Buenas!
Pelo segundo ano consecutivo, cá estamos para mais uma cobertura do Campeonato Catarinense Não-Profissional. Depois de acompanhar o futebol amador por boa parte do Estado, obviamente que O Cancheiro não ficaria de fora da maior e melhor de todas as competições, a festa do genuíno futebol catarinense.
Um ano atrás, o blog atravessou Santa Catarina de ponta a ponta para fazer sua estreia no certame. Lá, na distante São Miguel do Oeste, vi o Metropolitano de Nova Veneza levantar o caneco. Em 2016, no entanto, uma viagem mais modesta nos aguardava. Morro da Fumaça, com o Rui Barbosa, e Nova Veneza, dessa vez com o Caravaggio, receberiam as equipes dos outros quatro cantos de Santa Catarina para a disputa.
Como a tabela previa jogos simultâneos na primeira fase e nas semifinais, fui impedido de acompanhar todas as partidas da competição, como fizera em São Miguel. Sendo assim, tive que fazer a dura escolha entre as duas sedes. Como o Caravaggio já fora visitado pelo blog em 2016, na final da Copa Sul, tomei o rumo da pequena e pacata Morro da Fumaça. Por lá, o anfitrião Rui Barbosa assistiu o confronto entre Xanxerê e Atlético Pomerodense, no aguardo do seu adversário nas finais.



Credenciado para o Estadual após a vencer a Copa Oeste – o maior e considerado um das mais competitivos regionais -, o Xanxerê chegou a Morro da Fumaça para sua estreia no Estadual. O clube nasceu de uma quádrupla fusão. Olaria, tricampeão estadual em 2011, 2004 e 1999, Três Estrelas, Bavial e Tabajara se uniram para fortalecer ainda mais o futebol da cidade – os dois últimos, porém, desfizeram a fusão e já voltaram à ativa.

Também estreando no Catarinense, o Atlético Pomerodense conquistou a vaga através da Interligas do Vale do Itajaí, disputada no primeiro semestre. Na final, o time da cidade mais alemã do Brasil derrotou o Unidos – O Cancheiro esteve no primeiro jogo da final, em Indaial. Para tal estreia, o Atlético foi a Joinville buscar quase meio time de reforços. Bambam, Alceni, Kinho, Leandrinho, Benson e Marcão, por exemplo, estiveram em São Miguel defendendo o América.

Apesar de todas as credenciais, dos elencos qualificados e de prometerem uma partida com bom nível técnico, as equipes não apresentaram um bom futebol quando a pelota enfim rolou. Poucas trocas de passes e raras triangulações marcaram o primeiro tempo. Foi através de jogadas individuais, como a de Bruninho para o Atlético, e chutes de fora da área, como os de Jair e Fumaça para o Xanxerê, que as equipes chegavam próximas ao gol adversário.


A peleja, porém, era de mata-mata – ou “mata”, como diria o tiozão ali do bar. Ao natural, a segunda etapa foi mais aberta e marcada por muita velocidade. A qualidade técnica, entretanto, seguiu devendo. E isso talvez tenha explicação: o camisa 10 de cada time. Jair Mueller, o melhor jogador do Estadual 2015, na minha humilde opinião, reforçou o Xanxerê para ser o mentor da equipe, mas o ex-Guarani estava jogando no seu limite físico e não conseguiu apresentar seu melhor futebol. Do outro lado, o maestro do Atlético, Juninho, teve que acompanhar a partida do lado de fora do campo, pois, lesionado, não pôde ser relacionado.


Quando a partida se encaminhava para um zero a zero murrinha, eis que o cobrador de faltas Jair deixa o campo e, no seu lugar, o zagueiro Guga vira o homem das bolas paradas. Na sua primeira oportunidade de mandar na área, aos 41, ele bateu direto para o gol. Aparentemente era uma bola tranquila de encaixar ou, no mínimo, espalmar, mas o experiente Bambam acabou aceitando.



No abafa, o Atlético tinha pouco mais de cinco minutos para empatar novamente. E olha que, nesse curto período de tempo, surgiu sua melhor chance no jogo: após a defesa xanxerense não conseguir rebater, a bola sobrou na feição para Bruninho marcar, na cara do gol, mas ele encheu o pé e isolou. Posteriormente, a equipe pomerodense ainda reclamou de dois pênaltis, mas, em tal situação, jamais que o juizão Filipe Silveira Pacheco apontaria para a marca da cal.


Sem tempo para mais nada, coube ao Atlético Pomerodense deixar Morro da Fumaça de cabeça erguida. Depois de muito tempo, finalmente uma equipe de Pomerode voltava a disputar o Estadual, motivo pelo qual não faltaram provocações ao rival Floresta.O Xanxerê, por sua vez, segue em busca do tetracampeonato para a cidade. Amanhã volta a campo para enfrentar os donos da casa. Jogo complicado, já que, além do fator local, o Rui se reforçou visando a competição e trouxe o centroavante Lima, ídolo histórico do Joinville.
Mais retratos do confronto:
Lá na outra chave, em Nova Veneza, quem foi embora para a casa mais cedo foi o Pirabeiraba. O Caravaggio, um dos favoritos ao caneco, não deu chances para a equipe joinvilense e se classificou para as semis, vencendo por 2 a 0. Agora, o desafio será contra o campeão da Grande Florianópolis, o Estrela Azul, de Santo Amaro da Imperatriz.
O Cancheiro segue por Morro da Fumaça e volta amanhã para contar tudo o que rolar nas semifinais. O destino da final, aliás, será conhecido nesse domingo.
Fique ligado e até logo!