Salve, salve!
A rodada de abertura já passou. Um habitual nervosismo pela estreia também. Foi assim, mais leves, que Aimoré e São José dos Campos adentraram o gramado do Martins Pereira para a segunda rodada da Copa São Paulo de Futebol Júnior em busca dos seus primeiros pontos.



Depois de desfilar o manto alviazul pela gigante Pindamonhangaba, voltei à capital do Vale do Paraíba na tarde dessa sexta para acompanhar mais uma rodada dupla da Copinha. O dia livre em Pinda serviu para um devido descanso, depois da exaustiva viagem. O desejo, entretanto, era rodar mais um pouco e conhecer outras canchas, mas a FPF fez o crime de colocar todos as partidas da região e da Grande São Paulo nos mesmos dias e praticamente nos mesmos horários, resultando em logísticas absurdas para cobrir jogos todos os dias.

Quem também teve a quinta livre para descansar, depois da estreia sob um sol de rachar, foram as equipes azuis do grupo. Ambos vêm de derrotas para colorados na primeira rodada. O São José dos Campos para o Mogi Mirim e o Aimoré para o seu já adversário de longa data Internacional.
Segundo o próprio comandante capilé, o ex-Grêmio Arilson, aquele nervosismo da estreia havia ficado para trás. Também pudera, a gurizada estava levando o nome do time para além dos pampas e, já de cara, duelava contra o Internacional. Já nessa segunda partida, o que se viu no primeiro quarto, entretanto, foi um Aimoré errando passes bobos e sem nenhuma trama ofensiva. A bola chegava no meio, geralmente através de chutões, e rebatia, gerando seguidas chances de gol para o São José dos Campos, que, apesar de triangular pelo meio e aproveitar as brechas da defesa adversária, não conseguiu tirar o zero do placar.

Quando chegou à meta adversária, o Índio Capilé esbarrou em um problema já recorrente desde bem antes de atravessar o Mampituba: a arbitragem. Aos 9, após cobrança de falta de Lucas Port, o arqueiro joseense João Victor saiu socando a pelota e deu em cima do seu próprio companheiro. Gol contra. Ainda assim, mesmo sem interferência direta aimoresista, Vladimir Nunes da Silva assinalou impedimento e o árbitro Luciano Silva confirmou, contrariando as recomendações mais recentes da FIFA.


Pouco antes da parada para hidratação, o Aimoré ainda descolou um contra-ataque com Leozinho; o camisa 11, ao contrário da partida de estreia, usou sua habilidade e velocidade de forma objetiva, cortou para dentro e bateu rasteiro para a defesa de João Victor. A bola quase escapuliu, mas o arqueiro encaixou.


Depois de beber aquela aguinha para vencer o calor – que ainda não batia o da estreia, na quarta – o São José não conseguiu encontrar os mesmos espaços. Do outro lado, o Aimoré, enfim, passou do meio de campo sem ser através de contra-ataques. Na melhor oportunidade gaúcha, Sarará apareceu na cara do arqueiro João Victor, passou por ele, mas foi travado na hora H por Andrey; mais uma marcação discutível do juizão da partida.

Após o intervalo, o Índio conseguiu empregar um ritmo melhor do que na primeira etapa, novamente se valendo da ligeireza de Leozinho. Por duas oportunidades, ele puxou para dentro e bateu da entrada da área. Quando parecia que a equipe do Vale do Paraíba havia cansado e a do Sinos tomaria as rédeas da partida, foi aí que os joseenses se encontraram em campo e passaram a pressionar, principalmente nos últimos 15 minutos. Aos 36, Igor teve espaço para bater da entrada da área, mas mandou por cima, empolgando a torcida.


Com o São José jogando todas as suas fichas nessa segunda rodada, os espaços acabaram aparecendo para o incansável Leozinho. No primeiro contra-ataque, ele avançou aos trancos desde o meio-campo e deu na medida para Christian só empurrar; o atacante capilé, para o desespero da quase uma dúzia de torcedores leopoldenses – e do blogueiro clubista aqui – pegou mascado e facilitou a vida de João Victor. Já nos acréscimos, Leozinho teve pernas para mais uma arrancada do meio-campo; dessa vez ele teve espaço e bateu, mas o arqueiro joseense espalmou para escanteio.


As duas esquadras alviazuis bem que tentaram. Não fizeram o mais bonito dos jogos, mas tiveram várias oportunidades de tirar o persistente zero do placar. Dado o fato de que o adversário na última rodada será o Internacional, a vida do São José ficou bem complicada – os anfitriões ainda terão que torcer por um tropeço do Mogi contra o Aimoré. O Índio Capilé, por sua vez, segue vivíssimo e dependendo apenas de si para alcançar o segundo lugar do grupo. A goleada do Internacional, no jogo de fundo, contribuiu para as aspirações leopoldenses de seguir com sua façanha por solo paulista.

Mais imagens do jogo
O Cancheiro não deu bola para a tempestade que se avizinhava e prosseguiu no Martins Pereira para o segundo duelo entre gaúchos e paulistas da tarde. Logo logo tem mais relato da Copinha por acá.
Inté!
[…] Quando tudo levava a crer que o Aimoré conquistaria sua primeira vitória na Copa São Paulo, eis que a arbitragem, de atuação tranquila até então, resolveu aparecer. Quando o jogo já se encaminhava para o SEXTO minuto de acréscimo, o bandeirinha Felipe Camargo Moraes assinalou um pênalti que provavelmente só ele, entre os tantos presentes na Arena Barueri, enxergou. Algum jogador do Aimoré, não identificado segundo o próprio assistente, teria desferido um tapa na cara do adversário em meio a uma jogada aérea. Depois de muita confusão e dois expulsos pelo lado gaúcho (Luly e Guto), Renan foi para a cobrança e empatou a partida aos CINQUENTA E CINCO do segundo tempo – filme muito semelhante ao do ano passado, quando o Aimoré foi garfado e ficou no empate com o time …. […]
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