Figueirense bate Chapecoense e se torna o primeiro campeão da Copa SC Sub-20

Buenas!

Final de campeonato em plena tarde de segunda-feira. Tem coisas que só a FCF nos proporciona. Com os últimos três finais de semana sem linhas novas aqui pelo blog, aproveitei o horário anormal para voltar à labuta e acompanhar o caneco da Copa SC Sub-20 sendo erguido por Figueirense ou Chapecoense.

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O Figueirense jogou com: Alisson; Luis Eduardo (Igor Paim), Marcos (Pereira), Henrique e Guilherme Morassi; Kauê, Patrick (Cunha), Gustavo (Léo) e João Pedro; Índio (Paulo) e Matheus Henrique. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)
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A Chape foi ao Scarpelli com: Tiepo; Imbituba (Silvano), Igor, Scalon e Luquinhas (Bryan); Hiago, Thallis e Wesley; Lourency, Régis (Japa) e Perotti. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Dessa vez, não precisei ir muito longe, visto que o Orlando Scarpelli, palco da decisão, fica a 20 minutos de caminhada de casa. O estádio do Furacão do Estreito, aliás, havia recebido um medonho 0 a 0 entre Figueirense e Coritiba no dia anterior – por que não colocar a final da copinha como preliminar, então? Aposto que seria mais interessante do que a partida de fundo. O péssimo horário não levou mais do que duas centenas de viventes à cancha.

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Arbitragem comandada por Ramon Abatti Abel. Elen Sieglitz e Alexandre Lodetti foram os bandeirinhas e Assis da Silveira o quarto árbitro. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O Figueirense estava praticamente com as duas mãos na taça. Na partida de ida, em Chapecó, o alvinegro descolou um belíssimo 2 a 0, com dois gols do camisa 10 João Pedro. Para levar a taça para o Oeste, a Chape precisava reverter o placar e fazer, no mínimo, três gols de diferença, já que a melhor campanha geral dava a vantagem de jogar por dois resultados iguais para o Figueira.

Na primeira fase, entretanto, quem terminaria com a melhor campanha em campo seria a Chapecoense, com 18 pontos, mas uma infração na vitória sobre o Marcílio Dias tirou seis pontos do time do Oeste. Com a punição, o time caiu para a quarta colocação e teve que enfrentar o Criciúma, líder da primeira fase. Uma vitória em pleno Sul do Estado colocou o Verdão na final. O Figueirense, por sua vez, venceu seus dois confrontos semifinais contra o Operário de Mafra (relembre as campanhas).

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O horário contribuiu para uma decisão com pouco público. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Assim que a pelota rolou no Scarpelli, me posicionei ao lado do ataque dos visitantes, esperando uma natural pressão para alcançar a distante goleada necessária. Na prática, isso passou longe de acontecer. Os primeiros 20 minutos foram muito iguais e peleados no meio da cancha. A primeira finalização foi de João Pedro, buscando seu terceiro gol na final, mas a bola foi no meio do gol. Lourency respondeu com uma cobrança de falta no segundo pau que quase surpreendeu o goleiro Alisson.

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Chape precisou ir para cima para desfazer a enorme vantagem do rival. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Na primeira oportunidade clara, Índio – não o Condá – não desperdiçou. Após escanteio, aos 24, a bola sobrou no meio da área para o atacante emendar para o gol e abrir o placar, tornando a vida da Chapecoense ainda mais complicada. Agora eram necessários quatro gols – se, do outro lado, o rival vestisse vermelho e branco e viesse de Porto Alegre, até dava para nutrir esperanças de título.

Atrás no marcador, a Chape até ensaiou uma pressão. Alisson tentou sair pelo chão em um tiro de meta e quase complicou a vida de sua zaga; Wesley roubou, mas não conseguiu aproveitar. O empenho pelo empate, porém, não foi muito além desse lance. Quem chegou mais perto de modificar o marcador no final da primeira etapa foi o time da casa, após uma jogada trabalhada, que passou de pé em pé, até chegar em Gustavo, livre, mas o goleiro Tiepo saiu para abafar o chute.

