Salve!
A Segundona Catarinense teve quatro de suas cinco partidas disputadas durante a tarde e começo de noite de sábado, véspera do Dia dos Pais. O Cancheiro se fez presente em duas dessas pelejas. Para abrir o rolê pela Costa Verde e Mar, rumamos ao Roberto Santos Garcia, onde o Camboriú mediria forças com o Operário de Mafra, em duelo válido pela abertura do returno. Por incrível que pareça e apesar da proximidade, é apenas a primeira vez, em mais de dois anos de blog, que visitamos o glorioso Robertão.



A estreia na cancha camboriuense se deu em mais uma passagem dos locais pela Segundona do Catarinense. Novamente brigando na parte de cima da tabela, o Tricolor aparece como um dos favoritos para retornar à elite, de onde se fez presente em três temporadas nessa década, e seguir se firmando como um dos ioiôs do futebol catarinense – tal como os vizinhos Brusque e Marcílio Dias, por exemplo.

Depois de bater na trave e ficar com o vice do primeiro turno, a Cambura acumulou uma boa gordura para, caso não conquiste o returno, chegar às semis pela classificação geral. O grande destaque da esquadra da Baixada no primeiro turno foi seu poderio ofensivo. Jogando lado a lado, os matadores Hyantony, artilheiro e destaque do Avenida na Divisão de Acesso do Gauchão, e Brasão, que dispensa apresentações, são dois dos principais goleadores do certame.

Os visitantes, dando a mínima para o retrospecto do adversário, viajaram a Camboriú com o objetivo de repetir a história da estreia na Segundona, quando saíram de Itaiópolis com um sensacional 4 a 2. Durante o turno, as coisas aos poucos foram se invertendo e o Operário foi caindo na tabela, mas sem ficar muito para trás e ainda vivíssimo na briga por uma vaga nas semifinais. Confira a tabela completa e todos os detalhes da Segundona.


Ao contrário daquele jogo no Norte do Estado, em que o placar já apontava 2 a 2 aos 25 minutos, a partida do returno começou um tanto quanto monótona. A primeira grande chance só saiu aos 20, em favor dos locais, quando Brasão recebeu um lançamento nas costas da zaga, ajeitou o corpo para bater, mas pegou muito mal e a bola se perdeu pela linha de fundo. Pouco depois, Felipe Recife encontrou Hyantony no meio da área, mas o atacante tentou pegar de prima e mandou para fora.


A artilharia pesada do Camboriú seguiu dando trabalho à defesa mafrense. Brasão e Hyantony se movimentavam e trocavam de posição, como manda o figurino em equipe que joga com dois centroavantes, e constantemente pelo menos um deles aparecia livre. Aos 30, Hyantony fez as vezes de pivô e escorou para Brasão chegar batendo; a bola pegou na marcação, ficou viva e, após um entrevero, sobrou para Padu chegar batendo colocado, à direita da meta.


Apesar da superioridade ofensiva, nada dos mandantes abrirem o placar na primeira etapa. Na segunda, entretanto, o Tricolor da Baixada precisou de apenas seis minutos para empurrar a pelota para o filó. Agora, adivinha quem foi o autor do tento? Ele mesmo, Brasão, que recebeu no meio da área, dominou tirando da marcação e mandou no cantinho, sem chances para Willian.


Mais ligado na partida, o Camboriú seguiu pressionando. Em uma bola alçada à área, Felipe Recife matou no peito com classe e, sem deixar ela cair, emendou de canhota, tirando tinta do ângulo. Pouco depois, quando eram decorridos 18 minutos, foi a vez de Hyantony se sobressair à defesa. Ele subiu no segundo andar para escorar uma cobrança de escanteio, mas Willian salvou; no rebote, o próprio centroavante brigou pela pelota e ela sobrou para Padu, na pequena área, guardar.

Com um bom placar construído e sem ver os visitantes esboçarem qualquer reação, a esquadra do estreante Rodrigo Bandeira apenas administrou e cozinhou a partida em banho-maria no decorrer da etapa final. O time só foi voltar a ser mais incisivo, quando, empolgado pelos gritos de “olé” que ecoavam pelo Robertão, colocou a bola no chão e construiu uma belíssima triangulação, deixando Juninho Aguiar na cara do gol, mas a defesa conseguiu cortar a finalização.

Sem criatividade, o Operário dependia dos tiros de longa distância, como o de Néverton que passou sobre o travessão, e de bolas paradas para oferecer algum perigo. Quando enfim criou uma boa jogada, a equipe alvinegra fez ela chegar em Ceará, que ganhou da marcação, adentrou a área em velocidade e foi atropelado; Marcos Vinícius de Oliveira Matias não quis saber de incomodação àquela altura – 40 do segundo tempo – e deixou o jogo rolar.

A história poderia ser outra caso a penalidade fosse efetivada – e, claro, convertida em gol. Entretanto, pelo apresentado nos 90 minutos, o triunfo camboriuense foi mais do que justo. Vitória que já alça o Tricolor à liderança da classificação geral, dividindo com Hercílio Luz, mas perdendo no saldo de gols, e do returno, ao lado das outras equipes que venceram na primeira rodada. O Alvinegro, por sua vez, segue no meio da tabela, a quatro pontos do quarto colocado Guarani.

Mais fotos do jogo
Contando com o apoio da torcida itaiopolense – que adotou a equipe do município vizinho e detém a quarta melhor média de público -, o Operário recebe o Concórdia, na próxima quarta-feira, às 15h, buscando diminuir essa diferença. Para isso, a equipe de Mafra ainda precisa torcer para o próprio Camboriú vencer o Guarani à noite em Palhoça. O Bugre, aliás, é o único time que ainda não figurou por aqui durante essa Segundona – a estreia, quem sabe, poderá ocorrer justamente nesse duelo contra o Tricolor da Baixada.
Depois de copar Camboriú, rumamos à vizinha Itajaí e, quinze minutos após deixar o Robertão, já adentrávamos o glorioso Doutor Hercílio Luz, onde Marcílio Dias e Jaraguá peleariam logo mais.
Siga acompanhando nossas andanças pelo futebol catarina, deixe aquele me gusta esperto na página do blog no Facebook e fique ligado nos próximos capítulos!
Aquele abraço!
[…] fechar a jornada dupla de véspera de Dia dos Pais, O Cancheiro deixou Camboriú para trás – onde assistiu a vitória da Cambura sobre o Operário de Mafra – e seguiu rumo à vizinha Itajaí, onde, pouco mais de uma hora depois, Marcílio Dias e […]
CurtirCurtir