Mas que tal!
Regressamos ao Estádio da Ressacada nessa nebulosa e garoenta tarde de quarta para conferir mais em desafio da base do Leão da Ilha. Quatro dias depois da goleada sobre o Operário de Mafra, válida pela Copa SC Sub-20, foi a vez de enfrentar um adversário com uma camisa muito mais pesada e por uma competição nacional. Abrindo a Copa do Brasil dos juniores, o rival do Avaí foi o Grêmio.



O sub-20 azurra não é nenhuma novidade por aqui. Com esse confronto pela competição nacional, chegamos a marca de 10 partidas do Avaí no blog. Desde um confronto pela própria Copa do Brasil, em 2015, contra o Flamengo, passando por um mata-mata na Copa São Paulo desse ano, até duelos locais, pela Copa SC e pelo Catarinense. A gurizada do Grêmio também já pintou por aqui, em um jogo perdido pelo Gauchão de Juniores, em 2016.

Esse ano, aliás, o sub-20 do Avaí só perdeu uma partida, para o Juventus, na Rua Javari, e ganhou todas as outras. O Grêmio vem de uma eliminação para o Mirassol na Copinha e, desde então, se prepara também para o início do Gauchão de Juniores, previsto para o próximo final de semana, mas ainda sem data definida.

A diferença no ritmo de jogo entre as duas equipes, em nível competitivo, ficou evidente nos primeiros minutos de jogo. Aparentemente nervoso e desconcentrado, o time do Grêmio se deixou envolver pelos avaianos. Usando os lados do campo, com Lourenço e Santarém, o Avaí chegava à área com enorme facilidade. O primeiro, pela direita descolou um belo passe para Lineker, mas o meia não conseguiu enquadrar o corpo para bater; o segundo, pela esquerda, infiltrou, fez a tabelinha e saiu na cara do gol, mas não pegou na veia e mandou para fora.

Lineker, flutuando e triangulando ora pela direita, com Lourenço e Guga, ora pela esquerda, com Santarém e Elias, vinha fazendo uma partida de gente grande. Aos 20, ele descolou um belo passe de cobertura para Vitor. Quando ia engatilhando o chute, o centroavante recebeu uma patada de Gabriel Silva e caiu. Eduardo Cordeiro Guimarães, sempre convicto de suas marcações, apontou a marca da cal no mesmo instante. O próprio Vitor pegou a pelota e cobrou no canto – ela ainda chegou a tocar no pé da trave, antes de morrer no fundo do barbante.



O segundo quase saiu logo depois, após um petardo de Vitor, desviado na zaga, que o goleiro Phelipe se esticou para pegar; no rebote, a bola sobrou para Lourenço, mas o arqueiro gremista completou o milagre com uma defesa com os pés. Ainda antes do intervalo, o goleiro avaiano Léo Lopes deu um chutão para frente – que na verdade foi um baita lançamento -, a zaga se atrapalhou para cortar, Phelipe ficou pelo caminho, mas Santarém se precipitou e mandou de cobertura para fora.


O primeiro tempo foi praticamente de defesa contra ataque. Um Grêmio totalmente inoperante não conseguia atacar e ainda sofria com os contragolpes do 4-2-3-1 avaiano – que estava mais para 4-3-3 mesmo. Tentando mudar o panorama da partida, João Antônio promoveu duas trocas no intervalo: Erick e Ferreira nos lugares de Macaé e Khevin.

As mudanças surtiram um efeito positivo na equipe gaúcha, tanto que o empate saiu logo aos 9, dos pés de um dos jogadores que vieram do banco. Após uma pressão, seguida de um bate-rebate na área, o zagueirão Rafael Klein tentou uma bicicleta e acertou em cheio o braço de algum defensor avaiano no meio da confusão. Pênalti, mais uma vez apontado com convicção pelo árbitro. Erick bateu e correu para o abraço.


A resposta avaiana veio no lance seguinte. Lourenço bateu uma falta cruzada diretamente para o gol, a bola não pegou em ninguém e morreu nos fundos da rede. O bandeirinha, ligado na jogada, anulou o gol, pois seria um lance de dois toques. O Grêmio, agora jogando de igual para igual, quase chegou à virada num chute colocado de Patrick, mas Léo Lopes voou para pegar.


O segundo tempo, que vinha sendo bem jogado e estava bem aberto, foi esfriando aos poucos. Nada foi criado até o lance derradeiro da partida, aos 36. Depois de receber uma bola enfiada pela esquerda, Vitor aliou força e técnica para ir para cima da marcação, cortar duas vezes e rolar na medida para Filipe Renan marcar o gol da vitória.

A partir daí, só restou ao Avaí matar a partida e não deixar, literalmente, o Grêmio jogar – só nesse período, foram seis escanteios e algumas faltas próximas à área para o Leão, quase todos batidos com perigo por Lourenço. Apesar do placar mostrar um certo equilíbrio, fato é que o Grêmio fez menos frente ao Avaí do que o próprio Operário de Mafra, que havia sido goleada no sábado.
Galeria de fotos do jogo
Para a partida de volta, no Rio Grande do Sul (ainda sem local definido) o único trunfo tricolor é o gol marcado como visitante. O Avaí joga pelo empate e pode até perder por um gol de diferença, desde que faça no mínimo dois. Quem se classificar terá pela frente Fluminense ou Londrina – melhor para os paranaenses no jogo do ida: 1 a 0.
Também na quarta, o maior rival do Avaí foi ao Recife e voltou com uma baita vitória da Ilha do Retiro. O jogo de volta entre Figueirense e Sport será na próxima quarta, no Scarpelli, e O Cancheiro estará lá conferindo a outra equipe florianopolitana em ação.
Até a próxima!
[…] O Cancheiro conferiu e relatou as classificações dos dois florianopolitanos na disputa: o Leão da Ilha, contra o Grêmio, e o Furacão do Estreito, frente ao Sport. Para as oitavas, porém, tive que escolher entre um […]
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[…] e, sempre com belas atuações, deixaram três gigantes pelo caminho. Na primeira fase, após vitória por 2 a 1 na Ressacada e fazer 3 no Rio Grande do Sul, a vítima foi o Tricolor Gaúcho. Nas oitavas, a história se […]
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