Depois de uma abertura frenética, o Estadual de Amadores teve seu prosseguimento nessa sexta-feira, com dois confrontos no Estádio Olímpico Sadalla Amin Ghanem. A dobradinha da tarde valia nada menos que as duas vagas na grande final. Para abrir os trabalhos, a preliminar colocou frente a frente o campeão do Sul, o Metropolitano, de Nova Veneza, e o do Oeste, o Cometa, de Itapiranga.
O Cometão chegou, treinado por Vitor Engel, com: Dela; Xandão (Marcelo), Zangalli, Scalon e Feijão; Boca, Reiler, Márcio Reis (Geovan) e Jair Mueller; Lírio (Jean Fank) e Bocão (Renatinho) (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
O time do Sul, comandado por Jean Reis, foi para a semifinal com: Passarela; Bruno Mazzuchello (Édipo), Cleiton, Shayder e Fá; Filipe Monteiro, Juca (Luciano), Dudu e Lalau (Andrei); Roger Gaúcho e Beto Cachoeira. (Foto: Jery Souza)Cinésio Mendes Júnior foi o árbitro da partida, auxiliado por Diogo Berndt e Antônio Lourival da Luz. Paulo Sérgio Travasso foi o quarto árbitro. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
Em campo, duas esquadras começando suas jornadas em busca do bicampeonato estadual. Campeão há dois anos – como bem conferiu O Cancheiro, em São Miguel do Oeste -, o Metrô expandiu sua soberania no Sul do Estado e hoje, com um forte investimento, já está consolidado como uma das grandes forças do amador catarinense. Na Copa Sul, no primeiro semestre, a equipe simplesmente passeou e conquistou com tranquilidade a vaga no Estadual
Uma dezena de neovenezianos percorreram os cerca de 400 quilômetros até Joinville. (Foto: Jery Souza)
O Cometa carimbou o passaporte para Joinville com o tetra da Copa Oeste – antiga Fase Oeste -, deixando para trás alguns dos favoritos, como o Guarani, nos pênaltis, e o Grêmio União, numa decisão histórica em Itapiranga. Campeão estadual em 2009, o time chegou a bater na trave em 2011, quando foi eliminado em casa para o Náutico, e em 2013, após perder para o Caravaggio, também de Nova Veneza.
A torcida do Cometa atravessou Santa Catarina praticamente de ponta a ponta, numa das maiores distâncias possíveis dentro do estado – cerca de 700 quilômetros entre o extremo sudoeste e o extremo nordeste. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
Com a bola rolando no Olímpico, o Metrô fez valer o investimento e dominou completamente as ações, ocupando todos os espaços e rodando bem a pelota. A equipe do Sul, porém, pecava na hora de infiltrar e não conseguia finalizar suas jogadas. Do outro lado, o Cometa chegava pouco, mas sempre com perigo. As melhores chances dos itapiranguenses saíram de bolas paradas e da imposição aérea de Bocão e Márcio Reis.
O Metrô raramente arriscava, como bem fez Cleiton, nessa cobrança de falta. (Foto: Jery Souza)Já o Cometa apostava no jogo área. Nessa Márcio Reis, um dos destaques do Avenida na campanha do acesso do Gauchão, subiu desequilibrado. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)O matador Beto Cachoeira dividiu com Dela e quase abriu o placar. (Foto: Jery Souza)No lance, o goleirão acabou levando a pior. (Foto: Jery Souza)No intervalo, Dela confirmou que a proposta do Cometa era mesmo se defender e sair no contra-ataque. Ele ainda comentou sobre o choque com Beto Cachoeira, no qual o arqueiro seguiu deveras zonzo sob as traves. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
Após o intervalo, a equipe rubra mudou a postura e entrou disposto a tirar o zero do placar. Juca e Dudu, por exemplo, fizeram o que faltava para o time: arrematar de longa distância; Dela, ligado, pegou todas com segurança. Outra coisa que faltava ao Metrô era a infiltração. Na melhor delas, Lalau se antecipou a Zangalli e Dela e caiu dentro da área, mas Cinésio nada marcou.
Na etapa final, o Metrô finalmente conseguiu finalizar suas jogadas. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Jair Mueller esteve presente nos três estaduais que O Cancheiro cobriu: em 2015 pelo Guarani, em 2016 pelo Xanxerê e agora pelo Cometa. O trio ofensivo de Itapiranga, aliás, era exatamente o mesmo do Bugre que perdeu a final para o próprio Metropolitano dois anos atrás: Jair Mueller, Lírio e Bocão. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
No decorrer da etapa final, as coisas foram voltando à normalidade, com o Metrô ficando com a posse, mas o Cometa levando maior perigo em bolas paradas. Aos 27, Scalon escorou uma cobrança de escanteio na direção do ângulo, mas Passarela foi lá buscar. O lance deu um certo ânimo para o time. Até a torcida, calada até então, decidiu soltar o grito. Na empolgação, o Cometa enfim conseguiu oferecer perigo com bola rolando: Lírio recebeu lançamento pela direita, mas ficou sem ângulo e perdeu.
