Salve!
Assim como fizera em junho, O Cancheiro abre o mês de julho com uma peleja em Tijucas. E como sábado é dia de futebol por lá, me dirigi à Joáia para acompanhar a rodada derradeira do quadrangular semifinal. O time da casa, homônimo ao bairro, entraria em campo sem nenhuma pretensão, já que fez apenas um pontinho em cinco jogos, justamente contra o rival dessa tarde, o Itinga.



Ao mesmo tempo em que Itinga e Joáia entravam em campo no Alexandre Ternes Neto – um dos poucos estádios com arquibancada na Grande Florianópolis -, União e Renascença, primeiro e segundo, jogavam na Praça (lá, O Cancheiro já havia acompanhado um empate entre Itinga e Renascença, pelo quadrangular). Além de fazer seu dever, o Itinga dependia de uma improvável vitória do rival União para chegar às finais. Já classificado, o time do Porto da Itinga teria a vantagem de decidir sob seus domínios, independente do adversário, caso vencesse nessa última rodada. Mesmo assim, o União entraria apenas com uma motivação: deixar o seu rival de fora da final.

Ciente das dificuldades, o técnico Djone Kammers e o presidente Erivelto Leal fizeram a preleção se baseando na honra de terminar o quadrangular invicto e de ter feito o seus dever na última rodada. Ambos lamentaram as diversas chances perdidas durante as quatro partidas em que o Itinga empatou – a estreia, contra o próprio Joáia, em especial, ficou muito marcada, pois a equipe perdeu nada menos do que treze oportunidades claras de desempatar (confira abaixo, no compacto do Bola do Vale).
Mal a pelota havia rolado na Joáia e os rádios sintonizados na outra partida já ecoavam o grito de gol do Renascença. Sem saber o que se passava na Praça, os jogadores do Itinga fizeram um primeiro tempo praticamente irretocável. Ainda que o adversário Joáia, já eliminado, não apresentasse maiores dificuldades, os visitantes dominaram e saíram na cara do goleiro Guila diversas vezes.

Na primeira chance, Dandi puxou para a direita, mas a bola quicou e ele não pegou em cheio; ainda assim, a pelota ia caprichosamente encobrindo Guila, que, com um toque com as pontas dos dedos, mandou no travessão. Pouco depois, aos 22, Dandi não desperdiçou: o atacante recebeu bola enfiada de Mainha e bateu rasteiro, na saída de Guila, para abrir o placar.


Buscando fazer seu dever, o Itinga seguiu no ataque. Aos 26, o camisa 10 Geovani recebeu na direita e bateu cruzado, mas a bola foi na rede, pelo lado de fora – a torcida, da arquibancada, achou que tinha entrado e comemorou. Os tricolores da Itinga voltariam a soltar o grito de gol, agora verídico, aos 40, quando Dandi deixou Bismarck na cara do gol, que só teve o trabalho de rolar para Mainha; sem ângulo, o campeão da Interligas pelo Estrela Azul, bateu na trave, mas a bola voltou e ele só retribuiu o presente, oferecendo o gol mais fácil que Bismarck já fez na vida. A essa altura, o placar da Praça também apontava 2 a 0.


Agora cientes de que o União não estaria dando a mínima para a sua partida, o Itinga voltou para o segundo tempo apenas para deixar o tempo passar e segurar um possível contragolpe do Joáia. E olha que a equipe da casa teria empatado, se não fosse as intervenções do arqueiro Lucas. Na primeira, ele deu uma de goleiro de handebol e com os pés salvou um chute de Robinho; logo depois, espalmou uma cobrança de falta que tinha o cantinho de baixo como destino certo.

Aos poucos, o ímpeto do Joáia foi diminuindo, enquanto os visitantes só administravam o placar, tentando chegar a uma goleada através das bolas paradas. Djone ainda colocou todo os seu banco para jogar: Leandro, Maia, Ricardinho e Willian entraram nos lugares de Daniel, Dandi, Mainha e Geovani – o goleiro reserva, Alex, só não entrou porque não assinou a súmula a tempo.

Enquanto o placar seguia inalterado na Joáia, na Praça já havia virado passeio. Não parava de sair gols e, para a decepção de Djone e Erivelto, colados no alambrado com um ouvido no radinho, todos em favor do Renascença. Por lá, o time da casa fez 5 a 0 e ganhou o direito de decidir a final sob seus domínios. Já na Joaia, o Itinga foi eliminado de cabeça em pé, saudado por sua torcida na saída de campo.


Os dois próximos sábados definirão o campeão de Tijucas, com a primeira partida no Porto da Itinga e a decisão na Praça. Além disso, os dois finalistas disputarão a Liga do Vale do Rio Tijucas, que está de volta em 2016. Se nenhum dos dois desistirem, sobrará apenas a Supercopa no segundo semestre de Joáia e Itinga.
Mais fotos da peleja:
Faço minhas as palavras de Djone, após a partida, sobre a organização do campeonato. A Fundação Municipal de Esportes de Tijucas, nesse quesito, dá um banho em muitas ligas. Sendo assim, O Cancheiro deverá voltar ao município no segundo semestre para a disputa da Supercopa. O retorno da Liga também terá seu devido espaço por aqui.
Até a próxima!