Em domingo de Gre-Nal, o Grêmio que realmente importa para O Cancheiro é o da Cachoeira do Bom Jesus. O Tricolor é o atual bicampeão da Copa Interligas e, nessa tarde, foi ao Complexo do Ipiranga, em São José, para enfrentar a equipe local do Juventus, vice-campeão municipal.



Com o time-base da temporada de 2015 e algumas contratações pontuais, como o goleiro Peu e o atacante Kleyffer, o Grêmio busca o inédito tricampeonato seguido da competição regional – apenas o Ajax do Saco dos Limões (Florianópolis) e o Palmeiras de Três Riachos (Biguaçu) chegaram ao bi em dois anos consecutivos. O Juventus, por outro lado, busca apagar a péssima campanha na última Interligas – curiosamente, a estreia foi em casa, contra o próprio Grêmio Cachoeira, mas o placar não foi nada bom: 6 a 0 para os florianopolitanos.
Mesmo com o claro favoritismo dos visitantes, observado até pela comissão técnica josefense na preleção, o Juventus não se intimidou e fez uma primeira meia-hora de jogo de igual para igual. O Grêmio produziu e trabalhou melhor a bola no ataque, mas não ofereceu perigo à meta de Ibraim com a bola rolando. Com uma defesa bem encaixada, o Juventus não deixava a bola passar – se preciso, parava na força. As melhores oportunidades do Grêmio foram nas bolas paradas de Carlinhos e Vitor Cruz. Mas a primeira chance clara aconteceu pelo outro lado, após uma escapada do Juventus pela direita, de onde Carlão finalizou, Peu espalmou em cima de Vitinho, mas o atacante não conseguiu aproveitar.

Já aos 10, a primeira confusão envolvendo a arbitragem: Kleyffer foi derrubado na linha de fundo por Lipe, mas o juiz não esboçou nenhuma reação; o bandeirinha, pelo contrário, assinalou a penalidade na hora. Pobre assistente. Toda a equipe do Juventus foi para cima dele, bradando todo tipo de “elogios” possíveis. Nada adiantou, já que o juiz marcou pênalti, mas não advertiu nenhum jogador. Foi aí que começou a bronca do outro lado, que cobrava uma postura mais enérgica do árbitro frente às reclamações. Na cobrança, Vitor Cruz buscou o canto esquerdo, mas o arqueiro voou e mandou a bola na trave. Imagina o que o bandeirinha escutou…

Quatro minutos depois, Vitor Cruz levantou a bola na pequena área e Roger desviou para o gol. Prontamente, o mesmo bandeirinha levantou seu instrumento e anulou o tento. Em menos de 15 minutos, ele conseguiu se queimar com as duas equipes – e o pior, suas marcações foram corretas. A reclamação foi tanta que o técnico Djone Kammers, do Grêmio, foi expulso.

Tudo indicava para um zero a zero na primeira etapa, até que, aos 31, os zagueiros do Grêmio subiram para o ataque em nova cobrança de falta. No contragolpe, o Juventus se aproveitou da lenta recomposição da zaga. Carlão recebeu sozinho no meio da área, driblou o goleiro Peu e foi derrubado. Pênalti claro e cartão amarelo para o arqueiro tricolor. Na cobrança, o camisa 10 Gabi bateu alto e sem chances de defesa.

Era o que o Grêmio precisava para acordar na partida. Três minutos depois, Vitor Cruz – sempre ele – bateu uma falta do meio da rua, direto para o gol; a bola desviou na barreira e traiu o goleiro Ibraim. E mal deu tempo de assimilar aquele empate, quando, um minuto depois, Carlinhos pegou a bola e cobrou uma falta da entrada da área com perfeição: 2 a 1 para o Grêmio em bolas paradas. Ainda antes do intervalo, aos 47, Romarinho lançou Kleyffer, que matou no peito e rolou para Itauê só escorar a pelota para as redes.
Confira os golaços abaixo (ainda que desfocados, já que meu negócio é foto, e não vídeo):

Depois de um final de primeiro tempo eletrizante, sob um calor de 33º, nada como 15 minutos de descanso. Quando a bola voltou a rolar, o Grêmio manteve a superioridade. Aos 2, Índio quase matou sua torcida do coração ao recuar para o goleiro e entregar nos pés de Kleyffer, mas o atacante driblou o goleiro e perdeu o ângulo. No lance seguinte, o incansável Kleyffer foi à linha de fundo e cruzou; na sobra, Deivid soltou o pé, obrigando uma excelente defesa de Ibraim.

O placar seguiu inalterado por pouco tempo. Aos 10, Romarinho cruzou para André, sozinho, só ter o trabalho de enquadrar o corpo e mandar de cabeça para o gol. O quinto não saiu, já no lance seguinte, por detalhes.Kleyffer saiu na cara de Ibraim, mas o arqueiro fechou o ângulo e catou – por sinal, bela atuação do goleiro, apesar da goleada. A resposta do Juventus veio em um chute de Índio, desviado em Vitor.

Na metade da segunda etapa, Djone, comandando a equipe do alambrado ao lado do banco de reservas, mudou o ataque do Grêmio: Abner, Gui e Ziel entraram nos lugares de Carlinhos, Kleyffer e André. O sangue novo surtiu efeito aos 25, quando Gui enfiou para Ziel bater rasteiro, na saída de Ibraim.

Com o placar elástico, o Tricolor da Cachoeira se acomodou e só deixou o tempo passar. Aos 35, Dudu quase aproveitou um rebote para descontar. Logo depois, Ivandro soltou um petardo de fora da área, espalmado por Peu. O golzinho de honra só saiu aos 38, da mesma forma que o primeiro. Vitinho aproveitou um bom tabelamento de sua equipe e adentrou a área, mas foi parado pelo carrinho de Abner. Pênalti claro, convertido em gol por Dudu.
Segundo gol de pênalti do Juventus (ou metade dele, já que, definitivamente, meu negócio não é filmar):
Apesar de não conseguir repetir o 6 a 0 do ano passado, o Grêmio saiu satisfeitíssimo, é óbvio, com o 5 a 2. A equipe da Cachoeira do Bom Jesus já larga sozinha na frente de sua chave, já que Náutico e Paraíso ficaram no zero a zero. Na próxima rodada, o Juventus busca a recuperação no Santinho, contra o Náutico, enquanto o Grêmio recebe o Paraíso para tentar disparar na ponta (a tabela atualizada tu conferes aqui).
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