Salve!
Foram decorridas seis rodadas do Municipal de Florianópolis e já começam a se definir os destinos das onze equipes. Duas delas, já sentindo a água batendo na bunda, se enfrentaram no campo na tarde desse sábado. Botafogo e Triunfo entraram no campo da Gruta, na Trindade, em 8º e 9º respectivamente – ou seja, literalmente beirando o G8 – para fazer aquele clássico jogo de seis pontos.



Atual vice-campeão da Segundona da Capital, o Botafogo já apareceu n’O Cancheiro justamente no jogo do acesso, coroando uma campanha épica que começou com seis derrotas em seis jogos, mas retomada após cinco vitórias seguidas e um empate na partida decisiva da semifinal. O Triunfo, por sua vez, vem de uma dolorosa eliminação para o Campinas, nas semis da Primeirona 2015. Por problemas financeiros, a equipe do Sambaqui ameaçou não participar do certame desse ano, mas acabou atendendo aos clamores populares e não se juntou à SEC Florianópolis entre os desistentes de 2016.

Com as duas equipes necessitando da vitória para entrar de vez na zona de classificação às quartas, o jogo começou bem movimentado. Aos 6, em cobrança de escanteio de Dias, Jean apareceu no primeiro pau para desviar, sem chances para o arqueiro Paru. Cinco minutos depois, Leon bateu uma falta pela direita e mandou direto para o gol, empatando a peleia para o Botafogo.

Como provado nos primeiros dez minutos, qualquer bola parada seria um perigo para as defesas, dada as dimensões mínimas do campo – o menor da Grande Florianópolis. Foi de uma falta que o gol da virada quase surgiu, aos 15, quando Marley aproveitou a bobeira da zaga e encontrou Cabelo livre dentro da área, mas o experiente 9 mandou por cima – era só deixar a bola tocar e correr pro abraço. Sorte que Marcel, o 9 rival, 15 minutos depois, também se apavorou na cara do gol e mandou de cabeça por cima.

O empate parcial não era interessante para nenhuma das duas equipes. Sendo assim, o segundo tempo começou mais aberto. Aos 10, após boa chegada do Botafogo, o Triunfo engatou um contra-ataque; Marcel, dessa vez com a bola nos pés, não se apavorou, esperou o goleiro Paru sair e bateu a meia altura.

O Triunfo se fez valer das dimensões do campo e, a partir do segundo gol, se fechou na defesa, buscando ampliar em contra-ataques. Foi assim aos 25, quando Jean engatou a quinta marcha pela direita e encontrou Marcel sozinho na pequena área, mas novamente o atacante desperdiçou. Marcel, que já havia se redimido de um gol perdido na virada do primeiro para o segundo tempo, fez o mesmo, dois minutos depois: após nova subida de Jean, ele recebeu, cortou Rasta e bateu forte, com raiva, no meio do gol, não dando margem para erro.

Apesar da diferença de dois gols sempre ser um tanto quanto enganosa, o Triunfo soube administrar o decorrer da partida e só chegou a levar algum susto depois dos 45. O primeiro deles foi quando Émerson arriscou da entrada da área, despretensiosamente, e acertou o travessão. Logo após, o Botafogo aproveitou bem os cinco minutos acrescidos por Filipe de Souza – depois prorrogados para mais dois -, mas parou na espetacular atuação de Willian. Aos 49, Cabelo aproveitou uma sobra e emendou uma bicicleta no canto, mas o arqueiro se esticou e pegou. Poucos depois, já aos 51, o zagueirão Humberto teve uma última chance ao subir sozinho e cabecear à queima-roupa, mas novamente Willian apareceu, demonstrando um baita reflexo.

Galeria de fotos da peleja na Trinda:
O primeiro triunfo do Triunfo promoveu um troca-troca de posições: o Botafogo saiu do G8 – e, ao final da rodada, amargava a lanterninha – e o Triunfo adentrou a zona de classificação, chegando aos seis pontos e ao sétimo lugar. Ambas equipes voltam a campo pelo Municipal contra o VT Canto: o Triunfo, na noite de quarta-feira, em casa, e o Botafogo, domingo, no Rio Tavares.
Quem também deve voltar no próximo final de semana, dessa vez em pagos bem distantes, é O Cancheiro. Fique ligado!
Aquele abraço, mô quirido!