Metropolitano e Ferroviários vencem e se encaminham para a disputa do título do Sul-Brasileiro

Dale!

O Sul-Brasileiro Não-Profissional teve prosseguimento nesse sábado com mais dois jogos do Estádio Darci Marini. O Cancheiro seguiu na agradabilíssima Nova Veneza para mais 180 minutos de bola rolando, na torcida para que as redes fossem balançadas ao menos uma vez, já que Metropolitano, Serraria, Ferroviários e Iguaçu passaram em branco na abertura da competição.

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Depois de uma primeira rodada em que ninguém comemorou, a expectativa é que as coisas comecem a se encaminhar nesse sábado. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Em jogo de dois tempos distintos, Ferroviários assegura os três pontos contra o Serraria

Gaúchos e paulistas abriram a segunda rodada do torneio dispostos a não repetir os placares zerados do dia anterior. Com uma postura mais ofensiva, o Ferroviários buscou o jogo desde cedo e precisou de quatro minutos para enfim encontrar o caminho das redes. Após boa jogada pela direita, Felipe Baião levantou e Henrique apareceu para, meio desajeitado, empurrar a pelota para o gol e marcar o primeiro tento do Sul-Brasileiro.

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Sérgio Correia, o Serjão, escalou o Ferroviários com: Ricardo; Felipe Baião, Diego, Toby e Willian (Messias); Bitinho (Zóio), Romário, Gigante (Rogério) e Popó (Gérson); Makson (Erik Mamadeira) e Henrique (Everton). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O Serraria, comandado por Antônio Santo, foi a campo com: Juliano; Michel (Maiquinho), Guilherme, Alex e Diego; Ronaldo Raupp, Bilhalva (Tito), Fabiano (Leandro) e Dener (João Victor); Maicom Ribeiro (Jean) e Luisinho (Lismar). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Trio de arbitragem composto por Claudir José Herdt, José Roberto Larroyd e Clóvis Herdt. William Martins Custódio foi o quarto árbitro. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

A equipe de Bragança Paulista não tirou e foi em busca de mais. O Serraria, desnorteado com a marcação por pressão, demonstrava um claro nervosismo e entregava a bola de bandeja para os adversários. Juliano teve que operar alguns milagres, como na falta bem batida de Gigante, para garantir o placar mínimo. O arqueiro, entretanto, voltou a ser vencido no último lance do primeiro tempo, quando Max recebeu livre pela direita e bateu rasteiro.

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184 minutos depois, Henrique foi o autor do primeiro gol do campeonato. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Makson ampliou para os paulistas. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Já que o equilíbrio vem dominando esse Sul-Brasileiro, os bragantinos trataram de ir em busca de saldo de gols na etapa complementar e, no primeiro lance, meteram uma na trave. Do outro lado, o Serraria seguia levando perigo nas bolas paradas de Diego. No primeiro tempo, o lateral quase havia deixado o dele. Em sua primeira oportunidade no segundo, aos 13, ele bateu rasteiro e contou com a sorte, já que um desvio no meio do caminho tirou Ricardo do lance.

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De Polar na mão, os catarinenses encarnaram o espírito gaúcho, na torcida por um empate do Serraria. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Diego já merecia o gol desde o primeiro tempo. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Patrulhenses e venezianos vibraram juntos com o gol. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O técnico Antônio Santos, então, promoveu uma série de alterações após o gol e partiu em busca do empate. Entre seguir atacando e fazer saldo ou recuar e segurar os três pontos, o Ferroviários acabou optando pela segunda opção. Apesar do volume de jogo, os patrulhenses não conseguiam infiltrar a bem postada defesa bragantina e arriscavam nos arremates de longa distância, mas sem sucesso. Bom para os paulistas, que se dispuseram a marcar, foram eficientes e saíram do embate com os três pontos, chegando a quatro e entrando na briga direta pelo caneco.

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Até Juliano foi para a área, no desespero de buscar o empate e manter a equipe viva na competição. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

No confronto polenteiro, Metropolitano vence o Iguaçu com autoridade

A seca de gols havia ficada para trás. Se na preliminar os paulistas necessitaram de quatro minutos para abrir o placar, no jogo de fundo o Metropolitano foi ainda mais rápido e chegou ao gol em menos de um minuto. Andrei cruzou para Beto Cachoeira, que aproveitou a liberdade para tentar um voleio, mas errou em bola; por sorte, ela acabou sobrando no pé de Lalau, que só teve o trabalho de empurrar para as redes.

