Dale!
O Sul-Brasileiro Não-Profissional teve prosseguimento nesse sábado com mais dois jogos do Estádio Darci Marini. O Cancheiro seguiu na agradabilíssima Nova Veneza para mais 180 minutos de bola rolando, na torcida para que as redes fossem balançadas ao menos uma vez, já que Metropolitano, Serraria, Ferroviários e Iguaçu passaram em branco na abertura da competição.

Em jogo de dois tempos distintos, Ferroviários assegura os três pontos contra o Serraria
Gaúchos e paulistas abriram a segunda rodada do torneio dispostos a não repetir os placares zerados do dia anterior. Com uma postura mais ofensiva, o Ferroviários buscou o jogo desde cedo e precisou de quatro minutos para enfim encontrar o caminho das redes. Após boa jogada pela direita, Felipe Baião levantou e Henrique apareceu para, meio desajeitado, empurrar a pelota para o gol e marcar o primeiro tento do Sul-Brasileiro.



A equipe de Bragança Paulista não tirou e foi em busca de mais. O Serraria, desnorteado com a marcação por pressão, demonstrava um claro nervosismo e entregava a bola de bandeja para os adversários. Juliano teve que operar alguns milagres, como na falta bem batida de Gigante, para garantir o placar mínimo. O arqueiro, entretanto, voltou a ser vencido no último lance do primeiro tempo, quando Max recebeu livre pela direita e bateu rasteiro.


Já que o equilíbrio vem dominando esse Sul-Brasileiro, os bragantinos trataram de ir em busca de saldo de gols na etapa complementar e, no primeiro lance, meteram uma na trave. Do outro lado, o Serraria seguia levando perigo nas bolas paradas de Diego. No primeiro tempo, o lateral quase havia deixado o dele. Em sua primeira oportunidade no segundo, aos 13, ele bateu rasteiro e contou com a sorte, já que um desvio no meio do caminho tirou Ricardo do lance.



O técnico Antônio Santos, então, promoveu uma série de alterações após o gol e partiu em busca do empate. Entre seguir atacando e fazer saldo ou recuar e segurar os três pontos, o Ferroviários acabou optando pela segunda opção. Apesar do volume de jogo, os patrulhenses não conseguiam infiltrar a bem postada defesa bragantina e arriscavam nos arremates de longa distância, mas sem sucesso. Bom para os paulistas, que se dispuseram a marcar, foram eficientes e saíram do embate com os três pontos, chegando a quatro e entrando na briga direta pelo caneco.

No confronto polenteiro, Metropolitano vence o Iguaçu com autoridade
A seca de gols havia ficada para trás. Se na preliminar os paulistas necessitaram de quatro minutos para abrir o placar, no jogo de fundo o Metropolitano foi ainda mais rápido e chegou ao gol em menos de um minuto. Andrei cruzou para Beto Cachoeira, que aproveitou a liberdade para tentar um voleio, mas errou em bola; por sorte, ela acabou sobrando no pé de Lalau, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.



O duelo entre paranaenses e catarinenses – os dois de origens italianas e que protagonizam seus “Clássicos da Polenta” -, era tido com uma grande expectativa tanto pelos locais, quanto pela imprensa curitibana, mas acabou não se desenrolando com o equilíbrio que se imaginava. Por mais experiente que seja, a equipe do Iguaçu claramente se desestabilizou com o gol sofrido no primeiro lance. Do outro lado, o Metropolitano aproveitou para dar o bote e emplacou diversas chegadas perigosas, principalmente pelos flancos, com Lalau por um lado e Júlio Abu pelo outro.


A equipe alvinegra ia segurando as pontas como podia, mas outro golpe viria a abalar o time. No último lance do primeiro tempo, Beto Cachoeira escapou em contra-ataque e só foi parado por falta de Aderaldo, a poucos passos da área. Adriano Roberto de Souza fez valer a regra e aplicou o segundo amarelo no zagueiro.

Atrás no placar e com um a menos, não restava outra escolha ao Iguaçu se não pressionar na etapa complementar. Na primeira oportunidade, Tonton decidiu arriscar e mandou raspando o travessão de Passarela. Do outro lado, os buracos apareceram com ainda mais naturalidade e o Metrô tratou de aproveitá-los. Aos cinco, Andrei tabelou com Abu e bateu rasteiro, mas Felipe salvou; pouco depois, Beto Cachoeira deixou o goleiro na saudade e, mesmo sem ângulo, mandou para o gol, mas Bruninho salvou em cima da linha. Já aos 13, Felipe nada pôde fazer: Fá decidiu arriscar no meio da rua e acertou um petardo no ângulo.


O panorama da etapa complementar se acentuou após o segundo tento catarinense. O Iguaçu chegou a colocar uma bola no travessão, com Douglas, que conseguiu fazer o mais difícil de dentro da pequena área – no rebote ela ainda ricocheteou e caprichosamente se perdeu pela linha de fundo. Do outro lado, o Metropolitano não tirou ao pé e, aos 25, teve um pênalti desperdiçado por João Simon.


Se não fez da forma mais fácil, João Simon tratou de compensar dois minutos depois, quando saiu cara a cara com Felipe, deu um biquinho para tirar dele e, mesmo sem ângulo, mandou a bola de mansinho para o gol – com “requintes de crueldade”, como diria o parceiro curitibano Dudu Nobre, do excelente site Do Rico ao Pobre. A tarde realmente não era dos curitibanos. O Metropolitano só administrou a vantagem e levou, além dos três pontos, um bom saldo de gols que o alçou à liderança.

A derradeira e última rodada terá os dois jogos ocorrendo em paralelo, na manhã desse domingo. No Estádio da Montanha, do Caravaggio, o Ferroviários encara o Iguaçu, necessitando tirar a desvantagem de dois gols de saldo. Situação muito similar a de 2014, quando a equipe paulista conquistou o caneco em campo – e depois perdeu no tapetão – ao golear o representante do Paraná. A diferença é que naquele ano a sede principal foi no Caravaggio e o Ferroviários jogou a última rodada no campo do Metropolitano.
O Metrô, por sua vez, encara os gaúchos do Serraria com o mesmo objetivo: fazer saldo e não dar chances para o azar, para, aí sim, se igualar ao rival e poder dizer que é campeão de tudo – em campo.
Sob a chuva prevista para o domingo, O Cancheiro seguirá novamente ao Darci Marini para acompanhar o desfecho, ao menos por um lado, dessa história.
Até!