Salve!
Com o intuito de se aproximar do torcedor alvinegro, o Figueirense decidiu inovar nessa sexta-feira pós feriado da Independência do Brasil. A renovada diretoria convocou a torcida para um dia especial no Estádio Orlando Scarpelli, com direito a telão para assistir o duelo contra o Boa, pela Série B. Para abrir o evento, durante a tarde, os juniores de Figueirense e Avaí entraram em campo para um clássico válido pela terceira rodada do Campeonato Catarinense da categoria.



Acostumados aos seus centros de treinamento, os guris de Avaí e Figueirense dessa vez jogaram para um público que tomou boa parte das arquibancadas cobertas do Scarpelli. No estádio, é a terceira vez no ano que O Cancheiro confere o sub-20 do Figueira. As outras duas foram pela Copa do Brasil, em confrontos contra o Sport e o Flamengo, de Vinícius Jr. Mesma competição que os avaianos chegaram a uma inédita semifinal, sendo também eliminados pelos Garotos do Ninho do Urubu.

No certame estadual, os alvinegros ainda não conheceram o sabor da vitória nas duas primeiras rodadas – e nem o da derrota. Foram dois empates, contra Metropolitano, no CT do Cambirela, e Joinville, no Norte do Estado. O Avaí, pelo contrário, venceu suas duas partidas, contra Inter de Lages e Atlético Tubarão, e se encontra na liderança isolada do Estadual.

Em busca do terceiro triunfo, o Leão da Ilha não se importou com o território inimigo e foi para cima. Frente a uma marcação alta e eficiente, os alvinegros simplesmente não conseguiam jogar – soma-se a esses fatores, um certo nervosismo por estarem diante de sua torcida. Foram necessários apenas sete minutos para os avaianos abrirem o placar: Wesley foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Getúlio; Vitor fez um milagre no primeiro momento, mas não conseguiu pegar o rebote.



Após esse baque inicial, o Figueirense buscou sair mais para o ataque, mas seguiu esbarrando na marcação sob pressão e na tarde inspiradíssima dos visitantes, que não perdiam uma só bola na meia-cancha. Assim, ainda antes dos 20, o Avaí teve outras boas chances de ampliar: primeiro, em falta cobrada por Rael e espalmada por Vitor; depois, em contra-ataque puxado por Getúlio, a bola chegou em Jô, que não confiou na sua direita e puxou para a canhota, mas bateu sobre a marcação, descolando um escanteio; na cobrança, o próprio centroavante subiu sozinho e mandou por cima do gol, rendendo fortes críticas do arqueiro Vitor para o seu time.



Aos poucos, o Alvinegro foi acordando, como pedia incessantemente seu goleiro, mas só aos 35 conseguiu empolgar sua torcida. Matheusinho avançou com velocidade pela direita, abriu para Desailly, que devolveu para o próprio meia-atacante emendar um balaço de primeira, no alto, mas Léo Lopes, ligado, espalmou de mão trocada – foi apenas a primeira interceptação do arqueiro avaiano, e com estilo. Pouco depois, ainda no embalo de seus adeptos, o Figueira chegou à linha de fundo com Matheus Lucas, mas Léo Lopes apareceu novamente para salvar, dessa vez se jogando com coragem nos pés do atacante.



O Avaí não deixou se levar pela blitz alvinegra e logo retomou o controle do jogo. Aos 51, após um bom tempo parado para atendimento a Léo Lopes, Jô recebeu livre, dentro da área, puxou para a canhota e fuzilou em direção ao gol, mas a bola explodiu antes nos braços de Desailly. Pênalti claro, assinalado por Adriano Roberto de Souza e convertido em gol pelo lateral Guga: 2 a 0 para o time da Ilha.




Após o intervalo, a esquadra azurra voltou com a mesma postura. Dessa vez, o gol saiu ainda mais rápido do que na primeira etapa: aos 4, Getúlio brigou pela direita e rolou para Jô, que bateu colocado de esquerda e acertou a parede lateral das redes, sem chances para Vitor.

Já satisfeito, o Avaí passou a apenas administrar o placar. Foi quando, naturalmente, o Figueirense passou a ter mais espaço para trabalhar a pelota e chegar ao ataque. Matheus Lucas, ao melhor estilo trombador, repetiu a boa atuação do jogo anterior contra o JEC e teve ao menos quatro ótimas chances de descontar, todas rebatidas pela defesa ou pelo arqueiro Léo Lopes – duas delas, inclusive, à queima-roupa.


Mesmo peleando até os últimos minutos, nem o centroavante, nem o bom atacante Luiz Fernando, recém integrado aos profissionais e com passagens pelas seleções de base, conseguiram fazer as redes balançarem em favor dos alvinegros. Nem mesmo as seis mudanças promovidas pelo técnico Alysson Rodrigo da Silveira – entre elas, a entrada de Romildo, sobrinho de Rivaldo – surtiram o efeito desejado.

Com a derrota e a primeira fase se aproximando de sua metade, os guris do Figueirense começam a sentir a água batendo na bunda. Em três jogos, foram apenas dois pontos, dois atrás do Criciúma, que fecha a zona de classificação à semifinal. Do outro lado, o Avaí vai surfando na crista da onda, com nove pontos, 100% e praticamente com a vaga assegurada.

Mais fotos do clássico da capital
Em busca do primeiro triunfo, o Figueirense vai até o Oeste do Estado, no próximo domingo, para encarar a Chapecoense, hoje dentro do G4. Podendo garantir a classificação matemática já na quarta rodada, o Avaí recebe o Metropolitano, em seu CT anexo à Ressacada, na sexta.
Esse confronto entre azurras e verdões deverá ter a presença do blog. Antes disso, no domingo, vamos ao Norte do Estado para trazer novidades.
Siga acompanhando nossas andanças pelo futebol catarina e até a próxima!
Aquele abraço!
[…] vêm de uma campanha sensacional no Estadual. O Avaí venceu todos os seus três jogos até aqui, com direito a passeio dentro do estádio do maior rival, na última rodada. Os rivais dessa tarde, pelo contrário, ainda não se encontraram no campeonato e não marcaram um […]
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[…] Duas delas contaram com a presença do Figueira: o empate contra o Joinville, no Norte do Estado, e a derrota para o Avaí, em pleno Orlando Scarpelli. O Inter, pelo contrário, não figura por aqui há cerca de dois anos, quando também foi […]
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[…] Pelo caminho, foram diversas goleadas, incluindo contra todos os outros três semifinalistas: 3 a 0 contra Figueira, em pleno Scarpelli, e Chapecoense, no CT avaiano, e 4 a 1 contra o JEC, no Norte. Para manter a campanha intacta, o […]
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[…] conferimos quatro goleadas do Leão. E haja vocabulário para descrevê-las sem ser redundante: contra o Figueirense, o Avaí goleou; contra o Metropolitano foi o rolo compressor avaiano que virou; contra a própria Chape foi uma […]
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