Salve!
Foi suado, chorado, peleado. E não podia ser diferente. Pouco mais de três meses depois da fazer a abertura da Copa Pomerode e protagonizarem um campeonato com nível técnico sensacional, Vera Cruz e Floresta voltaram a se encontrar, dessa vez no Testo Central, para uma decisão à altura do torneio.



De um lado, a melhor campanha absoluta. Do outro, um elenco recheado de grandes nomes e experiência. O Vera Cruz, vencedor de cinco dos seis jogos da primeira fase, chegou à decisão após duas vitórias nas semis contra o Amazonas, de Timbó. O Floresta, dono do melhor ataque, se classificou após uma baita vitória contra o rival Atlético, fora de casa. Confira a tabela e relembra as campanhas.

No geral, a melhor campanha rendeu ao escrete cruzmaltino a vantagem de decidir em casa e jogar por dois resultados semelhantes. O triunfo do Verdão, na partida de ida, jogou a vantagem para o outro lado. Ainda assim, uma vitória simples, independente do saldo, levaria a decisão para a prorrogação, onde o Vera Cruz jogaria pelo empate.

Mesmo mais próximo da taça, o Floresta entrou em campo ciente de que tudo ainda estava em aberto. Por isso, o treinador Djone não alterou o estilo da equipe e, mais uma vez, entrou com três atacantes. Aos 20, depois de um começo de jogo morno, Milson usou toda a sua velocidade para escapar da marcação e aparecer sozinho na cara do gol, mas a finalização saiu fraca e facilitou a vida do goleiro Éder. Pouco depois, Maranhão também teve liberdade, dessa vez pelo alto, mas não conseguiu cabecear para o gol.


A pressão dos visitantes foi a faísca que faltava para a peleia enfim pegar fogo e lembrar as grandes decisões do certame pomerodense. Foi aí que outro velocista entrou em ação, o meia-atacante Bruninho, do Vera Cruz, autor de três gols na estreia contra o Floresta e ainda engasgado com a equipe do Centro, que o dispensara ainda antes do torneio. Depois de buscar a pelota por todos os cantos da cancha na primeira meia-hora de jogo, Bruninho recebeu um lançamento primoroso de Anderson, matou no peito e bateu no cantinho, deslocando o arqueiro Elton.


Agora, a vantagem era toda do lado cruzmaltino. Para levar o caneco, o Floresta teria que se abrir e correr atrás do empate. Assim, o time passou a arriscar mais de fora e ser mais ofensivo – afinal, sofrendo um ou sete gols, de qualquer jeito a partida iria para a prorrogação. Ainda antes do intervalo, o empate quase saiu após uma jogada digna de placa de Thiago. O lateral, uma das revelações do torneio, foi para cima da marcação, deixou Adriano no chão, aplicou uma meia-lua em Novinho e bateu cruzado, mas Éder amorteceu com os pés e Chico salvou em cima da linha.


Mais aberta, a segunda etapa foi lá e cá, com destaque para os arqueiros – foram ao menos cinco lances em que o “mas” foi sucedido por “Elton” ou “Éder”. Primeiro, o Floresta chegou aos sete, em escapada de Kleyffer pela esquerda, mas Éder espalmou. Na sequência, Bruninho avançou pela direita e cruzou na medida para Secco, sozinho na pequena área, mas Elton se recuperou e pulou sobre os pés do atacante para salvar. Mais uma vez, a resposta veio no lance seguinte, dessa vez em uma bola enfiada de Kleyffer para Milson, mas Éder saiu com os pés e afastou.


A chance mais clara do Vera Cruz aconteceu aos 25, quando Bruninho cruzou com perfeição para Elias, que testou com força para o gol, mas Elton fez um milagre e deixou o Floresta vivo na partida. A partir daí, a pressão foi só dos visitantes. Lima, meio apagado na frente, decidiu dar uma de garçom e, como um clássico pivô criou duas grandes chances: primeira após escorar para Milson bater colocado, mas Éder desviou; depois, com um belo passe de cobertura de costas, deixou Kleyffer na cara do gol, mas o atacante tentou mandar de cobertura e pegou mal na bola. Do outro lado, Bruninho teve mais uma chance de matar, após belo lançamento, mas bateu cruzado, rente à trave.


Se teve milagre de Elton, Éder não ficaria para trás. Em cobrança de falta, Vanderson tentou duas vezes e a bola sobrou no meio da área para Kleyffer girar, livre, e bater rasteiro; o arqueiro salvou com os pés e ainda cresceu para cima de Milson, para pegar também o rebote.



Mesmo jogando com a vantagem em baixo do braço, o Vera Cruz, de forma inacreditável, cedia espaços ao Floresta. Serginho, a cabeça do Verdão, enxergou um deles e abriu pela direita para Thiago. O lateral, com toda a liberdade do mundo, avançou e bateu cruzado, mas Éder defendeu com os pés, a bola subiu, beijou o travessão e ficou viva na pequena área; Clayton dividiu com Milson e teve a infelicidade de mandar contra o próprio gol. Foi aí que começou a grande confusão do jogo, pois um atleta do Vera Cruz, que estava pendurado na rede, dentro do gol, afastou a bola. Ao lado da meta, confesso que não entendi a reclamação, pois havia ficado claro que a pelota entrou e, vendo o vídeo de outro ângulo, não há a menor dúvida. No final das contas, Jeferson Schmidt apontou o centro do campo e, de forma acertada, confirmou o tento chorado do Floresta – o único erro foi creditá-lo, na súmula, a Milson. Após a confusão generalizada, o árbitro ainda expulsou Anderson e assinalou dez minutos de acréscimo.


O Vera Cruz aproveitou o tempo extra para pressionar, mas, já sem pernas, não teve sucesso e viu mais uma vez o Floresta ser seu algoz na Copa Pomerode. Com uma base semelhante à que acabou com os treze anos de jejum em 2016 e reforços pontuais, como Lima e Serginho, o Verdão reafirmou sua grandeza no futebol pomerodense e deixou o motivo de chacota totalmente para trás.





Com uma média de quase quatro tentos por partida, o certame de Pomerode também volta a se reafirmar no cenário do futebol amador catarinense como um dos mais fortes e competitivos torneios. Agora, a bola só volta a rolar na cidade para a disputa da Copa Interligas do Vale do Itajaí, classificatória para o Estadual Amador – isso se algum clube pomerodense topar arcar com os altos custos de um torneio federado.
Mais fotos da final (a galeria completa estará, durante a semana, na nossa página no Facebook)
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