Salve!
Para dar procedimento às nossas indiadas pela Região Metropolitana de Porto Alegre, seguimos ao Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, para acompanhar os anilados locais frente ao outro representante do conurbano na Série D, o São José. A peleia marcava o princípio da preparação de ambos para a competição nacional e para os embates fora da província – o Noia, entretanto, já havia duelado contra uma seleção amadora de Sapucaia do Sul e fez o mínimo esperado: 2 a 1.


Em relação aos escretes do Gauchão, bastante coisa mudou. O Anilado, ou Sapatão do Vale, manteve a base. Destaque para o volante Preto e Saldanha, o artilheiro do time no estadual. Nomes como Brida, Diego Viana e Márcio Jonatan chegaram para reforçar a equipe.

O Zequinha, por sua vez, perdeu alguns de seus principais jogadores da sensacional campanha no Sartorão, entre eles a dupla de ataque Jô e Heliardo, o goleador do campeonato, que seguiram para disputar a Série B por Londrina e Joinville, respectivamente. Em compensação, repuseram com a experiência de Rodrigo Grahl e a aposta em Paulinho, já rodado por todos os pagos gaúchos e até por Santa Catarina, onde defendeu o Juventus de Seara.

Com a pelota rolando, ficou nítido o desentrosamento das equipes. O primeiro tempo se desenrolou com muitas trocas de passes pelo meio da cancha e pouquíssima objetividade. O 4-4-2 tradicional de ambos deixou a partida bem igual e equilibrada. Foram raras as chances de gol. Digna de nota, apenas uma finalização de Saldanha que passou sobre o gol.


Dessa forma, sigamos à segunda etapa. Já no intervalo e nos primeiros minutos, Ben Hur Pereira colocou seis caras novas na equipe hamburguesa: Ramon, Diego Viana, Jardel, Ricardo Schneider, Tiago Ott e Márcio Jonatan. As mexidas mantiveram o desentrosamento, mas surtiram efeito na gana do time. Tanto é que o Nóia teve mais a posse da bola. O placar quase saiu do zero aos cinco minutos, quando o lateral Alisson foi à linha de fundo e cruzou; Diego Viana não alcançou e reclamou de uma penalidade, só que a bola sobrou para Jonathan, que livre, leve e solto só precisava escorar para as redes, mas cabeceou por cima. Pouco depois, o Anilado reclamou de outro pênalti, dessa vez sobre Márcio Jonatan, ignorado pela arbitragem.

O Zequinha, mesmo mantendo a equipe da primeira parte, não conseguia se encontrar em campo, de forma que havia um certo desentendimento entre o treinador China Balbino e seus atletas. “Tem que falar em chinês com ele”, sugeriram uns noiados ao meia Élton, quando este se aproximou da casamata para receber instruções. A melhor oportunidade do São José foi quando Rafael Carrilho chuveirou na área e Matheus quase se enrolou, mas Reinaldo não teve a astúcia de aproveitar e mandar para o gol.

Quanto tudo se encaminhava para um enfadonho 0 a 0, o Zequinha surpreendeu em um lance totalmente despretensioso. Tiago Ott dormiu no ponto e não conseguiu afastar, bom para Elton que ficou com a bola e mandou para o gol. O São José achou essa jogada bem em um momento que o Novo Hamburgo era melhor na partida. Mas a vantagem não durou muito, já que, após cobrar uma falta da entrada da área em cima da barreira, Ramon aproveitou o rebote e bateu de fora da área; o goleirão Fábio, grande revelação do Gauchão, foi tentar encaixar, mas acabou aceitando.

O resultado magro foi bem avaliado por ambas as comissões técnicas. Ben Hur afirmou que está aproveitando os amistosos para dar uma cara para o time e espera chegar à estreia com o time definido e entrosado. Já o nego véio Rodrigo Grahl falou sobre a dificuldade de seu grupo, repleto de viagens longas, e a também avaliou o amistoso com um bom teste.
De fato, o São José não terá vida nada fácil nessa Série D, se comparado aos outros gaúchos. O nível técnico da chave talvez não seja o mais difícil. A diferença fica nas longas viagens: na primeira rodada, já se desloca a Sorocaba para pegar o São Bento. Depois Rio de Janeiro, contra a Portuguesa, e Nova Lima, onde enfrenta o Villa Nova, serão os destinos.
O Novo Hamburgo caiu em uma chave mais sulista, mas de um alto nível técnico. A estreia é contra o JMalucelli, dono da segunda melhor campanha na primeira fase do Paranaense e que só foi eliminado nos pênaltis, para o PSTC. Depois, o Anilado ainda tem pela frente o Brusque, melhor catarinense entre os que não estão nas séries A e B, e o Madureira, oriundo da Série C nacional. Antes da estreia, o hamburguenses fazem dois amistosos contra o São Paulo de Rio Grande, cá e lá.
Mais fotos do amistoso:
A primeira rodada da Série D acontecerá no dia 12 de junho. Até lá, novidades pintarão por aqui, incluindo uma cobertura especial d’O Cancheiro no certame mais democrático do Brasil.
Abraço e siga la pelota!
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