Buenas!
A jornada d’O Cancheiro pelo Norte do Estado, depois de acompanhar a consagração da Tupy na Arena Joinville, seguiu por Araquari, no domingo. Para fazer a estreia no município, nada melhor do que um confronto entre duas equipes locais, representando seus respectivos bairros, e postulantes a uma vaga na Primeirona Joinvilense: Itinga e Volta Redonda.



O embate foi válido pela volta das semis da Segundona e, ainda que sem o mesmo glamour da final na Arena, disputado no Estádio Eduardo Lickfett. De um lado, o Volta Redonda busca o bi do torneio e, é claro, retornar à Primeirona, da qual disputou pela última vez em 2011. Do outro, o Itinga – ou simplesmente IFC -, uma equipe jovem e novata, fundada em 2013, mas que vem em uma crescente exponencial desde o título da Terceirona em 2016.

Para dar um passo a mais em direção ao sonho de jogar na Arena, as duas agremiações araquarienses chegaram às semifinais em situações completamente distintas. Após as dezoito rodadas da primeira fase, o Itinga liderou com uma certa folga, enquanto o Volta Redonda só se garantiu no saldo de gols, já que dividiu a quarta colocação em número de pontos com a Ponte Preta.
O retrospecto, entretanto, não adentrou o acanhado campo do Volta Redonda, de onde os mandantes saíram com um excelente 1 a 0. Como o saldo de gols não é levado em conta nos mata-matas dos certames da Liga Joinvilense, o resultado garantiu ao menos a realização da prorrogação. Um simples empate colocaria o Volta Redonda de volta à elite. Ao IFC apenas a vitória servia nos 90 minutos, para, então, jogar pelo empate no tempo extra.


Propondo o jogo, como não poderia deixar de ser, o Itinga chegou perto de abrir o placar em diversas ocasiões. A primeira finalização saiu dos pés de Ade, aos 7, que bateu colocado, mas Edgar voou para espalmar de mão trocada. Pouco depois, Tiano tabelou e bateu, obrigando outra grande intervenção do arqueiro do Volta, dessa vez de manchete. Tiano teve outra baita chance após receber passe enfiado de Lucas e dessa vez vencer o goleiro Edgar com um drible, mas acabou perdendo o ângulo e bateu para fora.

Apesar do claro domínio do Itinga e de estar jogando com a vantagem embaixo do braço, o Volta Redonda não se abdicou de atacar e chegou a levar perigo em algumas subidas, mas faltou capricho na hora da finalização. Capricho que não faltou ao Itinga, aos 40 minutos, para aproveitar os espaços e abrir o placar: Eder foi à linha de fundo e cruzou à meia altura com perfeição para Willian Rocha apenas enquadrar o corpo e escorar a pelota para o barbante.

Ainda nos acréscimos, deu tempo para um novo cruzamento com açúcar, dessa vez de Lucas, para Tiano chegar testando com força, mas acima da meta. Passados os menos de 15 minutos de intervalo, o IFC voltou com a mesma pegada e, dessa vez, não precisou de tanto tempo para voltar a mexer no placar. Com um minuto de bola rolando, Da Silva mandou um petardo do meio da rua, a bola quicou, tomou uma nova trajetória bizarra e explodiu no peito de Edgar; Tiano, oportunista, pegou o rebote na pequena área e conferiu: 2 a 0.

O Volta Redonda, após enfim ter acordado para a partida, reagiu no lance seguinte, quando Michel pegou na veia e mandou um chute colocado, quase do círculo central, mas Marlon, ligado, espalmou para escanteio. Jogando de forma estratégica, o Itinga apenas administrou o placar e buscou fazer os rivais cansarem para uma futura prorrogação – se o Volta Redonda tivesse visto o jogo da Tupy, na semifinal da Primeirona, jamais arriscaria buscar um empate e se pouparia completamente para o tempo extra.


Não foi o que aconteceu. A partida foi para a prorrogação com os visitantes, em especial, sentindo a parte física e aparentemente cansados. Depois de um primeiro tempo desprovido de técnica e sem ao menos uma finalização dos dois lados, o Itinga voltou para os quinze finais disposto a acabar com a conversa. Sem conseguir infiltrar a área adversária, o Volta Redonda ainda deu espaço para o Itinga descolar um contra-ataque fatal: Ceará escapou livre pela direita e só rolou para Andrey, com o goleiro já vendido, rolar para as redes e carimbar o passaporte para a Primeirona.


Se em 90 minutos, os visitantes não conseguiram buscar dois gols, não seria agora, extenuados, que conseguiriam. O apito final de Cinésio Mendes Júnior fez valer a justiça da melhor campanha disparada e colocou o Itinga na final de Segundona, com vaga direta na elite.


Na outra chave, o Atlanta, terceiro colocado na primeira fase, desbancou o vice ACM Estacaville e também garantiu sua vaga na primeira divisão. A final será disputada em dois jogos, a partir desse final de semana, com a primeira partida no campo do São Luiz, sob o mando do Atlanta, e a grande final no Bairro Itinga, de Araquari.
Mais fotos do duelo araquariense
A Primeirona Joinvilense, agora com todas suas equipes definidas, deverá voltar a ser pauta no ano que vem – esperamos que não apenas na reta final. Muito antes disso, retornaremos à Manchester Catarinense para contar todos os detalhes do Estadual de Amadores, que começa já no feriado de Finados que se avizinha.
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