Dale!
Final de semana com decisões matutinas aqui no blog. Depois de copar o Gigante da Beira-Rio na manhã de sábado, abreviei minha estadia em solo gaúcho para atender um convite daquelas irrecusáveis: conferir o duelo entre Eldorado e Grêmio Palhocense, a finalíssima da Segundona de Palhoça.



Tal convite partiu do parceiraço e onipresente Djone Kammers, técnico do Eldorado. Em seu quinto trabalho acompanhado pelo blog – os outros foram por Grêmio Cachoeira (Florianópolis), Itinga (Tijucas), Campinense (Garopaba) e Floresta (Pomerode) -, ele fez uma campanha irrepreensível à frente da esquadra do Jardim Eldorado. Em sete partidas, foram cinco vitórias, incluindo um 3 a 0 contra o adversário da final, e dois empates, ambos contra o SPC.

Com números bem mais modestos, o Grêmio surgiu como a grande surpresa do acesso. Na fase classificatória, a equipe conseguiu apenas um triunfo. Já pelas semifinais, a vaga na elite veio após uma escalação irregular do Noroeste. Vale lembrar que o Tricolor da Ponte do Imaruim havia vencido a partida de ida dentro de campo, provando que sua presença na decisão não era nenhum absurdo.

Depois de deixar o também parceiraço Matheus Desprovidos Pereira no Renato Silveira, saí a cata de um cartão de memória por Palhoça, em plena manhã de domingo. Com uma certa agilidade, achei tal acessório indispensável e retornei à cancha do Guarani, adentrando-a no exato momento em que um hino de estrelas e flores era reproduzido – o de Santa Catarina, para quem não conhece. É a quinta vez que vou ao principal estádio palhocense e, curiosamente, nenhuma foi para cobrir partidas profissionais – a última, inclusive, foi a final de Segundona do ano passado, entre Atlântico e Bela Vista.

Passado o protocolo, a pelota enfim rolou pelo excelente relvado do Bugre Palhocense. E não tardou para que ela encontrasse seu glorioso caminho, o das redes. Exatos cinco minutos, quando Romarinho tabelou com Itauê e tocou na entrada da área para Bruninho Abdala, que só teve o trabalho de girar e bater de canhota; a bola ainda beijou a trave e morreu no fundo do arco gremista.

O Verdão do Jardim Eldorado, depois daquele café-da-manhã esperto antes da preleção que ocorreu em sua sede, seguiu ligadíssimo na partida e precisou de apenas outros cinco minutos para ampliar. Após jogada de Bruninho, Jube recebeu fora da área, ajeitou para a canhota e desferiu um pombo-sem-asa, perfazendo uma trajetória esquisita no ar e surpreendendo o arqueiro Rafael, que até espalmou, mas não firme o suficiente para tirar do gol.



O 2 a 0 relâmpago foi a prova do imenso favoritismo do Eldorado. O setor ofensivo, apoiado pelas boas subidas dos laterais Wagner e Romarinho, simplesmente amassava o adversário. Dessa vez sem esperar mais cinco minutos, o Verdão saiu na cara do gol com Bruninho, que fez fila aos trancos e barrancos, mas o último toque saiu um pouco fora de seu alcance e parou nos braços de Rafael.


O Grêmio, por sua vez parecia ter entrado desligado, sem aquela dose de cafeína matutina. Prova disso foi uma jogada de lateral, em que a defesa ficou assistindo Wagner arremessar rapidamente para Itauê, que rolou para Bruninho bater colocado e o arqueiro gremista encaixar. Pouco depois, o imparável Bruninho recebeu nas costas da zaga e, dentro da pequena área, foi travado na hora H por Alisson.

