Dale!
Oito canchas, distribuídas por toda a Ilha de Magia, são palcos, a partir desse final de semana, de mais uma edição da elite do futebol amador florianopolitano. Para abrir os trabalhos pelo Municipal, O Cancheiro saiu da região continental e rumou a uma das localidades mais longínquas para conferir as estreias de River e Avante.



Duas equipes novas no blog, cancha visitada pela primeira vez, campeonato que se iniciava. Fazia tempo que uma cobertura não gerava tamanha empolgação. Por isso, ignorei o tempinho medonho e, depois de deixar o parceiro Desprovidos no Santinho – onde ele cobriu o embate entre Náutico e Cruz de Malta -, cheguei ao Rio Vermelho, mais precisamente ao Estádio Odílio Nunes.
River e Avante são duas das oito aguerridas agremiações que desafiaram a lógica do sistema e permaneceram de pé para a disputa do Municipal. Outras quatro, entretanto, acabaram sucumbindo às novas exigências de CBF, tais como o atestado médico obrigatório, e desistiram dessa edição. VT Canto, Santa Cruz, Triunfo e até o atual vice-campeão Atlético Catarinense ficaram de fora.
Tanto a equipe rubra do Rio Vermelho, quanto a anil de Santo Antônio de Lisboa, vêm para essa edição com o objetivo de curar as feridas do campeonato do ano passado, onde ambas caíram nas quartas, nos pênaltis, para Grêmio Cachoeira e Campinas, respectivamente. Para isso, montaram escretes fortes e com diversos nomes conhecidos da região.


Com tanta experiência e jogadores cancheiros, o jogo começou bem movimentado, como um prenúncio das grandes emoções que essa estreia reservava. Tanto é que a equipe colorada só precisou de sete minutos para abrir o placar: Bruno Almeida recebeu pelo meio, sentiu a passagem de Ninja por trás e tocou de calcanhar para ele chegar batendo de canhota, cruzado e rasteiro.

O Avante não sentiu o baque do gol sofrido logo no começo e partiu para cima. Aos 15, Markinhos escorou para Edson Galvão chegar batendo, da meia-lua, sobre o travessão. Cinco minutos depois, após insistentes cobranças de lateral na área, o Avante subiu suas linhas, recuperou uma bola na intermediária e, de lá mesmo, Julinho arriscou; a pelota desviou, pegou velocidade com o gramado molhado e morreu no cantinho de Diego.


Assim como o Avante foi rápido na reação, o River não tardou muito a pressionar pelo segundo. Bebeto, lembrando seu xará famoso, balançou na frente de Jean e abriu para o chute, mas mandou na rede, pelo lado de fora. No lance seguinte, aos 31, os mandantes descolaram uma falta pela esquerda. Onno deu um pique desde de sua lateral direita e atravessou o campo para chegar primeiro e ser o batedor. Deu certo: a bola foi morrer lá no ângulo, sem chances para Diego.


O primeiro tempo foi lá e cá, tanto em gols, quanto em chances criadas. O Avante quase alcançou novo empate em jogada parecida a do primeiro gol, mas dessa vez foi Markinhos que bateu e, sem a mesma sorte, a bola desviou e tirou tinta da trave esquerda. O River respondeu em duas jogadas de Guto para Bruno Almeida pela direita: na primeira, o atacante ficou sem ângulo e desperdiçou; logo depois, ele cortou a marcação e pegou ângulo para bater, mas o goleiro Paulo fez uma baita defesa.


Atrás no placar, o time de Santo Antônio de Lisboa começou o segundo tempo pressionando e precisou de apenas quatro minutos para deixar tudo igual novamente. Vagner Canoas avançou pela direita e mandou para a área de forma despretensiosa; Elias acreditou na jogada, dividiu com o goleiro Paulo e, para sua felicidade, a bola espirrou em direção ao gol.


