Salve!
Agora vai! Depois de um fevereiro sabático para o blog, precedido por um janeiro com apenas dois jogos-treino por aqui, esperei o primeiro dia do mês de março para, enfim, voltar às canchas. Ainda que de forma não-oficial, me dirigi ao Estádio Renato Silveira, em Palhoça, para acompanhar um jogo-treino entre os juniores do Guarani e a equipe principal do Grêmio Cachoeira, atual campeão de tudo da Grande Florianópolis.



Para os donos da casa, a partida marcou o começo da preparação para a disputa da Copa Santa Catarina Sub-20. O Bugre sonha em repetir a belíssima campanha dos juvenis no Catarinense do ano passado, quando liderou boa parte da primeira fase, mas caiu nas semifinais para o Avaí. Para isso, manteve praticamente todo o elenco na categoria superior – apesar da copinha ser para atletas de, no máximo, 20 anos, o Guarani deverá entrar em campo com um time sub-18. Para o amistoso, o técnico Luis Carlos Cruz pôde utilizar diversos jogadores que estavam trabalhando com a equipe profissional: os goleiros Héverton e Lucas, o zagueiro Willyan, o lateral Henrique, os meias Anderson e Colaço e os atacantes Izak, Ramirez e Diego Souza.
O time da Cachoeira do Bom Jesus, por sua vez, usou o amistoso como último teste para a Copa Interligas, competição que envolve os principais times amadores da Grande Florianópolis e que começa no próximo final de semana. Nos outros três amistosos, o Grêmio venceu o Vera Cruz, de Garopaba, e o Rachadel, de Antônio Carlos, mas perdeu para outro participante da Interligas, o Cometa, de Santo Amaro da Imperatriz. A equipe que buscará o tricampeonato manteve boa parte de sua base do ano passado. As novidades ficam sob as traves, onde o experiente e decisivo André Nicolodi se aposentou, deixando o lugar para Peu, e no ataque, com a chegada de Kleyffer, conhecido do técnico Djone por sua passagem pelo Campinense, no Municipal de Garopaba do ano passado.
Mesmo com realidades e preparações bem diferentes, Guarani e Grêmio protagonizaram um belo embate em meio a uma noite comum de terça. Quando a bola rolou, a gurizada do Guarani foi quem ditou o ritmo da partida. A intensidade e a correria empregadas pelo time palhocense foram logo abafadas pela experiência da equipe florianopolitana. Com um time bastante rodado e que se conhece bastante, o Grêmio não demorou muito a oferecer perigo à meta defendida por Lucas. Itauê e Abner exploravam bem o lado direito. Na primeira oportunidade, o lateral cruzou, mas Lucas saiu bem. Logo depois, Deivid lançou Kleyffer, mas novamente o bom arqueiro do time da Parati saiu para abafar.

Com a marcação alta de ambos os lados, os primeiros dez minutos foram bem intensos. Vale lembrar que essa equipe do Guarani se conhece desde a categoria sub-15, ou seja, já treinam juntos há pelo menos três anos. O time, fruto de uma parceria com o Moleque Bom de Bola, da Parati, tocava bem a bola e empregava velocidade nos ataques, mas não definia e acabando deixando a defesa aberta. Foi assim que, aos 11, Carlinhos invadiu a área e foi derrubado. Vitor Cruz, o homem das bolas paradas do Tricolor, bateu firme, no meio do gol, e correu para o abraço.

Mesmo com o placar inaugurado, o jogo manteve a mesma pegada. Bom para o Grêmio, que ampliou em nova jogada pela direita entre Abner e Itauê, finalizada pelo matador André. Com menos de 20 minutos, o placar do jogo-treino já marcava um surpreendente 2×0 para a equipe amadora. O Guarani, entretanto, não se abateu e continuou empregando seu ritmo a partida, deixando a zaga do Grêmio exausta. Diego Souza, autor de um gol no Catarinense desse ano contra o Metropolitano, teve duas ótimas chances: na primeira, bateu firme de fora da área, mas a bola passou à esquerda do gol; logo depois, ele se enrolou com Abner e, após os dois caírem dentro da área e juiz nada marcar, o atacante se levantou e disparou à queima-roupa, obrigando Peu a mostrar o porquê de ter sido o escolhido para defender as metas do Grêmio.

Para alívio da defesa do Grêmio, o intervalo veio com o placar ainda favorável. Para a segunda etapa, o técnico Luis Carlos Cruz colocou outra equipe em campo, um time em sua maioria juvenil, mas mesclado com alguns jogadores dos juniores. Djone também fez algumas mudanças, inserindo Fábio, Lucas, Ziel, Tiaguinho, Natan Sabino, Gui, Pedrinho, Júlio e Bruno pelo lado do Grêmio.


Com uma equipe menos entrosada, o time de Florianópolis não repetiu o excelente desempenho da primeira etapa – apontado pelo técnico Djone, inclusive, como os melhores primeiros 45 minutos desde que ele comanda o Grêmio. A gurizada do Guarani, em sua maioria nascida em 1999 e 2000 (!), continuou colocando o adversário para correr, mas sem muita objetividade. O jogo seguiu sem maiores emoções, totalmente controlado pelos visitantes. O placar só voltou a ser alterado no último lance, quando Tiaguinho chutou mascado de fora da área e a bola sobrou para Gui limpar da marcação e marcar o terceiro.

Apontado como positivo por todo o elenco do Grêmio, o teste demonstrou que a equipe da Cachoeira do Bom Jesus vem ainda mais forte para a disputa da Interligas desse ano. A estreia acontece no próximo domingo, em São José, contra o Juventus, atual vice-campeão josefense, e terá a cobertura d’O Cancheiro – sim, isso aqui está quase virando uma assessoria do Grêmio, eu sei, mas deverá ser a única partida do time da Capital em que estarei presente nessa primeira fase. Antes disso, O Cancheiro retorna, oficialmente, no confronto entre VT Canto e Pescador, no sábado.

Falando em estreia, ainda no mês de março, a equipe sub-18 do Guarani entra em campo para a disputa da Copa SC Sub-20. O primeiro jogo, contra o Metropolitano, está marcado para o dia 27 – se tudo der certo, O Cancheiro voltará ao Renato Silveira para acompanhar o desempenho da gurizada bugra nesse novo desafio.
Ou seja, deu para notar que vem muita competição nova por aí! Fique ligado e até logo!