Buenas!
Depois de um nebuloso outubro, quase que totalmente desprovido (aliás, volta Desprovidos!) de jogos aqui pelo blog, retornamos com uma cobertura mais local. Isso porque o futebol aqui de Florianópolis define seus finalistas essa semana, entre quarta e domingo. Na primeira das duas decisões, a Trindade novamente foi o destino d’O Cancheiro. Por lá, os locais do Atlético Catarinense e o Campinas, do Campeche, adentraram o campo da Gruta visando um lugar na final.



Em pleno feriado de finados, a equipe mais próxima de morrer na competição era o Atlético. Apesar da boa campanha na primeira fase, com 20 pontos e a segunda colocação, o time da Trindade foi ao Campeche e voltou com um 2 a 0 na cola. O Campinas, de campanha mais modesta, joga pelo empate ou até por uma derrota por um gol de diferença para chegar a sua terceira final seguida – e acabar com a sina de ser vice.

Jogando sob seus domínios, o rápido e habilidoso time do Atlético não costuma perdoar. Em 5 jogos na Gruta, o Galo não perdeu um ponto sequer e fez 15 gols. Sabendo disso, o Campinas entrou com uma postura totalmente defensiva, buscando acabar com os já reduzidos espaços do menor campo da Liga. Apesar disso, o primeiro chute a gol da partida foi de Romário, lateral-direito do time do Campeche, que puxou para a esquerda, mas Bruno foi no canto para segurar.

Não tardou muito para que o Galo da Trindade furasse a defesa do rival. Após receber bola enfiada, Felipinho invadiu a área em velocidade e foi atropelado pelo arqueiro Vitinho. Filipe de Souza nem pestanejou em apontar para a marca da cal. Na cobrança, Osvaldo caminhou em direção a bola, esperou o goleiro se movimentar e só rolou para o gol
O placar ainda era favorável ao Campinas, mas o Atlético soube aproveitar seu melhor momento e, cinco minutos depois, chegou ao segundo tento. Biel avançou pela esquerda, atravessou o campo – que, vá lá, nem é uma grande distância -, e mandou para a área; Gardena chutou mascado e a bola sobrou para Felipinho bater com classe, encobrindo não só o goleiro Vitinho, como também dois defensores.


O Campinas só se encontrou em campo nos acréscimos da primeira etapa, momento em que ofereceu o maior perigo ao Atlético. As duas oportunidades saíram do pé de Thiago: a primeira, em chute cruzado, quase encontrou Marcel dentro da área, mas Bruno saiu abafando; logo depois, de fora da área, o camisa 10 arriscou à esquerda, tirando tinta da trave.

Já que a esquadra do Campeche não soube aproveitar seu melhor momento, o Atlético não perdoou e, com apenas um minuto do segundo tempo, chegou ao gol da classificação. Após trabalhar a bola e mal deixar o Campinas encostar nela, Osvaldo recebeu, puxou para a canhota e fuzilou na trave; a pelota ainda quicou sobre a linha e morreu dentro do gol.

A essa altura, trocando uma ideia com o grande Celso Martins, do Daqui na Rede, notamos um certo cheirinho no ar. Nada de “cheirinho” de título ou de classificação, como certos meios de comunicação tentam nos enfiar goela abaixo à nível nacional. O tal do cheirinho – da erva aquela – partia da arquibancada e dava sinais de que o clima de festa imperava do lado de fora do campo.

Dentro das quatro linhas, a classificação do Atlético estava cada vez próxima. De todas as formas possíveis, o Campinas tentava achar uma brecha, mas o campo reduzido e a defesa bem postada da equipe local impediram o gol que levaria a disputa para os pênaltis. Em uma das poucas vezes que o time do Campeche penetrou a defesa adversária, já aos 45, o zagueiro Jhonatan Dresch finalizou sobre o goleiro Bruno. No lance seguinte, Felipinho aproveitou a defesa esfacelada do Campinas para matar a partida. Ainda nos acréscimos, Jota teve tempo de aproveitar outro contra-ataque e mandou por cima, na saída do goleiro, para desferir o golpe final: 5 a 0 para o Galo da Trindade.
Galeria de fotos da primeira semifinal

Com a meta mais do que cumprida, o Atlético Catarinense volta a disputar a final do Municipal de Florianópolis, feito alcançado apenas uma vez, 18 anos atrás, quando saiu derrotado pelo Avante. O adversário dessa vez sairá do confronto entre Náutico e Grêmio Cachoeira, a ser disputado domingo, no Santinho – partida que igualmente contará com a presença d’O Cancheiro.
Então, até domingo, istepô!