Depois das entradas de Diego Ribeiro e Ricardo, a esquadra tricolor foi se encontrando em campo. O Eldorado, dado o terrível calor que fazia – assim como no jogo de sábado, também tivemos parada para reidratação em pleno inverno -, também tirou um pouco o pé. Com mais espaço, o Grêmio teve sua melhor chance aos 40, quando Richard observou Deivid adiantado e arriscou do meio da rua, acertando a quina da trave. Prontamente, o Eldorado respondeu com Itauê, que pegou firme de esquerda, mas Rafael voou para catar.

Enquanto o sol se decidia se continuava nos infortunando ou se escondia entre as nuvens, a bola voltou a rolar para a segunda etapa. E a presença no nosso astro-rei nem foi necessária para a partida, que já parecia decidida, esquentar dentro das quatro linhas. Aos três minutos, Anderson Colaço recebeu uma bola enfiada pela direita e, mesmo sem ângulo, bateu rasteiro para o fundo das redes.

Aquela superioridade do Eldorado havia ficado na primeira etapa. O que se viu no começou da segunda, pelo contrário, foi um Grêmio mais incisivo e com uma marcação alta. Dessa forma, aos 20, Anderson Colaço roubou de Bruninho – não o Abdala, mas sim o egresso do banco – e deu um passe na medida para Rulit, que chegou batendo no travessão.

Em seu melhor momento no jogo, o Grêmio Palhocense não contava com o quão cruel poderia ser o futebol. O Eldorado, com uma pinta copeira, contragolpeou logo após a bola na trave. Bruninho Abdala, o do Santinho, avançou pela esquerda lançou para o seu xará Bruninho, o de Palhoça, que dominou tirando de dois marcadores e bateu na saída de Rafael.

Notadamente, o Tricolor sentiu o baque do terceiro gol. Toda aquela empolgação pela proximidade com o empate dissipou-se. Com o seu principal objetivo no certame já alcançado – o acesso, obviamente – o Grêmio não buscou mais o jogo. O Eldorado, por sua vez, soube administrar bem o placar, deixando os 25 minutos finais, mais os intermináveis cinco de acréscimos, desprovidos de qualquer emoção – literalmente falando, pois a última jogada que eu anotei foi a do terceiro tento esmeraldino.


Quando enfim Anderson Luiz de Lima soprou seu apito pela última vez, a festa irrompeu no gramado do Renato Silveira, coroando a irretocável campanha da esquadra do Jardim Eldorado. Desde 2014 longe da elite, da qual o clube possui um título e nove vices, o Eldorado volta por cima, com direito a mais um troféu erguido e, é claro, uma baita comemoração em sua sede.











Mais fotos do jogo
CURTA O Cancheiro no Facebook, onde será postada a galeria completa durante a semana, e SIGA no Instagram!
E foi justamente para a sede do Eldorado que O Cancheiro e Desprovidos seguiram, no rastro do busão do clube, para bater aquele rango maravilhoso, tomar um trago e trocar uma ideia com os campeões. Por lá mesmo, já descolei novas competições a serem acompanhadas nesse segundo semestre, como o Municipal de Garopaba e o Regional de Rio do Sul, que contarão com atletas que fardaram pelo Eldorado nessa Segundona.
Grêmio Palhocense e Eldorado agora voltam a se encontrar na Primeira Divisão do ano que vem. Competição, aliás, que terá sua edição de 2017 aberta dentro de duas semanas e, claro, contará com pelejas relatadas por aqui.
Antes disso, o blog volta seu foco para o futebol profissional, com uma semana que promete. Fique ligado e aquele abraço!
[…] reforços que vinham jogando em Palhoça, como a dupla de Bruninhos e o camisa 10 Jube – trio presente na conquista do título da Segundona pelo Eldorado -, e em Tijucas, como o arqueiro Luiz Carlos e o volante Petherson. Fora eles, outro nome chamou […]
CurtirCurtir
[…] se sagrando campeão por Grêmio Cachoeira, em Floripa, Floresta, em Pomerode, e Atlântico e Eldorado, em Palhoça; pelo Campinense, em Garopaba, ele ficou com o vice, após perder a decisão nos […]
CurtirCurtir