Salve!
O Cancheiro retornou ao sempre aprazível sul catarinense para mais uma tarde copeira. Em Nova Veneza, no Estádio Darci Marini, o Metropolitano recebeu os garopabenses do Vera Cruz para uma reedição da final de 2017. Dessa vez, o duelo era válido pela primeira fase da Copa Sul dos Campeões e era de vida ou morte para ambas equipes.



Depois de ter conquistado tudo que era possível no ano passado – Regional, Copa Sul, Estadual e Sul-Brasileiro -, o Metrô entrou em campo, na primeira rodada, ainda de ressaca de 2018. Com algumas baixas, como o artilheiro Beto Cachoeira, que foi parar no rival Caravaggio, a equipe foi derrotada pelo Palmeiras/Cocal do Sul. O resultado classificou a equipe orleanense – que disputa a Copa Sul em parceria com o Cocal – e deixou os neovenesianos na lanterna. Para a última rodada, contra o Vera Cruz, só uma vitória classificaria o atual campeão para o mata-mata.

A incerteza com a fase nova do clube, aliada à vantagem dos visitantes, criou um clima de tensão nas arquibancadas do Darci Marini. Para piorar, os dois reforços, contratados especialmente para essa partida, tiveram problemas na estrada e chegaram atrasados, sendo obrigados a começar no banco.

Dentro das quatro linhas, os onze locais tentaram não deixar a pressão interferir. Apesar do volume de jogo, e pelota teimava em não entrar. As melhores chances da primeira meia hora de jogo saíram dos pés de Lalau, ambas cortadas em cima da linha por defensores do Vera, primeiro por Felipe, depois por Jardel. Os visitantes responderam num arremate solitário de Brandão, sobre o travessão.


O Metrô tentou de todas as maneiras, mas, sem sucesso, não viu o placar sair do zero. Até que, aos 31, Will decidiu resolver na base da individualidade. O meia recebeu na entrada da área, girou e soltou um petardo, no alto, sem a menor chance para Rafael. Agora, a vaga nas quartas passava para os locais.

Mas ela não durou muito tempo. Quatro minutos depois, a defesa deu bobeira e deixou Rodriguinho com total liberdade dentro da área. O atacante poderia ter finalizado, mas encontrou Juninho, igualmente livre, que teve tempo de enquadrar o corpo e bater no canto. O clima de tensão regressava às arquibancadas do Darci Marini.


Dessa vez, entretanto, a resposta do Metropolitano foi imediata. No minuto seguinte, Fá tentou um cruzamento à meia altura e acertou a mão de Felipe. Seria até discutível se foi mão na bola ou bola na mão, mas Douglas de Souza Machado fez valer a nova regra e apontou para a marca da cal. Com tranquilidade, Júlio Abu foi para a cobrança e colocou novamente o Metrô na dianteira do placar.


Todo a tensão que pairava sobre a esquadra local se esvaiu logo no começo do segundo tempo. Mais leve em campo, o Metropolitano tardou apenas nove minutos para chegar ao terceiro. Lalau recebeu de Foguinho e devolveu para o atacante, sem goleiro, entrar com bola e tudo. Cinco minutos depois, em falta frontal, o estreante Paulo Sérgio fez valer sua experiência, tomou a responsabilidade para si e mandou a pelota no ângulo de Rafael, que até encostou nela, mas não o suficiente para evitar o quarto gol.


Daí em diante, a porteira se abriu. Aos 25, Anderson, outro estreante egresso do banco, recebeu de Cleiton, a essa altura volante, e teve toda a calma do mundo para escolher o canto e fazer o quinto. Guto, aos 35 e aos 44, quando a torcida já clamava por outro 7 a 1, fechou a conta para o Metropolitano, mais classificado do que nunca.



Com o segundo lugar da chave, os neovenezianos entrarão em certa desvantagem para as quartas-de-final, já que terão que decidir longe de seus domínios. Quis o destino que, no dia seguinte, o sorteio colocasse o Palmeiras novamente no caminho do Metropolitano, concedendo a oportunidade de uma revanche em ida e volta.
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Caravaggio x Estância, Campinense x São Domingos e Flor da Serra x Araranguá completam o quadro das quartas-de-final. Para as semis, um novo sorteio definirá os confrontos. Sem poder se fazer presente nesses duelos, O Cancheiro promete voltar ao Sul nas semifinais para contar o desenrolar de um dos torneios mais tradicionais – e talvez o mais forte – de Santa Catarina.
Até!