Buenas!
Adentrando sua reta final, a Segundona do Catarinense teve mais uma rodada, a quinta, completa no meio da semana, com os cinco jogos na quarta-feira. Para completar a galeria de times posados do blog, o destino escolhido foi a vizinha Palhoça, onde o Guarani, único time que ainda não havia aparecido por aqui, recebeu o Hercílio Luz.



Na tentativa de tornar sua passagem pela Segundona apenas mais um bate-e-volta, o Bugre palhocense ainda não conseguiu deslanchar na competição. Apesar de estar sempre brigando nas cabeças, o Guarani bateu na trave pelo título do turno – perdido para o próprio Hercílio – e vem patinando nesse returno, perigando ficar de fora das semifinais até pela classificação geral, onde se encontra na quinta colocação, com 23 pontos.

Com um ponto a mais e igualmente com o freio de mão puxado nesse segundo turno, o Leão parece estar com a cabeça já nas semifinais. Depois de copar o turno, o Hercílio ainda não engrenou e só tem uma vitória em quatro jogos no returno. O sonho do acesso direto, sem a necessidade de passar pelo playoff, já parece bem distante para os colorados.


Dentro de campo, o Guarani entrou claramente disposto a não marcar passo novamente. A primeira grande chance saiu após o artilheiro do time – e vice da Série B – Juliano Levak sair na cara de Martins, que fechou bem o ângulo e afastou; no rebote, Giba bateu firme, mas o arqueiro hercilista novamente apareceu para intervir. O lance empolgou os cerca de 500 torcedores palhocenses – compostos em grande número por atletas da base que moram no Renato Silveira – que até ensaiaram um “olê, Bugre!”.

Apesar do começo empolgante, aos poucos o Guarani foi dando cancha para o Hercílio chegar ao ataque. Aos 20, Marcelo Quilder recebeu uma bola enfiada e bateu na saída de Lucas Alves, que conseguiu fechar bem o ângulo e espalmou; no rebote, o arqueiro ainda pegou a finalização forte de Mateus Arence, mandando para a linha de fundo.

Até a primeira meia-hora, o jogo se mostrava bem truncado e peleado no meio da cancha, com apenas uma chance clara para cada lado. Foi aí que Edson da Silva tomou os holofotes para si e decidiu que a partida teria que ser mais aberta, expulsando um jogador de cada lado, após uma dividida aleatória no meio do campo. Nessa brincadeira, os dois times acabaram perdendo justamente seus melhores jogadores em campo até então: o camisa 10 Giba, pelo lado do Guarani, e o meia-atacante Mateus Arence, o artilheiro do Hercílio na B.

Com menos atletas povoando o gramado, os times até tiveram espaço para criar mais, mas nada de tirarem o zero do placar. Do lado tubaronense, os laterais Mota e Bruninho – que se revezava na esquerda com Wellington Saci – subiam frenquentemente ao ataque e não raramente apareciam em condições de arrematar. Na defesa, porém, deixavam espaços. Foi assim que Baralhas tabelou com Bruno e apareceu livre na área, mas bateu desequilibrado e facilitou a vida de Martins.

Na volta do intervalo, as equipes seguiram com a mesma intensidade, mas com um maior ímpeto ofensivo em relação à primeira etapa. O Guarani foi obrigado a sair mais para o jogo e até ensaiou uma pressão nos primeiros cinco minutos, após Cleiton Garcia subir ao ataque e obrigar Martins a mandar a bola para escanteio. Na cobrança, Renato Silveira fez jus à cancha homônima e subiu imponente para testar, mas um pé providencial da defesa afastou, novamente para escanteio. Mesmo sendo do outro lado, o zagueirão Renato novamente ganhou no alto e a bola explodiu na zaga, gerando reclamações de toque de mão por parte dos locais.

O Hercílio Luz, mesmo mais recluso na defesa, levava perigo quando subia ao ataque, principalmente pelos lados do campo, com Luizinho. Aos 10, ele fez toda a jogada e rolou para Sandy encher o pé e isolar. Dois minutos depois, após um sensacional elástico, seguido de um drible da vaca, ele limpou dois marcadores e ficou livre, com um excelente ângulo para balançar as redes, mas mandou por cima, rente ao travessão.

Após a saída de Sandy, volante que vinha apoiando bem no ataque, e a entrada de Robert, o Leão acabou recuando demais. O Bugre aproveitou e tomou toda a posse de bola para si, mas não conseguiu criar nada de efetivo, à exceção de alguns chutes do meio da rua, como os de Baralhas e Amorim, que se perderam pela linha de fundo.

O segundo tempo seguiu nessa lógica até próximo dos 40 minutos, quando a equipe tubaronense se soltou um pouco e chegou com facilidade ao ataque. Luizinho, incansável, dividiu com Renato Silveira e, mesmo em clara desvantagem física, ficou com a bola e saiu na cara de Lucas Alves, que mais uma vez saiu bem da meta e salvou. Pouco depois, Luizinho brigou novamente dentro da área e deu um toque com classe para Victor Hugo chegar batendo, mas, para desespero da torcida visitante, furou.

Mesmo após as inúmeras chances criadas, Guarani e Hercílio Luz pecaram na pontaria e deixaram o gramado do Renato Silveira com um amargo zero a zero. Os dois pontinhos deixados para trás nessa fria noite em Palhoça provavelmente farão falta para as duas equipes.

Mais fotos do jogo (recomendo aumentarem o brilho do monitor para poderem vê-las, já que a iluminação do Renato Silveira em nada ajudou o fotógrafo aqui)
O Hercílio, cada vez mais longe do título do returno e com a cabeça nas semifinais, volta a campo para um difícil desafio em casa, contra o Concórdia, líder absoluto e ainda invicto no returno. O Guarani, em quinto tanto da classificação geral quanto do returno, vai a Joinville enfrentar o Fluminense, buscando deixar as incômodas posições de meio da tabela para trás.
Depois de completar o objetivo de cobrir ao menos um jogo de cada uma das dez equipes dessa Série B, O Cancheiro deverá voltar nas duas últimas rodadas do certame e, é claro, nos mata-matas.
Até lá!