Salve!
Sábado foi dia de atravessar a ponte, pegar o túnel e rumar em direção à Ressacada. O destino não seria o simpático estádio em si, visto que o confronto entre Avaí e Operário de Mafra estava marcado para o Centro de Treinamentos em anexo, mas a chuva que não para de cair em Florianópolis judiou o gramado e a partida válida pela Copa Santa Catarina Sub-20 passou para dentro da cancha azurra.



Ainda na sexta, acompanhei outra partida da competição envolvendo um time da Capital, o confronto entre Figueirense e Joinville, que abriu a segunda rodada. Também estreando sob seus domínios, o Avaí vem de um tranquilo triunfo no Sul do Estado, contra o Atlético Tubarão. Na outra extremidade do Estado, no Norte – na verdade, na cidade paranaense de Rio Negro – o Operário recebeu o Metropolitano e também somou seus três primeiros pontos.
A graça da Copinha é justamente o fato de colocar frente a frente equipes das Séries A e B do Catarinense, ainda mais quando o jogo em questão vale uma liderança. O Operário, por exemplo, já vai para a sua segunda Copa SC. Na primeira edição, o time de Mafra se classificou em terceiro, apenas um ponto atrás do líder Criciúma e na frente da Chapecoense e do próprio Avaí – acabou sendo eliminado nas semis para outro alvinegro, o da Capital, que viria a ser o campeão.

O Avaí, que acabou ficando de fora das semis no ano passado, tenta sorte melhor na atual edição e, de quebra, usa a competição como laboratório para atletas que já são relacionados por Claudinei Oliveira nos profissionais ou que já passaram dos juniores – são aceitos até cinco jogadores acima dos 20 anos -, caso do atacante japonês Toshi, de 24 anos, e do zagueiro colombiano Salazar, de 22.

A forte equipe do Avaí começou a trilhar o caminho para a liderança já nos primeiros minutos da partida contra o Operário. Liniker, em chute cruzado, e Fabian, após subir sozinho, quase abriram o placar. Enquanto a equipe azurra apostava na velocidade, em especial com Toshi e Santarém, a alvinegra tocava a bola pacientemente no meio de campo, mas sem conseguir infiltrar.

Na primeira vez que chegou ao ataque, pela esquerda, o Operário deixou o corredor para Toshi contragolpear com velocidade, engatilhar a batida, mas chutar o vento, furando bizonhamente. Na sequência, aos 20, o Operário novamente tentou sair na base do toque de bola, mas o Avaí roubou e fez a bola chegar em Santarém, que bateu cruzado, firme, para tirar o zero do placar.

Dois minutos depois, Guga aproveitou outro espaço pela direita e cruzou à meia altura; a bola bateu na mão de Eduardo, que nada pôde fazer, e o juiz assinalou pênalti. O próprio lateral foi para a cobrança e ampliou. Apesar de mostrar qualidade e técnica, o Operário acabou sofrendo o famoso apagão. O problema é que aconteceu muito cedo, com 22 minutos já estava 2 a 0.


Quando se encontrou na partida, a equipe de Mafra perigou descontar em dois chutes de fora da área: o primeiro, de Maurício, foi forte e colocado, mas Victor espalmou; logo depois, Café mandou por cima, tirando tinta do travessão. Quando parecia melhor, alguns erros bobos de passe dificultaram a vida do Operário. O Avaí soube aproveitar e chegou ao terceiro aos 37: cruzamento de Elias no segundo pau, Santarém escorou e Lineker empurrou para as redes.

Pelo volume apresentado e por estar jogando em plena Ressacada, o placar para a primeira etapa de certa forma era injusto para os visitantes. Entretanto, em uma cobrança de falta aos 44, Bruno carimbou o travessão, Ronaldo Cruz pegou o rebote e rolou para o zagueiro Ian chegar batendo. Gol no momento certo, deixando tudo em aberto para a segunda etapa.



No decorrer dos 45 minutos finais, o Operário foi cansando e não conseguia criar oportunidades. Do outro lado, ainda sofria com contragolpes rápidos do Avaí. Para piorar, quando já eram decorridos 32 minutos de um segundo tempo sem muitas emoções, o zagueiro Eduardo foi expulso. Logo após, Wesley e Santarém quase transformaram o placar em goleada, em dois chutes que passaram raspando a meta de Willian. O quarto gol enfim saiu aos 40, após cobrança de escanteio de Foguinho, na primeira trave, desviada pelo zagueiro Fabian.

Galeria de fotos da goleada azurra
Totalmente rendido, o Operário apenas assistiu o relógio correr e aguardou o apito derradeiro de André Martinho Miguel, selando os 4 a 1 para o Avaí. Apesar de não fazer uma partida digna de sofrer goleada, a equipe tenta se recuperar no próximo domingo, contra o Figueirense, em Rio Negro. O Avaí também vai ao Norte, no sábado, para enfrentar outro 100%, o Joinville.

Antes disso, o esquadrão azurra tem um baita desafio no meio da semana. Quarta, às 15h, o Avaí recebe o Grêmio pelo jogo de ida da primeira fase da Copa do Brasil Sub-20 – mais uma oportunidade para O Cancheiro voltar à Ressacada.
Até lá!
[…] nessa nebulosa e garoenta tarde de quarta para conferir mais em desafio da base do Leão da Ilha. Quatro dias depois da goleada sobre o Operário de Mafra, válida pela Copa SC Sub-20, foi a vez de enfrentar um adversário com uma camisa muito mais pesada e por uma competição […]
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