Dale!
Como prometido, voltamos nossa atenção ao Municipal de Florianópolis. Depois de acompanhar a primeira semifinal no meio da semana, onde o Atlético Catarinense despachou o Campinas, no domingo foi a vez de ir até o Norte da Ilha. Por lá, no Santinho, um dos maiores clássicos do futebol amador colocou Náutico e Grêmio Cachoeira frente a frente pela outra vaga na final.
O “Gre-Nau” do Norte da Ilha marcou não só a estreia do blog no Estádio Jair Antônio Alves, como também a do próprio Náutico. Pela Interligas, no primeiro semestre, a equipe do Santinho foi a única que não apareceu por aqui – desde lá, havia ficado a promessa da presença em uma partida do Municipal.



E a partida escolhida foi nada menos do que uma decisão de vaga à final do Municipal. Decisão que o Náutico marcou presença apenas uma vez, apesar de toda sua tradição, em 2011, quando sagrou-se campeão contra o Bandeirante – mesmo ano, aliás, em que levou a Copa Interligas e foi vice do Estadual para o Olaria de Xanxerê. O Grêmio, pelo contrário, busca alcançar o recorde de quatro finais seguidas e, na sequência, o tetracampeonato consecutivo. Desde 2006, quando disputou sua primeira final, a equipe da Cachoeira venceu quatro de seis decisões.

Apesar da melhor campanha na primeira fase e de portar um certo favoritismo, não foi o Náutico que começou impondo ritmo da partida. O ponteiro dos segundos nem havia terminado de dar uma volta completa no relógio, quando David, do Grêmio, arriscou a primeira, de fora da área; a defesa só ficou observando a bola passar raspando a trave.
Passados 20 minutos, a equipe da Cachoeira do Bom Jesus continuava dominando, jogando praticamente apenas no seu campo de ataque. As melhores chances partiram das bolas paradas de Itauê. Após uma dessas faltas, Carlinhos mandou na área, a meia altura, na medida para Paulo Dati concluir de sem-pulo, no ângulo. Golaço do atacante paulista, uma das novidades do Grêmio nessa edição do Municipal.


Logo após o gol, Gabriel Lemos teve que alterar a equipe do Náutico: Bruninho se machucou e cedeu o lugar a Alexsandro. Em sua primeira jogada em campo, o meia-atacante enfiou para João Felipe finalizar para o gol, na saída de Peu. Na visão de Fabiano Coelho dos Santos, o atacante estava impedido, anulando o gol de empate.

Apesar do susto, o Grêmio manteve a superioridade, jogando de forma ofensiva com Ziel e Carlinhos, além de Paulo Dati mais à frente. Aos 35, Ziel descolou um belo cruzamento para Marquinho, mas a bola pegou no poste; no rebote, ela voltou para o próprio zagueiro, que isolou, lembrando que seu ofício dentro de campo é outro. Do outro lado, o Náutico precisava calibrar o pé nas bolas paradas. Foram várias as chances de mandar na área desperdiçadas.

Depois do intervalo, no qual a equipe do Santinho deve ter levado uma dura do seu treinador Gabriel Lemos, a partida mudou completamente. Logo no primeiro lance de perigo, João Felipe, sozinho, desviou de raspão um cruzamento de Jean. A resposta do Grêmio, porém, não tardou. Aos 7, Paulo Dati roubou no meio e enfiou para Ziel, que foi atropelado por Deco; pênalti claro e amarelo para o zagueirão. Na cobrança, Carlinhos bateu no cantinho, mas Gabriel se esticou para salvar e ainda pegar o rebote.

O pênalti foi, basicamente, a melhor oportunidade do Grêmio na segunda etapa. O empate do Náutico quase chegou em uma finalização de Jube, após ganhar no corpo e mandar de fora da área, por cima do gol. A pressão seguiu e, aos 28, Jan cobrou escanteio na primeira trave, Peu não conseguiu afastar e a bola entrou; o próprio Jan saiu comemorando como se fosse gol olímpico, mas o mesário da partida creditou o gol a William – ainda há quem dissesse que foi contra.


O resultado semelhante ao da partida de ida levava a disputa para a marca da cal. O Grêmio, que já havia eliminado o River nos pênaltis nas quartas, não queria passar por mais um teste cardíaco e tentou matar o jogo ainda nos 90 minutos. Carlinhos tentou de bike, mas Gabriel, seu algoz, pegou. Logo depois, Leandrinho recebeu de Romarinho, mas mandou para fora. Nada feito. A pressão no finalzinho não surtiu efeito.

Mais fotos do clássico:
Visitantes iniciaram as cobranças:Vitor Cruz, com calma, assinalou. Na sequencia, o primeiro baque para o Náutico: Jube bateu a meia altura e Peu espalmou. Erro compensado com a defesa de Gabriel, no chute de Romarinho. Jan, então, foi lá e deixou tudo igual. Henrique e Leandrinho, para o Grêmio, e Alexsandro, do Naútico, assinalaram os seus. Foi aí que Maurivan mandou a pelota no travessão, deixando Carlinhos com a bola do jogo. O camisa 10 gremista não decepcionou e correu para o abraço. Placar final: Grêmio, classificado, 4×2.






Agora o Grêmio segue adiante em busca de fazer ainda mais história no futebol amador de Florianópolis. Jogando a segunda partida na Trindade, contra o Atlético Catarinense, a esquadra da Cachoeira do Bom Jesus brigará por um inédito tetracampeonato seguido. O Cancheiro estará lá na Gruta, daqui a dois finais de semana, contando todos os detalhes da decisão.
Até lá, meus caros!
[…] Por TODAS essas equipes, ele chegou à final dos respectivos campeonatos, se sagrando campeão por Grêmio Cachoeira, em Floripa, Floresta, em Pomerode, e Atlântico e Eldorado, em Palhoça; pelo Campinense, em […]
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