Pelo Brasileirão Sub-20, Inter vence Palmeiras com tranquilidade e segue 100%

Buenas!

Mais um feriadão. Mais uma oportunidade, portanto, de romper as divisas de Santa Catarina em busca de novidades. Assim, já nas primeiras horas da quinta-feira de Corpus Christi, nos deslocamos a Alvorada, terra dos antigos RS Futebol e Pedrabranca. Hoje, a estrutura que outrora esses clubes utilizavam é usada pelas categorias de base do Internacional. Foi lá, no CT Morada dos Quero-Queros, que a gurizada sub-20 do Colorado de Ases Celeiro recebeu o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro da categoria.

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Keiler; Bruno José, Ortiz, Charles e Iago; Murilo, Oliveira, Gustavo Ramos e Mossoró; Ronald e Valdemir. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Daniel Fuzato; Manu, Augusto, Renan e Bruno Garcia; Cadina, Kauê, Joilson e Artur; Gabriel Vinícius e Laerte. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Atualmente organizado pela CBF, o Brasileirão já tem uma história de uma década, em que até a própria cancha de Alvorada já teve um importante papel. Até 2014, a competição acontecia em dezembro e era tocada pela Federação Gaúcha de Futebol. Na época, cada um dos quatro grupos era sediado em um estádio das redondezas: além de Alvorada, canchas como a do Zequinha, em Porto Alegre, da Ulbra, em Canoas, do Cerâmica, em Gravataí, e o CT do Grêmio, em Eldorado do Sul, também recebiam os juniores dos times da Série A. Hoje em dia, a FGF segue organizando a competição, agora com outra denominação, enquanto o Brasileirão entrou para o rol de competições da entidade máxima do futebol brasileiro e deixou de ter sede única.

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O Celeiro de Ases usa a estrutura que antigamente era do RS Futebol e depois do Pedrabranca. Detalhe que tinha uma cobertura ali, mas ela voou com os ventos de 29 de janeiro, que causaram estragos por toda o Estado. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Na busca pela conquista inédita – que seria o tri campeonato se contarmos os certames da época da FGF -, o Colorado largou com uma excelente vitória sobre o Flamengo, na Gávea. Para o Palmeiras, a partida em Alvorada seria sua estreia, já que folgara na primeira rodada. O máximo que o clube paulistano alcançou foram as finais de 2010, quando perdeu para o Cruzeiro nos pênaltis, e de 2013, quando foi derrotado pelo próprio Inter, no Passo D’Areia.

Atuando sob seus domínios, os colorados não tiveram dificuldade de ocupar a zona adversária. Logo no começo, o lateral Bruno José teve total liberdade de avançar e bater da entrada da área, mas a bola raspou na trave. Sorte melhor teve o volante Murilo aos 17, quando também arriscou de fora e o goleirão Daniel Fuzato aceitou – a bola nem foi no canto, tanto é que estufou o fundo das redes da goleira, e não sua lateral.

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Mesmo sem nenhum divulgação, algumas dezenas de viventes acordaram cedo no feriado para ver a gurizada do Inter em campo. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

A resposta do Verdão veio nos lances seguintes: primeiramente, Manu cruzou para Laerte, sozinho, cabecear de forma certeira, mas a bola bateu naqueles ferrinhos de sustentação das redes; logo depois, em nova bola aérea, Gabriel Vinícius cobrou falta na cabeça de Augusto, também desprovido de marcação, mas Keiler encaixou. O ímpeto palmeirense cessou por ai. Até o intervalo, o jogo seguiu disputado, com o Palmeiras rondando a área e o Inter saindo nos contra-ataques, mas não saiu do um a zero.

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O Inter começou melhor, dominando o campo de ataque. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Os times retornaram para a derradeira etapa como se nada tivesse acontecido no primeiro tempo. O Palmeiras, sem forças de atacar o Inter, não pressionou e ainda viu o adversário voltar a dominar sem dificuldades. Logo aos 10, Ronald teve a liberdade de bater colocado, mas Daniel Fuzato espalmou para escanteio. Na cobrança, Ortiz desviu para o gol, obrigando o arqueiro palmeirense a mandar para escanteio novamente. Agora, Murilo escorou para Iago dominar, olhar para o goleiro, pensar, dar mais uma olhadinha e, sem nenhum marcador por perto, finalizar para o gol.

Assim como ocorrera após o primeiro gol, o Palmeiras tentou uma rápida reação, mas o Inter não custou muito a neutralizá-la e voltou a dominar a peleia. O segundo tempo seguiu com os colorados mais perto de chegar ao terceiro do que os palmeirenses de alcançaram um gol de desconto. O Inter voltou a levar perigo em nova sequência de escanteios. Gustavo Ramos foi para a cobrança de ambos: no primeiro, o zagueirão Charles antecipou a marcação e emendou uma plástica meia-bicicleta, mas Daniel Fuzato se esticou e mandou para a linha de fundo; já no segundo, Valdemir subiu mais alto e novamente colocou o arqueiro para trabalhar.

O atacante Valdemir queria de todas as formas deixar o seu golzinho antes de ser substituído: tentou colocado, mas mandou para fora, e pegou uma bola quicando de fora da área, mas Daniel Fuzato catou no canto. Sem sucesso, ele cedeu o lugar a Léo Ávila. Já na defesa, o volante Silas e o zagueiro Eriks, com passagens pelo profissional, foram escolhidos por Ricardo Cobalchini para substituir Oliveira e Murilo.

O Palmeiras também se renovou para os últimos 15 minutos: Renan, Kauê, Gabriel Vinícius e Laerte deram lugar a Johnny, Fábio, Matheus Iacovelli e Alan. As trocas, porém, surtiram enfeito só no Inter, deixando o Palmeiras mais longe do gol do adversário e de um agora ainda mais improvável empate. Tanto que, aos 36, Ronald puxou contra-ataque, abriu para Gustavo Ramos e centralizou em direção à área para receber novamente e fechar o marcador.

Em uma manhã que nada deu certo para o Palmeiras, cada um queria resolver da sua forma. O camisa 10 Artur, por exemplo, tentou passar no meio de três zagueiros, mas não tocou e foi desarmado. Bruno Garcia também tentava alguns lampejos, mas a insistência do Palmeiras em jogar pela sua lateral, a direita, deixou as jogadas completamente manjadas. Nem o sangue novo dos atacantes Matheus Iocavelli e Alan foram capaz de sequer oferecer perigo ao goleiro Keiler.

Mais fotos do embate:

A vitória deixa o Inter em situação confortável com apenas duas rodadas disputadas. Como foi apenas a estreia para o Palmeiras, os paulistas ainda têm três partidas para se recuperar. Na próxima, quem folga é o Colorado, que só volta a jogar dia 8 de junho, contra o Sport. Mesmo adversário que o Verdão recebe, dia 1º, em São José dos Campos. Ponte Preta e Flamengo ainda completam a chave, que classifica dois dos cinco times para as quartas-de-final.

O Brasileirão de juniores deve voltar a essas páginas no mês que vem, com uma peleja lá pelas bandas continentais de Floripa. Aqui pelo Rio Grande, sigo meu roteiro de canchas visitadas – o que explica o atraso desse post – e, no final de semana, tomaremos o rumo de Novo Hamburgo e Bento Gonçalves para mais dois relatos.

Sigamos pelas plagas distantes, trazendo o futebol esquecido pela mídia no Sul do Brasil. Abraço!

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