelo futebol josefense. Além da eliminação em 2016, o Americano também foi algoz do Atlântico na final de 2014. O histórico do clássico marca cinco triunfos para o time do Roçado – entre eles, todos os quatro disputados pelos mata-matas – e duas vitórias para a equipe de Forquilhinhas.

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Cancha lotada para o clássico – e tinha mais gente pelo barranco. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O oitavo encontro começou quente, prometendo mais um grande embate. Após uma primeira chegada perigosa dos visitantes, o Americano foi para o ataque e, com apenas dois minutos de bola rolando, já tinha um pênalti a seu favor. Matheus avançou pela direita e, após duas tentativas de alçar na área, acabou mandando a pelota no braço de um dos marcadores. Dione Rodrigues deixou o jogo correr, mas o bandeirinha Gilmar Brito Júnior, melhor posicionado no lance, tomou o rumo da linha de fundo, assinalando a penalidade. Na cobrança, Welinton carimbou a trave e desperdiçou a chance de abrir o placar – confira no vídeo abaixo.

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Matheus tentou duas vezes, até que acertou o braço do adversário. Gilmar Brito, bem posicionado, flagrou a infração. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Os jogadores do Atlântico cobraram que Dione Rodrigues mantivesse sua marcação inicial. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Melhor na partida, parecia questão de minutos para a esquadra mandante abrir o placar. Isso até os ânimos começarem a esquentar. O Atlântico, ciente da dificuldade de enfrentar o atual campeão, tentou de todas as formas deixar o jogo mais truncado e brigado. Aos 20, após uma suposta encenação de Léo, os jogadores do Atlântico foram tirar satisfações e o tempo fechou. Em meio à confusão, Paraíba e Maicon trocaram “carícias” e foram expulsos de forma direta por Dione Rodrigues.

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Dione Rodrigues não quis saber de conversa, com o intuito de coibir a violência, expulsou um de cada lado. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O Americano acabou caindo na pilha e parou de jogar, deixando o jogo muito igual e desprovido de criatividade. Enquanto os azuis apostavam em chutes de longe, como o de Welinton, que foi desviado e assustou o arqueiro Dida, o time rubronegro apostava e teimava nas ligações diretas, pouco eficazes, deixando tudo igual na primeira etapa.

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Matheus teve liberdade para cabecear no segundo pau, mas mandou por cima. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Com dificuldades para infiltrar a forte marcação, o Americano apostou nos chutes de média e longa distância. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Os primeiros 45 minutos foram tão brigados que os nervos seguiram à flor da pele até durante os 15 do intervalo. Sobrou até para o fotógrafo aqui. Como de praxe, sempre registro as relações dos times para tirar dúvidas quanto às numerações e às grafias dos nomes. A delegada – muito querida, por sinal – deixou eu fotografar e o presidente do Americano fez a mão de segurar as folhas, mas, por um baita mal entendido, os integrantes do Atlântico acharam que estávamos mexendo em seus documentos. Ciente dos ânimos acirrados por causa do clássico, nem dei bola para as reclamações – após o jogo, via redes sociais, a equipe do Atlântico, em uma grande demonstração de humildade, pediu desculpas pelo ocorrido.

Passado o princípio de confusão, voltei ao meu posto atrás do gol para acompanhar o segundo tempo. Tal qual a primeira etapa, o Americano seguiu buscando o placar, mas esbarrou na forte e aguerrida marcação dos visitantes. A expulsão de seus dois camisas 8, lá no começo, pesou bastante para os dois times, que tornaram as criações no meio de campo praticamente nulas.

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O Americano buscava as jogadas com velocidade e chegava com facilidade à linha de fundo, mas pecava no último passe. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Jonathan arriscou quase do meio de campo, tamanho o desespero dos locais para tirar o zero do placar. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Apenas uma chance, em favor do Americano, foi digna de nota: o habilidoso Nilsinho, egresso do banco de reservas, fez fila pelo meio e bateu forte, mas Dida encaixou com tranquilidade. Apesar do ritmo frenético, o jogo seguiu mais falado do que jogado e o placar sequer passou perto de sair do zero.

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Dida sai do gol com firmeza para esmurrar o perigo e garantir o empate. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Em chaves distintas, o empate foi um resultado maravilhoso para um lado e beirou o desastre para o outro. O Grupo A, nitidamente mais fraco nessas duas primeiras rodadas, agora tem a liderança do Atlântico, com quatro pontos – tirando o Unidos, em segundo com um pontinho, todas as outras quatro equipes do grupo ainda não pontuaram. Com os mesmos quatros pontos, o Americano terminou a segunda rodada no terceiro posto do Grupo B, a apenas um do Sport, o único time fora do G4.

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Dadas as circunstâncias, o Atlântico comemorou o empate no clássico como se fosse um goleada. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Mais fotos do clássico (curta a página do blog no Facebook para conferir, em breve, a galeria completa)

Buscando se isolar ainda mais na ponta, o Atlântico recebe o Ipiranga na próxima rodada, em local e horários ainda a definir. O Americano, por sua vez, enfrenta o bipolar Juventude, o time até aqui com o segundo melhor ataque a pior defesa do certame.

Com Municipal de São José sempre na pauta, é bem possível que O Cancheiro regresse à cidade mais algumas vezes durante o ano. Por outra competição, entretanto, já é confirmado que voltaremos a pisar em solo josefense. A Copa Interligas, que começa na próxima semana, terá apenas quatro times – o próprio Americano, como atual campeão, e o Juventus representam a Liga Josefense – e a total cobertura do blog.

Até a próxima!

 

 

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2 comentários sobre “Atlântico segura empate com o Americano em clássico nervoso e lidera o Grupo A em São José

  1. Volte sempre muito bom conhecer o cancheiro belíssimo trabalho em pouco tempo em solo josefense já cobrindo um grande clássico Parabéns e muito obrigado por nos deixa a par de tudo nos mínimos detalhes! !!!!!!

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  2. […] Todos os jogos dessa Interligas serão no meio de semana devido às disputas dos municipais, dos quais Americano e Grêmio Cachoeira ainda seguem invictos. Apesar dos bons retrospectos, ambos apareceram uma só vez por aqui nesse ano e, curiosamente, empataram seus duelos: o Grêmio na quarta rodada, contra o Avante, e o Americano na segunda, contra o Atlântico. […]

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