Hola!
O Cancheiro abriu a semana debutando na Primera D, a última divisão para os times afiliados diretamente à AFA, e, de quebra, conferiu seu primeiro clássico em solo argentino. Jogando em Villa Soldati, Yupanqui e Lugano fizeram o derby da vizinha Villa Lugano.



Além da rara oportunidade de conferir um duelo barrial, o que me levou ao Estádio Guillermo Laza foi a chance de matar a cancha do Deportivo Riestra, militante da Primera B Nacional – a segunda divisão – e que não tem sua casa habilitada para tal categoria. O Yupanqui, que por sua vez não tem estádio próprio, mandava suas partidas em distintas localidades, até fixar-se em Villa Soldati na atual temporada.

Mais uma vez o maravilhoso transporte público bonaerense deu sua contribuição para a jornada. Saindo do norte da Capital, tomei a línea 76 nas cercanias do Parque Saavedra e desembarquei na avenida que separa a cancha do Riestra de seu vizinho famoso Nuevo Gasómetro, o estádio do San Lorenzo – a avenida separa, também, os bairros de Nueva Pompeya e Villa Soldati, ficando um estádio para cada lado, numa localidade também conhecida como Bajo Flores.

Dentro das quatro linhas, os rivais aproveitaram o impecável gramado do Guillermo Laza – nível de Série A do Brasileirão – e fizeram um jogo bem franco e parelho. Depois de 20 minutos de atraso devido à falta de bombeiros, foram os mandantes que adentraram o campo mais pilhados e quase abriram o placar ainda antes do ponteiro dos segundos completar sua primeira volta. O centroavante Lucas “Polaco” Tiedemann escapou pela direita e arrematou forte, obrigando o arqueiro naranja a efetuar a defesa em dois tempos.

Passado o susto inicial, os visitantes aos poucos foram se encontrando em campo e colocando a pelota no chão. Com mais posse, o Lugano chegou a ensaiar uma pressão, mas suas finalizações se resumiam em bolas paradas. Do outro lado, o Yupa contragolpeava com perigo, principalmente pelos flancos do gramado, mas igualmente sem qualidade para mexer no placar.



Tal qual na primeira etapa, foi novamente o trapero que deixou o vestiário com mais gana de ganhar. Logo no primeiro minuto, o camisa 10 Alejandro Viotti invadiu a área pela esquerda, mas pegou na orelha da bola e isolou. Passado o susto, novamente os naranjas voltaram a dominar.


O roteiro ia se repetindo fielmente, com o Lugano passando a ter o controle da partida e as equipes alternando boas chances. Isso até Gastón Cueto ver sua segunda tarjeta amarilla e deixar os visitantes com um a menos, faltando 15 minutos para o fim. O Yupanqui aproveitou o momento e, três minutos após a expulsão, chegou ao gol. Após cruzamento rasteiro vindo da direita, Ale Monrroes aproveitou a sobra no meio da área e bateu firme.


O gol saiu no momento certo, já que o Lugano não conseguiu mais se encontrar em campo para pressionar, e valeu, além dos três pontos no clássico, a segunda vitória seguida do Yupanqui – feito até então inédito na temporada. Com isso, o trapero respira aliviado no promedio e corre um escasso risco de ficar sem jogar na próxima temporada – como é a última divisão e não há rebaixamento, o último colocado na tabla de descenso fica uma temporada desfiliado. Brigando no meio da tabela, o Lugano acabou perdendo a chance de adentrar o Reducido e ficou três pontos atrás da zona de classificação.


Com mais uma cancha e duas geniais agremiações porteñas copadas, O Cancheiro deixou a região de Bajo Flores e já emendou outra partida na Capital no dia seguinte, também válida pela Primera D. O destino? Conheça no próximo capítulo da nossa jornada.
Até lá!