O River, como não poderia deixar de ser, não ousou desafiar a lógica da partida e correu atrás de ficar novamente na frente do placar. Dez minutos depois, Bruno Almeida driblou o goleiro e caiu. Adriano Roberto de Souza, o Sarrafo, não titubeou e aponto para a marca da cal, gerando a ira dos visitantes, que cobravam um lance semelhante no primeiro tempo. O próprio Bruno Almeida foi para a cobrança e guardou na gaveta. Confira no vídeo abaixo:
O jogo, até então alucinante, esfriou um pouco depois do 3 a 2 – ao mesmo tempo, também, que a gélida e incessante garoa se intensificou no Rio Vermelho. Para piorar, os gols foram trocados por cartões. Onno recebeu o segundo amarelo e deixou o River com um homem a menos. Hora do Avante pressionar em busca do terceiro empate? Nada disso. Jean foi desarmado e tentou recuperar de carrinho, mas perdeu o tempo de bola, acertou Bruno Almeida em cheio e recebeu o vermelho diretamente, empatando apenas no quesito de atletas em campo.


Sem o mesmo poder de reação demostrado anteriormente, o Avante até passou perto do gol, como num petardo de Julinho, mas não conseguiu buscar o 3 a 3. Pior ainda: sofreu o 4 a 2. Eram decorridos 37 minutos da segunda etapa, quando Diego saiu do gol de forma desvairada e foi driblado por Bruno Almeida; o atacante ficou sem ângulo, mas seguiu brigando pela bola, dividiu com um zagueiro e rolou na medida para Carlos empurrar para a meta desguarnecida. Nos acréscimos, Leonel – guarde esse nome – ainda quase fez o quinto, mas Diego salvou com um leve toque.

A goleada – aliás, 4×2 é goleada? – alça a equipe rubra ao topo da tabela de classificação do Municipal. Isso porque os outros vencedores da rodada também lograram dois gols de saldo, mas anotaram menos tentos: o Grêmio Cachoeira fez dois no União e o Náutico três no Cruz de Malta.
Galeria de fotos da peleja
O Avante busca a recuperação no sintético do Henrique de Arruda Ramos, no próximo sábado, contra o Campinas. Como o Municipal desse ano conta com menos equipes e será de tiro curtíssimo, uma vitória é imprescindível para os planos do Avante. No dia seguinte, o River visita o União da Vargem do Bom Jesus, que mandará seus jogos no Saco dos Limões.
Com novos destinos programados para o referido final de semana, a segunda rodada não pintará aqui pelo blog. As rodadas seguintes, com um planejamento bem detalhado, que eu espero cumprir à risca, seguem no esquema.
Siga acompanhando O Cancheiro em suas aventuras e descobertas pela Ilha do Magia! Aquele abraço, mô quirido!
[…] …Santo Antônio de Lisboa. No relvado sintético do Estádio Henrique de Arruda Ramos, os locais do Avante recebiam o Campinas pela abertura da segunda rodada do Campeonato Municipal de Florianópolis. Para o escrete do Campeche, seria a estreia, visto que a partida diante do Botafogo, válida pela primeira rodada, foi adiada para o dia 7 de setembro. Já o Avante, buscava realinhar as coisas após a derrota na semana passada. […]
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[…] Na rodada inaugural do certame, o União foi até Cachoeira do Bom Jesus enfrentar o Grêmio e saiu derrotado por 2 a 0. Vale ressaltar que a equipe da Vila teve o que presumo ser a expulsão mais rápida da história do torneio: em SEIS MINUTOS de campeonato disputados (visto que foi o primeiro jogo), rolou cartão vermelho na semana passada. Já o River, recebeu o Avante e foi inapelável: 4 a 2 no Rio Vermelho. […]
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[…] locais vêm fazendo um começo de campeonato exatamente na média, com uma derrota (na estreia para o River), uma vitória (sobre o Campinas) e um empate com o Cruz de Malta. O duelo contra o Grêmio, […]
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