Buenas!
Enquanto a pelota não rola para uma partida oficial por Santa Catarina, seguimos acompanhando a preparação das equipes que disputarão o Catarinense 2016. Depois de abrir a temporada com um jogo-treino do Metropolitano, continuamos pelo Vale do Itajaí, onde, na tarde dessa terça-feira, o Brusque recebeu o Operário Ferroviário, atual campeão paranaense.
Ao contrário dos rivais Metropolitano e Camboriú, que apostaram em testes contra clubes amadores da região, o Brusque não quis saber de arrego. O Fantasma já havia sido o adversário no primeiro desafio da pré-temporada. Em Ponta Grossa, o time da casa venceu pelo placar mínimo de 1 a 0, com gol de Rafinha. Quatro dias depois, foi a vez da cidade de Brusque receber o confronto do atual campeão paranaense contra o campeão catarinense da segunda divisão.

A derrota no primeiro jogo, apesar da elogiada atuação, deixou um gosto amargo para a equipe catarinense já no começo de sua preparação. Assim, a partida de “volta” ganhou uma importância significativa, já que seria o único teste aberto à torcida e o time teria que mostrar serviço, independentemente da força do adversário. Mesmo sendo em plena tarde de terça-feira e sem a sua tradicional casa, o Augusto Bauer, a torcida brusquense se fez presente em bom número à cancha do Santos Dumont.
Se engana quem pensa que o atual Fantasma é muito diferente daquele que assombrou os grandes do Paraná e conquistou o título estadual de forma absoluta – entre os onze titulares daquela histórica goleada na final contra o Coritiba, sete entraram em campo durante o jogo-treino: Danilo Báia, Doulas Mendes, Sosa, Peixoto, Lucas, Chicão e Juba. O time comandado por Antônio Picoli entrou no gramado do Primeiro de Maio com Silvio; Danilo Báia, Jean, Sosa e Alisson; Baiano, Gabriel, Jhonathan e Alessandro; Rafinha e Willian. Já o time da casa jogou a primeira etapa com João Paulo; João Neto, Cleyton, Alemão e Aelson; Cambará, Carlos Alberto, Assis e Eliomar; Eydison e Giancarlo. Em relação ao jogo de Ponta Grossa, a única mudança foi a saída de Maurício para a entrada de João Neto na lateral-direita.

Os cerca de 150 torcedores assistiram um começo de jogo empolgante por parte do time local. Logo aos cinco minutos, em bola parada, o zagueiro Cleyton recebeu um cruzamento de Assis na segunda trave e não desperdiçou, abrindo o marcador e igualando o “placar agregado” dos dois amistosos. Ainda antes dos 10 minutos, Aelson invadiu a área em velocidade e foi derrubado por Gabriel. A chance de ampliar foi desperdiçada pela péssima cobrança de Giancarlo, que mandou a bola à direita da trave defendida por Silvio.

O pênalti perdido não abalou a equipe, que continuou com seu futebol envolvente e rápido que vinha demonstrando até então. Dessa forma, Carlos Alberto e Eliomar tiveram boas chances, mas pararam nas defesas do arqueiro rival. Até o zagueirão Alemão chegou a se aventurar lá na frente, puxando uma jogada em velocidade que quase resultou em um lance perigoso. Alemão, aliás, aproveitou uma bola parada e, depois de uma falha da defesa, rolou para Cambará completar para o gol. 2 a 0, pênalti perdido e um verdadeiro baile em apenas 25 minutos.
Com o placar favorável, o Brusque manteve a marcação forte e os ataques rápidos, mas sem a mesma intensidade. O Operário, por sua vez, demonstrava zero de entrosamento. Apesar de ter um elenco forte e técnico, a equipe de Picoli não conseguia trabalhar jogadas coletivas e oferecia perigo ao goleiro João Paulo em raros chutes de fora da área e bolas paradas. Danilo Báia, um dos destaques do título, estava irreconhecível – não demorou muito para a torcida pegar no pé dele.

Na segunda etapa, Mauro Ovelha e Antônio Picoli aproveitaram para testar vários jogadores e o jogo ficou morno, quase que tedioso. Pelo lado do Brusque, entraram, no decorrer do segundo tempo, Maurício, Neguete, Adãozinho, Potita, Everton Cezar, Alexandre Pedalada e Paulinho. No Operário, praticamente todo o time foi alterado: Douglas Mendes, Chicão, Peixoto, Lucas, Junior, Wallacer, Lucas Batatinha, Nathan e Juba entraram.
O entrosamento que faltava para o time paranaense pesou ainda mais na segunda etapa. A forte marcação brusquense impedia qualquer avanço do adversário. Dessa forma, o jogo ficou muito truncado e desprovido de maiores emoções. Alexandre Pedalada e Sosa foram os que mais ofereceram perigo de cada lado, em chutes de fora da área. Mesmo com um maior equilíbrio, o Brusque demonstrou tranquilidade para manter o placar e sair vitorioso.

Após a partida, Mauro Ovelha destacou a dificuldade do jogo-treino. Para ele, não adianta colocar a equipe para jogar contra equipes menos qualificadas ou até amadoras, como fizeram os outros times da região. Ovelha ainda deixou o time em aberto para a estreia no Catarinense, dia 31, contra o Figueirense. No mesmo, aliás, o Operário já tem sua primeira batalha para defender o título do Paranaense, em casa, contra o Atlético-PR.

A impressão que o time deixou para a torcida não poderia ser melhor. A vitória de 2 a 1 no placar agregado e a facilidade com que dominou as ações contra o atual campeão paranaense mostraram que o Brusque tem totais condições de ir longe nesse campeonato, beliscar uma vaga Série D e deixar de lado a fama de ioiô.
Mais fotos do jogo-treino:
Agora deu de jogo-treino por aqui. Ficamos no aguardo do começo dos estaduais, na torcida para que um novo Operário de Ponta Grossa surpreenda a todos e desbanque os grandes – eles que se preocupem com sua “Primeira Liga”.
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