Salve!
Como vem se tornando praxe nas nossas sextas-feiras, mais uma vez o Campeonato Catarinense de Juniores dá as caras por aqui. Em sua última rodada da fase classificatória, apenas duas equipes chegaram matematicamente classificadas: Avaí e Chapecoense. Ambas, justamente, ficaram frente a frente, em um duelo que valia nada menos do que a liderança – e status de única equipe invicta na competição.
E lá fomos nós, rumo ao Sul da Ilha. Ao contrário das outras jornadas com o mesmo destino, nas quais utilizei ônibus – são várias as linhas que passam nas proximidades da Ressacada – ou carro, dessa vez decidi encarar uma pedalada. Péssima ideia. A sexta, que começou ensolarada e convidativa para o desafio, converteu-se em rajadas do sempre presente Vento Sul e, para nossa sorte apenas após as fotos posadas, num dilúvio típico do verão que se aproxima.



Durante o certame, Avaí e Chape passaram por seus adversários tal qual a tempestade que se avizinhava pelas bandas do Sul da Ilha. Depois de um empate na estreia, o Furacão do Oeste só sentiu o gostinho da vitória. O Leão, por sua vez, sequer sofreu qualquer tipo de revés: venceu todas. Ambos também chegaram com os melhores ataques – 17 a 11 pro Avaí – e melhores defesas – 2 a 3 para a Chape – da competição.
Buscando impor sua supremacia sobre o rival até então teoricamente mais difícil, o escrete azurra começou ligado. No primeiro lance da partida, Caio recebeu no meio da área, cara a cara com Tiepo, mas o arqueiro foi melhor e salvou com apenas uma mão, na base do puro reflexo.

Apesar do susto inicial, a Chape cresceu e aos poucos tomou as rédeas da partida. Buscando jogadas pela lateral, o time do Oeste acabava esbarrando na bem montada retaguarda avaiana e não conseguia oferecer um perigo efetivo à meta defendida por Léo Lopes. Do outro lado, os locais saíam no contragolpe e, aos 18, obrigaram um novo milagre de Tiepo, após chute rasteiro e à queima-roupa de Magno.


À medida que os pingos engrossavam e encharcavam o relvado avaiano, os visitantes iam chegando mais perto do gol – a chuva, aliás, sempre foi uma marca das grandes epopeias do time do Oeste. O primeiro grande susto saiu de um tiro de canto que Luiz Pedro antecipou no primeiro pau e mandou rente ao poste. Enquanto a Chape ia crescendo no campo de ataque, o Avaí mostrava sua eficiência nos contragolpes. Foi assim que, aos 30, Diego foi dividir uma bola na pequena área e levou uma solada; Adriano Roberto de Souza, em cima do lance, prontamente apontou para a marca da cal. Guga, o capitão, tomou a responsa e cobrou o pênalti com maestria, abrindo o placar.


Abatida pelo gol sofrido, a Chape seguiu retendo a posse da bola, mas sem criatividade, e o primeiro tempo fechou com o magro placar a favor dos mandantes. No retorno para a segunda etapa e para o delírio de seu comando técnico, o Verdão seguiu empregando a mesma lógica à partida. Apesar dos insistentes apelos para que o time chutasse a gol, as chances eram criadas, mas raramente finalizadas.

Mesmo com alguns desfalques e uma equipe teoricamente mista, o Avaí não perdeu o controle da partida em nenhum momento, jogando com inteligência e sendo fulminante nos contra-ataques – foi nessa toada que a equipe anotou nada menos que 27 gols em 10 partidas aqui pelo blog, com oito vitórias e dois empates. Foi assim, também, que Filipe Renan infiltrou pela esquerda, viu Tiepo erguer-se na sua frente e acabou exagerando no preciosismo, mandando no lado externo das redes.

Em lance parecido, aos 20, o Verdão teve sua melhor chance: Luquinha entrou pela esquerda e, mesmo sem ângulo, obrigou Léo Lopes a fazer uma excelente defesa. Três minutos depois, o primeiro contragolpe fatal do Avaí na segunda etapa: Vinícius, que acabara de deixar o reservado, recebeu pela direita, colocou a bola na frente e bateu alto, sem chances para Tiepo.

Em uma tarde iluminada, o treinador avaiano Fabrício Bento promoveu mais uma troca cirúrgica. Santarém, com recentes passagens no profissional, entrou no lugar de Magno aos 34 e, após assistência de Vinícius, enquadrou o corpo para dar seu primeiro toque na bola: um belíssimo chute colocado que encobriu Tiepo e fez a pelota morrer no fundo das redes.

Mais do que satisfeito com o resultado, a equipe da Capital tirou o pé. Fabrício Bento aproveitou para fazer uma substituição quádrupla e aproveitar ao máximo o que o seu banco de reservas oferecia. A time do Oeste, com seu principal objetivo já cumprido, obviamente não ficou satisfeito com o que o placar mostrava, mas decidiu se segurar e deixou o relógio correr.

O 3 a 0 imposto pelo Avaí nesses 90 minutos superou a marca de gols sofridos até então pela Chapecoense em toda a primeira fase. Mais uma prova do exímio trabalho realizado pelas categorias de base do Leão da Ilha. O Verdão, por sua vez, não fica para trás, haja visto a grande quantidade de jovens atletas da base que integram o quadro profissional nesse processo de reestruturação do clube.
Galeria de fotos do encharcado duelo
O líder absoluto – sete vitórias em sete jogos – agora terá pela frente o Joinville nas semifinais, repetindo o confronto da Copa Santa Catarina, no primeiro semestre, que deu a vaga à final para o Avaí. O Coelho, que começou a rodada fora do G4, alcançou a classificação após atropelar o Inter de Lages por 5 a 0 e contar com uma providencial goleada de 4 a 1 do Figueirense sobre o Criciúma, em pleno CT do Tigre. O Alvinegro, aliás, entrou no caminho da própria Chapecoense com esse resultado.
Enquanto o Verdão do Oeste voltará a atravessar o Estado para enfrentar o outro representante da Capital, o Avaí vai ao Norte para a partida de ida. Ambos duelos a princípio estão marcados para a próxima sexta-feira.
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Até a próxima!
[…] incluindo contra todos os outros três semifinalistas: 3 a 0 contra Figueira, em pleno Scarpelli, e Chapecoense, no CT avaiano, e 4 a 1 contra o JEC, no Norte. Para manter a campanha intacta, o Avaí ainda bateu o Tricolor no […]
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[…] o Figueirense, o Avaí goleou; contra o Metropolitano foi o rolo compressor avaiano que virou; contra a própria Chape foi uma vitória com autoridade; e contra o Joinville, nas semifinais, um […]
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