Salve!
Com o começo do Campeonato Catarinense Júnior, a gurizada das categorias de base das principais equipes do Estado estão de volta ao blog. Depois de deixar passar a primeira rodada, O Cancheiro fez sua estreia no certame nessa sexta-feira, no Norte, onde conferimos o embate entre Joinville e Figueirense.



A dupla, que não anda bem das pernas no profissional, não é nenhuma novidade por aqui quando o assunto é a base. Já é a terceira vez que esse confronto aparece no blog – em duas partidas, ambas disputadas no CT do Cambirela, do Figueirense, registramos um empate e uma vitória do Coelho. A novidade, dessa vez, foi o local: o CT Morro do Meio, localizado na Zona Oeste de Joinville, primeira estrutura desse tipo entre os clubes catarinenses – desde 1995, todos os quadros jequeanos treinam por lá.

Estreando sob seus domínios, o Tricolor busca repetir o sucesso da primeira rodada, quando venceu tranquilamente o Atlético Tubarão por 3 a 0 no Sul do Estado. Para tanto, precisa arranjar alternativas para três desfalques importantes do meio para a frente: os atacantes Danielzinho e Bencke, expulsos na estreia, e o camisa 10 Janderson, que pegou caxumba na véspera da partida.
O Figueira, que não saiu do zero na estreia contra o Metropolitano, também perdeu alguns jogadores importantes nessa meio-tempo entre a Copa Santa Catarina, no primeiro semestre, e a o Estadual. Mas foi por um motivo nobre: Luiz Henrique, o destaque da equipe, por exemplo, subiu aos profissionais em agosto – o guri chegou a integrar uma lista de 60 jovens talentos publicada pelo periódico britânico The Guardian. O zagueiro Matheus Pereira, outra figurinha carimbada em jogos da base do Figueira, também passou a integrar o quadro principal, já fardando como titular, inclusive.
Dentro das quatro linhas, o embate começou morno, com pouca criatividade de ambos os lados. A primeira finalização, ocorrida apenas aos 20 minutos, porém, compensou toda a falta de qualidade de até então. Após um chutão para o alto da defesa do Figueirense, Madson esperou a bola quicar e virou um belíssimo voleio, à la Ibrahimovic, encobrindo o goleiro Vitor a abrindo o placar de forma antológica.




Sem nenhum chute a gol até então, o Figueirense foi obrigado a avançar suas linhas. Ainda na metade da primeira etapa, os laterais Desailly e Alessandro foram substituídos por Sidney, da mesma posição, e pelo meia Malaquias, deslocando o volante Guilherme Eller para o lado, numa clara tentativa do técnico Alysson Silveira de buscar maior ofensividade. De certa forma, deu certo. O time alvinegro conseguiu fazer o arqueiro Ferreira trabalhar, em arremates de Jhonatan, Ceará e Matheusinho, mas não balançou o barbante antes do intervalo.

Se o recuo do Joinville já se mostrava bem aparente na primeira etapa, na segunda se tornou claríssimo. Virou um jogo de ataque contra defesa. No primeiro minuto, Ceará já conseguiu chegar com facilidade à linha de fundo e rolar para Malaquias, que não pegou em cheio e acabou recuando para Ferreira. Pouco depois, quem chegou ao fundo com liberdade foi Matheus Lucas, mas o centroavante tentou resolver sozinho e ficou sem ângulo para mandar para o gol.


Matheus Lucas, aliás, vinha fazendo uma ótima partida como o homem da referência no ataque alvinegro, brigando pela bola e, por duas vezes, cavando faltas decisivas. A primeira, da meia-lua, foi batida por Sidney e passou raspando o travessão. A segunda, já dentro da área, aconteceu após uma trombada com o arqueiro Ferreira; pênalti indiscutível, convertido em gol com tranquilidade pelo próprio Matheus Lucas, que, mesmo ainda sentindo o choque, se levantou, colocou a bola na marca da cal e tirou o goleiro da foto.


O empate alvinegro saiu quando já eram decorridos 32 minutos de etapa final. Tempo os dois clubes ainda tinham de sobra para buscar os três pontos. Faltou, assim como lá no começo, a criatividade. O JEC, que só acordou após sofrer o gol, teve a grande chance do final, quando Madson cruzou, a bola atravessou toda a área e foi parar nos pés de João Pedro, que bateu duas vezes, para dois milagres de Vitor.

A escassa criação, somada ao desgaste físico, fez com que o empate persistisse. Um pontinho a mais para a conta do Furacão, que de pontinho em pontinho vai enchendo o papo. Para o Coelho, rendeu a permanência no G4 e a segunda colocação, atrás apenas do Avaí, que segue 100%. Ambos voltam a campo na próxima sexta, quando o Figueira recebe o líder para o clássico no Cambirela e o Joinville vai a Blumenau encarar o Metrô.
Galeria de fotos do jogo
Há quem diga que o certame está só no começo e ainda não há nada a ser apontado. O fato, entretanto, é que são apenas sete rodadas na fase classificatória e qualquer bobeira pode resultar numa desclassificação – não que o título seja o intuito final das categorias de base, mas, no mínimo, renderia uma maior vitrine para os atletas.
Fazendo nossa parte de acompanhar e divulgar o submundo das categorias de base, O Cancheiro deverá retomar a cobertura do torneio a partir da quarta rodada.
Siga acompanhando e até lá!
[…] rodadas – e nem o da derrota. Foram dois empates, contra Metropolitano, no CT do Cambirela, e Joinville, no Norte do Estado. O Avaí, pelo contrário, venceu suas duas partidas, contra Inter de Lages e Atlético Tubarão, e […]
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