Cerâmica Silveira faz segundo tempo avassalador, bate o Atlântico e conquista o hexa palhocense

Buenas!

O Cancheiro tinha destino certo no final de tarde de sábado: o Estádio Renato Silveira, em Palhoça. Depois de exatos três meses de bola rolando pelas canchas do município, duas agremiações chegaram ao único estádio profissional da cidade brigando pelo tão almejado caneco: o Cerâmica Silveira, do São Sebastião, e o Atlântico, da Barra do Aririú.

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O Cerâmica Silveira, do técnico Samoel Medeiros, o Samuca, foi a campo com: Deivid; Fabinho (Ruan), Marlon, Bolão e Carlinhos; Keko, Fábio Fidélis, Jardel e Biel (Vaninho); Felipinho (Xadinho) e Edu Sales (Ângelo). (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O Atlântico, comandado por Djone Kammers, adentrou o Renato Silveira com: Daivison, Anderson (Forlán, Boquinha (Samuel), Roger (Gustavo) e Wagner; Marquinhos (Carlinhos), Fernando e Itauê (Luiz Guilherme); Dado (Bruninho), Manoel e André. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Israel Matiola comandou o espetáculo, auxiliado por Valcioni Laurindo da Rosa e Marcos Antônio Adriano. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

E os finalistas chegaram até aqui com totais méritos. Na primeira fase, ambos perderam apenas uma partida cada – o Cerâmica para o Cruzeiro do Sul e o Atlântico no jogo direto com o próprio rival dessa final – e lideraram com folga a tabela, ganhando o direito de entrar no mata-mata diretamente nas semifinais. No placar agregado dos duelos que decidiriam os finalistas, mais dois passeios: os barrenses aplicaram 7 a 1 no Paraíso e o Cerâmica 7 a 0 no Cascalho.

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Troféus a postos, esperando o vencedor dos 90 minutos. O Cerâmica luta pelo seu sexto caneco, enquanto o Atlântico vai atrás do octa. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Esquadrões perfilados para a grande decisão. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Tal sucesso se deve, além do grande apoio das comunidades, ao forte investimento que os times fizeram. Enquanto o Atlântico buscou o técnico multicampeão Djone Kammers, que levou consigo toda sua trupe de jogadores de confiança, o Cerâmica apostou em ex-profissionais, como Carlinhos, Edu Sales e Fábio Fidélis, além de contar com toda a experiência de Vaninho, uma lenda dos gramados palhocenses.

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A torcida do São Sebastião coloriu de vermelho as arquibancadas do lado mandante do Renato Silveira. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Do outro lado, os barrenses também ocuparam quase todo o setor visitante. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Depois de uma primeira partida desnecessária zerada, tudo ficou em aberto. Devido à melhor campanha, o time do São Sebastião, teoricamente o mandante da segunda partida, entrou em campo com a vantagem de jogar pelo empate. Ciente disso, os barrenses trataram de pressionar desde o começo. No primeiro arremate, logo aos 2 minutos, Manoel pegou quicando na veia, mas a bola encobriu a meta e beijou a parte superior das redes.

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Foi o Atlântico que começou mostrando as cartas. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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A marcação do Cerâmica era tão forte que Jardel e Keko fizeram um sanduíche de Itauê. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Ainda que jogando de forma mais ofensiva, o Atlântico esbarrava na forte retaguarda do Cerâmica Silveira, que sofreu apenas quatro gols em onze jogos. O próprio Fábio Fidélis, originalmente zagueiro e lateral-esquerdo, jogou de volante, para reforçar a marcação na meia-cancha. Assim, o Atlântico só voltou a assustar aos 25, mais por falha dos adversários do que por méritos próprios: Deivid foi tentar encaixar um cruzamento aparentemente tranquilo e mandou a bola contra a própria meta, mas Bolão apareceu para salvar em cima da linha e salvar a pele do goleirão.

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Deivid deixou escapar. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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E quase engoliu um peru. Sorte que Bolão apareceu para salvar. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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André cobrou que a bola havia entrado. Apesar de difícil, a arbitragem acertou no lance. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O lance despretensioso acabou servindo para animar a equipe barrense, que passou a pressionar com mais incisividade. Em outro cruzamento, a bola foi desviada e Deivid quase aceitou novamente. O arqueiro se redimiu em duas cobranças de escanteio fechadas de Fernando, que tinham como destino certo o ângulo. No ataque, a única oportunidade digna de nota por parte do Cerâmica saiu num chute por cima de Keko.

