Buenas!
Depois da rápida passagem por São Paulo, da Baixada Santista a Sorocaba, O Cancheiro fez uma parada estratégica em seu caminho de volta para Florianópolis. Ainda cedinho, saímos da terra do São Bento para, em Curitiba, conhecer o seu adversário nas oitavas da Série D, que sairia do confronto entre JMalucelli e Espírito Santo.

A peleia foi disputada em uma das canchas mais originais do Brasil, o Ecoestádio Janguito Malucelli. As alternatividades do “primeiro estádio ecológico do Brasil” não são novidades para ninguém. Além de receber os jogos do Jotinha e ter sido casa do Atlético durante a reforma da Arena, o Ecoestádio também é lar de galinhas e coelhinhos nada amistosos, que, mesmo ficando presos, dão um jeito de aprontar durante as partidas. O Ozir, chefe da equipe, até já ficou famoso por aparições inoportunas e por dar sorte aos mandantes.



Antes da pelota rolar, “A Cancheira” Amanda Joenck apurou todas as informações sobre a fauna local e descobriu que os roedores ficam presos durante partidas da CBF. Talvez isso explique a falta de sorte logo aos três minutos, quando Vinícius, zagueiro do Espírito Santo, apareceu sozinho no meio da área para completar uma cobrança de escanteio e igualar a disputa – o primeiro jogo também havia ficado 1 a 0, mas para o JMalucelli.


Aos poucos, os mandantes foram se encontrando na partida e, ao natural, passaram a dominar. Robinho, machucado, saiu e deu uma certa dor de cabeça ao treinador Luciano Gusso, mas Diego Quirino entrou e correspondeu às expectativas. Na sua primeira jogada, cruzou para Eltinho, no segundo pau, tentar escorar para trás, mas a defesa afastou. Aos 44, Quirino recebeu lançamento, virou, e tocou para Santiago finalizar, mas Alan salvou de manchete.


Faltava aquela pitada de sorte para chegar ao gol. Uma pata de coelho, talvez? Ou o coelho inteiro. Foi só o animalzinho aparecer, próximo aos bancos de reservas e um tanto quanto atordoado, que o JMalucelli encontrou o caminho para a virada. Primeiro veio o empate, aos 18, após Eltinho avançar desde o meio de campo tabelando com Santiago e finalizar com maestria no cantinho de Alan.


O escrete capixaba tentou reagir logo após o empate, haja visto que um segundo gol daria a vaga direta ao Espírito Santo. Vitor tabelou com Rafael Serrano e bateu no canto rasteiro, obrigando o arqueiro Fabrício a salvar com os pés – o lance rendeu cânticos de “ah como é bom, o Fabrício é melhor do que o Buffon”.

O JMalucelli aproveitou as brechas que o Espírito Santo deu e, em outra jogada muito bem trabalhada, Eltinho e Santiago novamente buscaram a triangulação e fizeram a bola chegar em Jenison, que, mesmo desequilibrado, mandou no cantinho; a bola ainda pegou no pé da trave e enganou o goleirão Alan. A essa altura, o relógio já marcava mais de meia hora da etapa final, obrigando o Espírito Santo a buscar uma virada em 15 minutos.
