Buenas!
A Segundona do Catarinense chegou ao seu clímax nesse domingo, tendo o Litoral Norte como palco de duas grandes decisões. Enquanto uns sonhavam em alcançar seu ápice histórico, como o Fluminense do Itaum, que precisava reverter uma grande vantagem contra o Marcílio Dias, em Itajaí, outros viam a oportunidade de tornar sua passagem pela Série B o mais breve possível, caso do Metropolitano, que enfrentaria Camboriú no Estádio Roberto Santos Garcia, o Robertão – e foi para lá que O Cancheiro seguiu, disposto a cobrir mais um ascenso catarinense.

O objetivo do Verdão de Blumenau era claro: voltar para onde nunca havia saído desde que chegara, a Série A. Para tanto, mesclou o elenco com suas excelentes divisões de base e alguns jogadores mais experientes. A receita, daquelas simples e infalíveis, demorou a dar certo, mas, no decorrer das 18 rodadas da primeira fase, o time foi engrenando e chegou às semifinais com a terceira melhor campanha.

Do outro lado, o Camboriú apostou ainda mais na experiência e na rodagem pelos gramados catarinense para montar seu elenco. Nomes recorrentes na Segundona Catarinense, como o do próprio técnico Mauro Ovelha, levaram a Cambura ao título do primeiro turno, ao segundo lugar geral e à vantagem de decidir a vaga em seus domínios.

Os camboriuenses chegaram ao Robertão, entretanto, necessitando reverter uma baita vantagem obtida pelo rival na primeira partida. Jogando no SESI, o Metrô fez valer o fator local e venceu por 2 a 0, com gols de Ari Moura e Elton. O resultado obrigou o Camboriú a pelo menos igualar o placar para lograr o acesso direto, já que o título do turno também deu a vantagem da equipe jogar pela empate no placar agregado.

Vantagem, essa, que teria um extenso e árduo caminho para ser posta em prática. Ao natural, os locais foram para cima em busca de cumprir ao menos metade do objetivo ainda na primeira etapa. Apesar do volume imposto, o Camboriú parou nas grandes atuações de Elton e Douglas Silva, a dupla de zaga blumenauense.

Do outro lado, o Metropolitano buscou aproveitar os contra-ataques e, pouco a pouco, foi encontrando os espaços na defesa camboriuense, principalmente pelo lado esquerdo de ataque. Foi por lá que, aos 27, Ari Moura enfiou para Rodolfo, que fez uma jogadaça, limpou a marcação, chegou à linha de fundo e cruzou para o meio da área, mas o zagueirão Gabriel Peres se atirou nela e cortou claramente com o braço – foi tão claro que o time do Camboriú nem reclamou. Mal Ramon Abatti Abel havia terminado de assinalar a penalidade e Jean Dias já estava com a bola embaixo dos braços para cobrar. O camisa 10 buscou o canto, mas Zé Carlos foi lá buscar; no rebote, com o goleiro caído, Douglas Silva chegou enfiando o pé e terminou de desperdiçar por completo o grande momento do Verdão até então.



Dez minutos depois, buscando o jogo novamente pelo flanco esquerdo, o Metropolitano foi mortal: Bruninho recebeu livre e cruzou de primeira, rasteiro, para William Paulista chegar por trás de marcação e completar para o fundo das redes, dessa vez sem chances para Zé Carlos.


O Tricolor não se abateu com o gol e seguiu pressionando, em busca do agora ainda mais improvável. A equipe da casa fechou o primeiro tempo melhor e retornou para os 45 minutos finais com a mesma postura, buscando o jogo principalmente na velocidade de Paulinho e Aldair. Lá atrás, Zé Carlos seguia operando milagres e parando os contragolpes mortais do Verdão, como no cruzamento de Paulo Henrique, que William Paulista escorou e Ari Moura chegou batendo à queima-roupa.


O Camboriú só conseguiu furar o bloqueio rival aos 15, através de Flávio Paulino, que foi buscar a bola lá no campo de defesa, lançou na área, ela foi desviada e chegou em Jean Carlos, que, oportunista, chegou antes que o arqueiro Igor para dar um toque com o biquinho da chuteira e encobri-lo.

Com o duelo de volta a estaca inicial, Marcelo Mabília não quis saber de retrancar ainda mais a equipe do Metropolitano e decidiu por encorpar o time do meio para frente, com as entradas de Dudu e Fabrício nas vagas de Bruninho e Jean Dias. Já a Cambura, com a entrada de Mateus Arence no terço final do segundo tempo, intensificou ainda mais sua pressão.

Ao passo que a torcida visitante já ia cantando o título, o Camboriú foi lá e buscou a virada, já nos acréscimos, em pênalti sofrido por Paulinho e convertido em gol por Aldair. Os cinco de acréscimos, então, se tornaram uma eternidade para o time e para a agora calada torcida do Metropolitano. Nesse meio tempo, foram dois escanteios mal afastados pela defesa que fizeram gelar a espinha dos visitantes.



Ao apito final de Ramon Abatti Abel, enfim o alívio: o Metropolitano está de volta à Série A do Catarinense. Os jogadores, com o dever cumprido, foram para a frente do setor visitante, que já vinha fazendo mais barulho durante o jogo, e a festa explodiu no Robertão, não em tons de laranja, mas sim de verde.
A festa blumenauense em Camboriú
Outras fotos do duelo
Ao lado do Marcílio Dias, outro grande clube que regressa à elite, o Verdão do Vale inicia agora o planejamento para voltar à Série A, tendo ainda pela frente a decisão da B e a disputa da Copa Santa Catarina, a partir de setembro.
Assim como o Metrô, O Cancheiro deixou Camboriú com o dever cumprido de contar o quinto acesso de cinco equipes diferentes na Segundona. Mas ainda tem a final e uma taça em jogo. Seria o tetra que isolaria o Marcílio Dias como maior vencedor da competição ou enfim o primeiro título profissional da história do Metropolitano?
Fique ligado no epílogo dessa história e até logo!
[…] o Metrô fez valer o fator local contra o Camboriú e conquistou o acesso na casa do rival – relembre todos os detalhes sob a ótica cancheira do blog. No jogo de ida da decisão, igualmente abriu uma baita vantagem em casa, contra o Marcílio Dias, […]
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