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O Metropolitano, sob a batuta de Jean Reis, jogou com: Passarela; Dudu, Cleiton, Shayder e Fá (Murilo); Filipe Monteiro, Ronaldinho Gramadense (Renan Maia), Andrei (Dedê), Lalau (Will) e Julio Abu (João Simon); Beto Cachoeira (Guto). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O Iguaçu, de Luisinho Netto, encarou o Metrô com: Felipe; Tonton (Neto), Emerson, Aderaldo e Bruninho; Russo, Léo Gago (Helton), Douglas e Baroni; John César (Cleiton) e 11 Alex Pinhais (Samuel). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Adriano Roberto de Souza comandou o duelo, auxiliado por André Eduardo da Silveira e Mauro Ricardo Alves da Luz. André Martinho Miguel foi o quarto árbitro. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O duelo entre paranaenses e catarinenses – os dois de origens italianas e que protagonizam seus “Clássicos da Polenta” -, era tido com uma grande expectativa tanto pelos locais, quanto pela imprensa curitibana, mas acabou não se desenrolando com o equilíbrio que se imaginava. Por mais experiente que seja, a equipe do Iguaçu claramente se desestabilizou com o gol sofrido no primeiro lance. Do outro lado, o Metropolitano aproveitou para dar o bote e emplacou diversas chegadas perigosas, principalmente pelos flancos, com Lalau por um lado e Júlio Abu pelo outro.

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A torcida rubra voltou a dar um show nas arquibancadas do Marinão. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Lalau não precisou nem de um minuto para tirar o grito de gol entalado na garganta dos locais. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

A equipe alvinegra ia segurando as pontas como podia, mas outro golpe viria a abalar o time. No último lance do primeiro tempo, Beto Cachoeira escapou em contra-ataque e só foi parado por falta de Aderaldo, a poucos passos da área. Adriano Roberto de Souza fez valer a regra e aplicou o segundo amarelo no zagueiro.

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Mesmo em total desvantagem, a equipe curitibana manteve a fé. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Atrás no placar e com um a menos, não restava outra escolha ao Iguaçu se não pressionar na etapa complementar. Na primeira oportunidade, Tonton decidiu arriscar e mandou raspando o travessão de Passarela. Do outro lado, os buracos apareceram com ainda mais naturalidade e o Metrô tratou de aproveitá-los. Aos cinco, Andrei tabelou com Abu e bateu rasteiro, mas Felipe salvou; pouco depois, Beto Cachoeira deixou o goleiro na saudade e, mesmo sem ângulo, mandou para o gol, mas Bruninho salvou em cima da linha. Já aos 13, Felipe nada pôde fazer: decidiu arriscar no meio da rua e acertou um petardo no ângulo.

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Nem o próprio Fá deve ter acreditado no golaço que fez. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O gol foi um alívio para os locais, que seguiram fazendo festa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O panorama da etapa complementar se acentuou após o segundo tento catarinense. O Iguaçu chegou a colocar uma bola no travessão, com Douglas, que conseguiu fazer o mais difícil de dentro da pequena área – no rebote ela ainda ricocheteou e caprichosamente se perdeu pela linha de fundo. Do outro lado, o Metropolitano não tirou ao pé e, aos 25, teve um pênalti desperdiçado por João Simon.

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Felipe caiu no canto certo e atacou o penal. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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A reação dos gandulas diz tudo. Guto ainda pegou o rebote, mas errou. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Se não fez da forma mais fácil, João Simon tratou de compensar dois minutos depois, quando saiu cara a cara com Felipe, deu um biquinho para tirar dele e, mesmo sem ângulo, mandou a bola de mansinho para o gol – com “requintes de crueldade”, como diria o parceiro curitibano Dudu Nobre, do excelente site Do Rico ao Pobre. A tarde realmente não era dos curitibanos. O Metropolitano só administrou a vantagem e levou, além dos três pontos, um bom saldo de gols que o alçou à liderança.

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João Simon fechou o placar. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

A derradeira e última rodada terá os dois jogos ocorrendo em paralelo, na manhã desse domingo. No Estádio da Montanha, do Caravaggio, o Ferroviários encara o Iguaçu, necessitando tirar a desvantagem de dois gols de saldo. Situação muito similar a de 2014, quando a equipe paulista conquistou o caneco em campo – e depois perdeu no tapetão – ao golear o representante do Paraná. A diferença é que naquele ano a sede principal foi no Caravaggio e o Ferroviários jogou a última rodada no campo do Metropolitano.

O Metrô, por sua vez, encara os gaúchos do Serraria com o mesmo objetivo: fazer saldo e não dar chances para o azar, para, aí sim, se igualar ao rival e poder dizer que é campeão de tudo – em campo.

Sob a chuva prevista para o domingo, O Cancheiro seguirá novamente ao Darci Marini para acompanhar o desfecho, ao menos por um lado, dessa história.

Até!

 

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