Mas que tal!
Em meio a inúmeras decisões pelo futebol amador Santa Catarina afora, O Cancheiro tomou o rumo do Sul do Estado para conferir o duelo que apontaria o primeiro finalista do Regional da LARM, a liga de Criciúma e arredores. Foram desses arredores, inclusive, que saíram os dois protagonistas dessa semifinal, o Cocal do Sul e o Caravaggio.



A equipe do distrito pertencente a Nova Veneza, terra das atuais maiores potências do futebol da região, tem um excelente retrospecto aqui no blog. Em dois jogos, duas taças – e ambas contra o maior rival, o Metropolitano. Fora de casa, porém, é a primeira vez que vimos o Caravaggio. Tal estreia se deu no Estádio Municipal Walter Mário Guollo, outra uma grata novidade por aqui.

Mesmo com o favoritismo pendendo para o lado azul, foi o Cocal que obteve a melhor campanha até aqui, resultando no direito de levar o segundo jogo para seus domínios e na possibilidade de jogar por dois resultados iguais para ter a vantagem do empate na prorrogação. No primeiro jogo, no Distrito do Caravaggio, o Azulão venceu por 2 a 0, restando ao Cocal a obrigatoriedade de jogar por uma vitória para decidir no tempo extra.


Com a pelota rolando sobre o excelente relvado cocalense, foram os visitantes que começaram ensaiando uma pressão. Aos 5, Soares se empolgou e arriscou do meio da rua, mas isolou. O Cocal, por sua vez, manteve a calma e não tardou a se encontrar em campo. Aos 15, Moisés recebeu nas costas da zaga, na feição para ajeitar para o chute, mas acabou pisando na bola e foi ao chão, numa jogada digna de filme de comédia.

O Carava, com sua equipe mais experiente, conseguiu neutralizar a pressão e a marcação alta dos mandantes e ainda quase ampliou a vantagem aos 37, quando Soares abriu para David, que escapou em contra-ataque e rolou para Matheus Laguna, mas Vassoura apareceu para varrer o perigo para bem longe dali.

Ganhando todas na meia-cancha, o Cocal foi crescendo na partida e intensificou ainda mais a pessão nos acréscimos da primeira etapa, quando teve duas chances claras de abrir o placar. Na primeira, após um bate-rebate, Moisés apareceu para emendar na direção do gol, mas Pedro Paulo, a lá Marcelo Grohe, voou para catar e fazer uma defesaça na base do puro reflexo. No lance seguinte, Edi driblou Pedro Paulo e, mesmo sem ângulo, tentou encobri-lo, mandando nas mãos do arqueiro e facilitando sua vida.

O primeiro terço da etapa final não mostrou muita mudança. O Cocal seguiu gostando da partida e dando trabalho para a defesa visitante. Aos 13, Jef Silva rolou para Moisés bater colocado, com todo o capricho do mundo, mas a pelota beijou o poste e se perdeu pela linha de fundo.

Quando o forte meio-campo neoveneziano enfim dominou sua região foi que o Caravaggio passou a encontrar e explorar os espaços, levando perigo à meta defendida por Vassoura. Aos 28, Andinho descolou uma dessas brechas pela direita e, quando já havia invadido a grande área, foi atropelado; pênalti bem assinalado e convertido em gol com maestria pelo camisa 10 Leomir.

Precisando correr atrás do resultado, a esquadra cocalense foi para cima, mas sem conseguir infiltrar e deixando ainda mais espaço na retaguarda. Aos 37, Érique puxou para a canhota e bateu, tirando tinta da trave; um minuto depois, David, bem ao seu estilo, teve liberdade pelo meio e encheu o pé, mandando à esquerda da meta.

O Cocal respondia com tiros de longe e sucessivas e insistentes chuveiradas na área, todas sem sucesso e neutralizadas pela encaixada – e agora retrancada – defesa visitante. Se o time de Gonzaga Millioli não havia sofrido sequer um gol nos últimos cinco jogos, não seria em cinco minutos de acréscimos que as redes de Pedro Paulo seriam balançadas.

Mais fotos dos 90 minutos de bola rolando e da festa azulada (a galeria completa estará em nossa página no Facebook. Curta lá e fique ligado!)
Com a vitória, o Caravaggio deu um passo a mais na sua grande campanha de recuperação. Depois de comer poeira e terminar a primeira fase em quinto, o Azulão trocou o comando técnico e já chega à grande final com a possibilidade de decidir em casa, caso seu rival Metropolitano confirme a classificação nesse domingo. Se der Araranguá, o primeiro jogo será na Montanha.

Com uma agenda lotada e caso não haja mudanças nas datas, são pequenas as possibilidades de cobrirmos mais uma decisão da LARM. O Carava começa a briga pelo heptacampeonato no próximo sábado, ao mesmo tempo que estaremos na final do Municipal de Palhoça. No domingo, dia 10, data da segunda partida, a final de Blumenau será a nossa pauta.
Falando em final municipal, já nesse domingo fomos à pequena Guabiruba para conhecer o campeão de lá. Mais esse capítulo de nossas andanças por Santa Catarina, entretanto, é papo para logo mais.
Até a próxima e aquele abraço!