Dale!
Mais um campeonato se encaminhou para a final. E lá foi O Cancheiro atrás de mais uma taça, mais um título para contar. Nesse final de semana, ao menos três finalíssimas aconteceriam simultaneamente: das Ligas de Tijucas, Rio do Sul e Blumenau. A última, devido a toda rivalidade envolvida e ao fato de estar totalmente em aberta, foi a escolhida. No Guilherme Jensen, Atlético Itoupava e Salto do Norte disputariam a decisão do Regional – comercialmente chamado de Copa Krona.
Atlético Itoupava e Salto do Norte polarizam o futebol amador de Blumenau na atual década. Enquanto o Salto é o atual campeão da Liga sobre o Atlético, o time da Itoupava copou o Municipal, no primeiro semestre, sobre o próprio Salto – feito semelhante ao da última Copa Kaiser, em 2014, que, por si só, já era uma revanche do ano anterior.
A cancha atleticana não é nenhuma novidade por aqui. Por lá, já vimos pelejas do próprio Atlético e da base do Metropolitano. Mas decisão, com troféu em jogo, é a primeira vez. Ainda que conhecesse o caminho, o trânsito da sempre caótica BR 470 me fez chegar atrasado na Itoupava. Assim que deixei a BR, sintonizei o rádio da carro na Nereu Ramos, no exato momento que o hino de Santa Catarina era executado pela banda do 23º Batalhão de Infantaria – achei que ia dar tempo, mas aí até encontrar um canto para estacionar, o árbitro Edson da Silva já havia apitado o começo do jogo e fiquei sem as tradicionais fotos posadas.

Para buscar a vitória em casa, já que a partida no Salto do Norte ficou zerada, Edígio Beckhauser escalou o Atlético com Elton; Carlinhos, Chico, Elias e Rafael; Quinho, Vaé, Radamés e Bruninho; Secco e Bicudo. Do outro lado, Carmo Darugna mandou o Salto a campo com Jonas; Bruno, Petri, Thiago e Catão; Marcelo, Willian, Vando e Anderson; Maicon e Rodrigão.

Com a bola rolando, os visitantes assustaram primeiro, mandando uma bola na trave. Apesar disso, a primeira etapa se desenhou bem equilibrada, assim como havia sido a partida de ida. A melhor chance do Atlético aconteceu após uma saída errada da defesa do Salto; a bola parou nos pés de Bruninho, que tentou encobrir Jonas, mas mandou por cima. O Salto do Norte respondeu no final da primeira etapa: Rodrigão, o artilheiro da equipe, arriscou duas vezes, mas na primeira foi bloqueado e depois ficou sem ângulo, mandando para fora.

No segundo tempo, os dois times foram para o tudo ou nada. A primeira chance para matar a partida foi do Atlético. Aos 12, Radamés foi à linha de fundo e rolou para Bruninho; dentro da pequena área, praticamente embaixo das traves, o camisa 10 conseguiu fazer o improvável e mandou para fora – lembrando o que o próprio Bruninho havia feito no Estadual, uma semana antes, com a camisa do Atlético Pomerodense.

No lance seguinte, foi a vez do Salto do Norte ter a bola do jogo. Rafael cometeu falta no lado esquerdo da defesa do Atlético. O goleiro Elton ficou na bronca com o lateral. E com razão. Na cobrança, Vando mandou na área, a defesa não conseguiu afastar e Maicon apareceu no meio da área para abrir o placar. Para piorar a situação da equipe da casa, Vaé recebeu o segundo amarelo logo após o gol.


Criando pouco, o Atlético Itoupava não conseguia se aproximar do gol de empate e ainda dava cancha para os contragolpes do rival. Aos 27, após a defesa ter afastado uma bola parada na área, a pelota sobrou para Rodrigão carregá-la e abrir para Maicon; o atacante driblou o goleiro, perdeu um certo tempo, mas ainda conseguiu devolver o presente para o matador Rodrigão não desperdiçar e ampliar a vantagem.

Com um a menos e uma baita desvantagem, o Atlético seguiu acreditando. Aos 39, Secco foi atropelado por Petri, dentro da área. Edson da Silva, sem pestanejar, apontou a marca da cal. Bruninho, para coroar sua tarde catastrófica, pegou a bola e encheu o pé, mandando as esperanças atleticanas mais uma vez para os ares. Após a cobrança, o atacante perdeu totalmente o controle e foi para cima do zagueiro Thiago, provocando a própria expulsão e a do adversário.




Ainda nos acréscimos, o Atlético esboçou uma pressão, mas Jonas e a defesa saltense souberam fechar o gol e garantir o caneco. Após o apito de Edson da Silva, torcida e jogadores invadiram o gramado do rival para comemorar o título com um gostinho especial, justamente por ser na Itoupava.
Galeria de fotos da final:
O Atlético perdeu a chance de conquistar o bicampeonato – a primeira taça do Regional da Liga Blumenauense veio em 2011 – e se igualar ao rival. O Salto do Norte, pelo contrário, alcançou o bi consecutivo e o tri no geral – um ano depois do Atlético, o Salto conquistou seu primeiro Regional.






Já que é final de ano e O Cancheiro está em clima de festa há um bom tempo, voltaremos no final de semana que vem com mais duas decisões, mais duas taças sendo erguidas por Santa Catarina – ou além.
Até a próxima!
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