Márcio Reis teve nova chance de cabeça, mas não conseguiu alcançar para desviar para as redes. (Foto: Jery Souza)A forte defesa oestina contou com o reforço até das peças ofensivas, como Bocão. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
Sentindo o melhor momento dos adversários, Jean Reis promoveu a entrada de Luciano, no lugar de Juca, com o intuito de reforçar a marcação na meia-cancha do Metrô. No lance seguinte, entretanto, foi o Cometa que voltou a assustar: Lírio novamente teve espaço pela direita e cruzou para Márcio Reis, que antecipou bem a marcação, mas por questão de centímetros não desviou a pelota para a meta.
Com a bola rolando, o Cometa levava mais perigo pelos flancos. (Foto: Jery Souza)Luciano, ex-Inter de Milão, entrou na equipe do Sul para dar mais consistência e marcação no meio. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
Os 90 minutos se arrastaram sempre com a mesma lógica, com forte marcação dos dois lados, mas pouca inspiração ofensiva. O placar zerado estava realmente disposto a persistir. Até o juizão Cinésio Mendes Júnior percebeu isso e sequer aplicou os acréscimos, encerrando a murrinha partida exatamente aos 45 da etapa final.
Mais imagens dos zerados 90 minutos (Fotos: Lucas Gabriel Cardoso)
De outra perspectiva, confira também a galeria de fotos do parceiro Jery Souza
Como prevê o regulamento, a decisão do finalista sairia da marca da cal. Após excelentes intervenções dos goleiros Dela e Passarela, no final das contas foi o Metrô que levou a melhor, como consta detalhadamente na sequência de fotos abaixo:
Geovan só rolou a bola para as redes e abriu a contagem para o Cometa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Andrei acabou telegrafando a cobrança. (Foto: Jery Souza)E Dela foi lá no alto para socar a pelota. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Renatinho pegou mal e facilitou a vida de Passarela. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Dela tentou adivinhar o canto, mas foi deslocado por Dudu. 1×1. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Jair Mueller demonstrou porque é o camisa 10 e faixa do Cometa e mandou com classe no alto, sem a menor chance para Passarela. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)O também camisa 10 Roger Gaúcho também bateu com maestria e deslocou Dela. 2×2. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Boca tentou tirar do alcance de Passarela e acabou mandando para fora da meta – tanto que a nossa lente quase nem captou a pelota. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Apesar de toda sua experiência, Luciano acabou não pegando tão bem. (Foto: Jery Souza)E Dela foi lá no canto para atacar a pelota novamente. Segue 2×2. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Feijão foi decidido para a última cobrança do cometa. (Foto: Jery Souza)Mas mandou no meio e Passarela salvou com os pés. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Beto Cachoeira foi para a cobrança decisiva. Se fizesse, fechava a conta. (Foto: Jery Souza)E fez. Mandou lá no alto, completamente fora do alcance de Dela. Final: 3×2. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)Metrô na final! (Foto: Jery Souza)Passarela foi o herói e responsável por confirmar o alto investimento do Metrô, conforme o próprio comentou, e garantir a vaga na final. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)E lá vai a esquadra de Nova Veneza para sua terceira final de Estadual. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
As equipes de Nova Veneza e Itapiranga mal deixavam o campo do Olímpico quando Carlos Renaux e América já adentravam para o jogo de fundo. Mas a outra semifinal é papo para logo mais.
4 comentários sobre “Metropolitano vence Cometa nos pênaltis e é o primeiro finalista do Estadual”
[…] tão logo Cometa e Metropolitano deixaram o gramado do Olímpico Sadalla Amin Ghanem – após a preliminar que garantiu os sulistas na final. E não foi qualquer semifinal. Nada menos que sete títulos catarinenses profissionais adentraram […]
[…] O terceiro dia de bola rolando no Olímpico Sadalla Amin Ghanem, em Joinville, chegou e com ele a grande decisão do Estadual de Amadores. De um lado o lendário Carlos Renaux, que deixou o anfitrião e igualmente histórico América para trás, e do outro o forte Metropolitano de Nova Veneza, que eliminou o Cometa nos pênaltis. […]
[…] uma vitória para o Metrô. No ano passado, o arqueiro também brilhou nas semifinais, ao garantir a classificação nos pênaltis, contra o Cometa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso) Peu teve que se virar para evitar um placar mais elástico. (Foto: […]
[…] uma vitória para o Metrô. No ano passado, o arqueiro também brilhou nas semifinais, ao garantir a classificação nos pênaltis, contra o Cometa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso) Peu teve que se virar para evitar um placar mais elástico. (Foto: […]
[…] tão logo Cometa e Metropolitano deixaram o gramado do Olímpico Sadalla Amin Ghanem – após a preliminar que garantiu os sulistas na final. E não foi qualquer semifinal. Nada menos que sete títulos catarinenses profissionais adentraram […]
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[…] uma vitória para o Metrô. No ano passado, o arqueiro também brilhou nas semifinais, ao garantir a classificação nos pênaltis, contra o Cometa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso) Peu teve que se virar para evitar um placar mais elástico. (Foto: […]
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