Buenas!
A 31ª edição do Sul-Brasileiro de Amadores teve sua abertura nessa sexta. A competição reúne os campeões não-profissionais de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. No rodízio de sedes, coube aos catarinenses serem os anfitriões dessa edição de 2018. Como o Metropolitano é o atual campeão estadual, Nova Veneza voltou a ser palco de uma grande competição amadora. E é para lá que nós fomos, uma vez mais.

Na abertura, duelo pegado entre Metropolitano e Ferroviários
A abertura ficou a cargo dos anfitriões e dos paulistas, que guardam boas e más recordações de Nova Veneza. Foi aqui que, em 2014, o Ferroviários conquistou no campo o caneco do Sul-Brasileiro, contra o Caravaggio. Sem os jogadores regularizados, o título acabou passando para a equipe de Santa Catarina. Esse é um ingrediente a mais na rivalidade que envolve o Clássico da Polenta, já que é único título que o Metropolitano ainda não conquistou.



Indicadas pelas campanhas do ano passado – o Metrô pelo título catarinense e o Ferroviários pelo vice paulista -, ambas equipes chegam embaladas para essa edição do Sul-Brasileiro e com a vaga para o ano que vem já asseguradas. No último sábado, o Metropolitano conquistou o tri estadual, ao derrotar o Flamengo de Jaraguá do Sul. Um dia depois, em São Paulo, a equipe de Bragança Paulista conquistaria o tetra do Amador do Estado. Ambos, inclusive, com os mesmos elencos que foram registrados para o Sul-Brasileiro.

O duelo começou mostrando o que seria a tônica de toda a primeira rodada: muito embate no meio da cancha e times se estudando, na busca de uma brecha para atacar. Quem começou melhor foram os visitantes, colocando o goleirão Passarela para trabalhar. Com uma meia-cancha recheada de experiência, o Metrô aos poucos equilibrou o duelo e, no último lance antes do intervalo, teve a melhor chance até então, num cabeceio de Cleiton, às costas da zaga, defendido por Ricardo.

O equilíbrio voltou a tomar conta da etapa final, mas, dessa vez, o Metrô fez valor o fator local e foi para cima do adversário. Num dos raros momentos em que encontrou espaço para jogar, Fá arriscou e Ricardo, sempre seguro, pegou. A pressão foi crescendo e Lalau, grande destaque da final do Estadual, uma semana antes, ia se soltando. Isso até levar uma entrada criminosa de Zóio e ser obrigado a deixar a cancha – Ramon Abatti Abel sequer deu amarelo, que causaria a expulsão do volante palista.

Enquanto o Metropolitano rondava a área adversária, mas sem conseguir infiltrá-la de jeito nenhum, o Ferroviários saía no contra-ataque. Passarela voltou a ser exigido num bom arremate de Diego Palhinha. Do outro lado, num dos últimos suspiros, Dudu fez boa jogada e encontrou o matador Beto Cachoeira, livre, mas o cabeceio foi por cima da meta. Nada feito: placar zerado na abertura do Sul-Brasileiro.

O equilíbrio permaneceu e nada de gols entre Serraria e Iguaçu
O jogo de fundo colocaria frente a frente os campeões da Taça Serramar e da Taça Paraná. Sem um representante a nível estadual, o indicado pela Federação Gaúcha de Futebol foi o Serraria, de Santo Antônio da Patrulha, vencedor da liga que engloba as equipes do litoral norte gaúcho no ano passado – esse ano, inclusive, O Cancheiro acompanhou a abertura do torneio, que viria a terminar com o vice do Serraria, há uma semana, para o próprio Tramandaí, rival da estreia.



A seleção de craques do interior gaúcho, conhecidos por todas as canchas pampeanas, não pôde se fazer presente na competição. Nomes como Gil Grando, Wagner, Jajá, Léo Kanu e Júlio Abu não tiveram suas condições de atletas profissionais revertidas pelos patrulhenses e, portanto, não estariam aptos à disputa do Sul-Brasileiro – apenas Júlio Abu foi registrado, mas pelo anfitrião Metropolitano.

O Iguaçu também não contou com seu principal jogador, o meia Feijão, mas a defesa, seu ponto forte, se manteve intacta. Tirando a baixa, o elenco que veio a Nova Veneza é basicamente o mesmo que liderou a primeira fase da Suburbana, o Amador da Capital Curitiba, e está com um pé na final. Decisão, essa, que ao que tudo indica será contra o rival Trieste, o Clássico da Polenta curitibano.

Dentro de campo, mais um confronto murrinha. Quem deu as cartas primeiramente foram os paranaenses. Aos dois minutos, Juliano já precisou operar um milagre, após cabeceio à queima-roupa de Helton. O Serraria tratou de aos poucos equilibrar a disputa, encaixando a marcação e colocando a bola no chão. Assim, os patrulhenses chegaram ao que seria o primeiro gol da competição, em cabeceio de Luizinho, mas a arbitragem já assinalava o impedimento.

A julgar pela primeira metade da etapa inicial, teríamos um jogo superior ao da abertura e a falta de emoção seria compensada. Ledo engano. O Iguaçu não conseguiu traduzir o volume de jogo em criações e o Serraria tampouco levava perigo nos contra-ataques. Assim, o jogo seguiu até o segundo tempo. Um vacilo de Michel quase colocou tudo a perder, quando John César roubou dentro da área e bateu com perigo, faltando 15 minutos para o fim, mas as redes estavam realmente dispostas a não balançar nessa primeira rodada e o duelo terminou igualmente zerado.

Sem nenhum golzinho para relatar nessa abertura, restou recorrer às súmulas para ver quem lideraria a primeira rodada no critério dos CARTÕES AMARELOS. Melhor para o Iguaçu, que teve apenas um jogador amonestado. Já Metropolitano, Serraria e Ferroviários tiverem três amarelos cada e, até nisso, ficaram empatados.
O Sul-Brasileiro tem prosseguimento nesse sábado, com mais um rodada dupla no Darci Marini. Às 15h30, Ferroviários e Serraria entram em campo e, na sequência, o Metropolitano encara o Iguaçu. Esperamos, do fundo do coração, que essa segunda rodada tenha um pouco mais de emoção – ou será que é pedir muito ao menos um golzinho?
Até!
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