Gaviões Alvinegros
Gurizada da Gaviões Alvinegros contribuiu para não deixar o Scarpelli sob um lastimável silêncio. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

O intervalo deve ter sido marcado por uma forte cobrança nos vestiários, resultando em uma Chapecoense completamente diferente na segunda etapa. Mais incisiva, a equipe do Oeste chegava com facilidade à área adversária, em especial em subidas de Lourency pelo lado esquerdo. Na primeira chegada, o atacante bateu sem ângulo, Alisson espalmou para o meio da área, mas Imbituba não honrou seu belo apelido e isolou a bola do empate.

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Lourency não deu sossego para a zaga alvinegra no segundo tempo. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Foi o primeiro de uma série de gols inacreditáveis perdidos pela Chape. Isso porque, logo depois, Lourency novamente chegou à linha de fundo e cruzou na cabeça de Perotti, livríssimo, que mandou no canto, no chão, como manda o manual, mas o goleirão Alisson buscou. O arqueiro alvinegro, a essa altura destaque da partida, ainda viria a salvar outra no cantinho, após Wesley ter costurado a zaga e finalizado com força. Para não dizer que a Chapecoense não balançou as redes de Alisson, Imbituba até chegou a mandar para o gol, mas estava impedido – para desespero da comissão técnica do Verdão, que já reclamava de diversas decisões duvidosas do trio de arbitragem.

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Wesley cortou a zaga duas vezes antes de chutar firme para defesa de Alisson. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Outro lance que causou a ira dos visitantes aconteceu após Perotti, novamente em total liberdade, dominar e, de dentro da pequena área, mandar uma bomba no travessão; ela ainda quicou próxima à linha e foi afastada. Crente de que a bola havia ultrapassado a linha do gol, o comandante da Chapecoense, Emerson Hartkoop, teve que recorrer ao recurso eletrônico – no caso, o fotógrafo aqui – para perceber que sua reclamação não tinha muito fundamento. No registro do lance, peguei a bola subindo, mas claramente fora do gol. Mesmo tirando a dúvida com seus reservas que aqueciam ao lado, o técnico e seus auxiliares seguiram esbravejando com Ramon Abatti Abel.

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A bola bateu no travessão e quicou fora do gol. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Em uma tarde de segunda que nada dava certo para a Chapecoense, uma natural desanimada acometeu os jogadores de verde. Os lances citados até aqui aconteceram nos primeiros 25 minutos da segunda etapa. Dali em diante, a partida voltou ao marasmo, enquanto o Figueirense cozinhava e administrava sua mega vantagem. Para completar o desastre, Lourency teve uma oportunidade de, ao menos, empatar nos acréscimos. Ele ganhou na corrida, aplicou um belo rolinho no goleiro Alisson e chutou para o gol vazio, mas Pereira, zagueiro que havia entrado no segundo tempo, deu um baita pique e salvou em cima da linha.

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Perotti, de belas atuações durante a copinha, em uma tarde nada inspirada. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Não deu outra. A taça ficou mesmo no Estreito. Com o apito de Ramon Abatti Abel, a festa irrompeu o gramado do Scarpelli. Até o presidente Wilfredo Brillinger desceu ao campo para comemorar. Autoproclamado, pelo sistema de som do estádio, como maior vencedor das categorias de base de Santa Catarina, o Figueirense se tornou o primeiro campeão da Copa Santa Catarina Sub-20 na história.

Igor Luz Chapecoense
Igor recebendo o troféu de vice. (Foto: Lucas Gabriel Cardoso)

Findada a competição dos juniores do primeiro semestre, Chape e Figueira agora começam a preparação para o Estadual da categoria, a ser disputado nesse segundo semestre. O Cancheiro, assim como fez na copinha, estará acompanhando, sempre que possível, as equipes da Grande Florianópolis. Antes disso, ainda tem muita bola a rolar por aqui, seja no amador ou nas divisões inferiores do profissional.

Siga acompanhando, e até mais ver!

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