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O multifuncional Fábio Fidélis, ex-Avaí, ganhou todas no meio. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Disposta a eliminar qualquer chance de surpresa, a equipe alvirrubra voltou para a etapa final buscando aquele que seria o gol do título. E ele demorou pouco mais de um minuto para sair. Felipinho aproveitou que a defesa do Atlântico voltou desligada do intervalo, apareceu de supetão no meio da área nas costas da zaga, driblou o arqueiro Daivison e mandou para o fundo das redes.

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O veloz Felipinho deixou Daivison na saudade. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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E correu para o abraço! (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Depois de mais de 135 minutos, finalmente saiu o primeiro gol da final. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Festa rubra nas arquibancadas do Renato Silveira. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Agora precisando da virada, o Atlântico intensificou a pressão. Assim como na primeira etapa, entretanto, foi a defesa do Cerâmica que se sobressaiu. Para piorar a situação dos barrenses, o rival agora conseguia encaixar os contra-ataques. No primeiro, Fábio Fidélis roubou e entregou para Felipinho bater no cantinho, mas o goleiro buscou. Logo depois, aos 22, Edu Sales apareceu livre pela direita e, após duas tentativas, mandou um balaço para o gol, sem chances para Daivison.

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A torcida voltou a explodir com o gol de Edu Sales. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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A noite foi caindo e com ela o hexa do Cerâmica Silveira. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Sem organização no ataque, o Atlântico tentava insistentemente infiltrar na base da jogada individual ou na bola área, justamente o forte do Cerâmica. Do outro lado, Vaninho, do alto dos seus 46 anos, puxou um contra-ataque pela direita, tocou no meio para Felipinho, que deixou ela subir e emendou um lindo voleio, assustando Deivison. Quando já eram 40 minutos passados, Edu Sales bateu em cheio uma falta cruzada e o goleiro espalmou para escanteio; na cobrança, após confusão na área, o imparável Felipinho apareceu para guardar e dar números finais à decisão: Cerâmica Silveira, hexacampeão, 3 a 0.

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Vaninho entrou em campo buscando seu 37º título oficial. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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A sarrada do herói da decisão. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O Renato Silveira nunca foi tão vermelho. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Mais fotos da final (a galeria completa estará em nossa página no Facebook em breve. Deixe aquele me gusta lá e fique ligado!) 

Apesar da baita campanha do Atlântico, o título não poderia ter ficado em melhores mãos. O time do São Sebastião foi o que mais somou pontos, teve o melhor ataque e a melhor defesa. O hexa veio para coroar o extraordinário milênio do Cerâmica. Desde 2000, quando não possuía nenhum caneco, o clube copou seis das dezoito edições da elite de Palhoça.

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Djone, numa baita atitude, foi cumprimentar Samuca pelo inquestionável título. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Samuca, campeão da Segundona com o próprio Atlântico no ano passado, agora levanta mais um caneco da elite. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Vaninho, como não poderia deixar de ser, foi reverenciado pela torcida. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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O Cruzeiro do Sul, sétimo colocado, foi o time mais disciplinado da competição. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Edu Sales, com 11 gols, foi o artilheiro. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Deivid e Luciano foram os goleiros menos vazados. O Cerâmica sofreu apenas quatro gols em treze jogos. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Amaro Júnior, o vice-prefeito de Palhoça, entregou o troféu de vice-campeão para Marquinhos. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Keko foi o responsável por erguer o caneco. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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Cerâmica Silveira hexacampeão palhocense! (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Por diversos motivos alheios a nossa vontade, o certame palhocense, o mais forte tecnicamente da Grande Floripa, acabou ficando de lado nesse semestre. O blog já promete de antemão que em 2018 mais canchas espalhadas por todos os bairros de Palhoça, e não só a do Guarani, aparecerão por aqui.

Já adianto, também, que a próxima taça a ser levantada defronte às nossas lentes – e provavelmente a última do ano no amador – será num dos estados vizinhos.

Fique ligado e aquele abraço!

 

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