Depois de rodar Santa Catarina atrás do verdadeiro futebol, uma das únicas regiões que ainda não tinha dado as caras aqui no blog era o sul. Para tanto, peguei mais uma vez a 101 e dirigi-me a Tubarão para acompanhar dois dos líderes e favoritos ao acesso nessa Série B do Campeonato Catarinense: o Atlético Tubarão, antigo Cidade Azul, e o Brusque.

Muito se esperava dessa partida, já que era o encerramento do turno e envolvia o time do sul, líder, e o do vale, terceiro colocado. Tanto o Peixe quanto o Marreco vinham embalados por vitórias na última rodada, contra Concórdia e Hercílio Luz, respectivamente. Em relação ao blog, é a primeira vez do Atlético, enquanto o Brusque já se fez presente por aqui contra o Juventus de Seara, o de Jaraguá e o Porto.

Dado esse baita retrospecto de ambas equipes na segundona, não podíamos esperar uma peleja menos acirrada. E foi assim que o jogo começou. O equilíbrio na meia cancha era visível até a metade do primeiro tempo. Lá pelas tantas, depois de faltas, divididas à revelia e um jogo feio de se ver, o Atlético começou a chegar com mais perigo, aproveitando a velocidade de seus meias Esquerdinha e Dionísio. O primeiro, aliás, chegou a ficar cara a cara com Wanderson, mas não foi capaz de vencer o arqueiro brusquense, que fechou bem o ângulo. Assim, até o intervalo quem mais esteve próximo do gol foi o time da casa.


A incansável dupla tubaronense voltou para o segundo tempo com o mesmo pique. Apesar de algumas boas chegadas do Brusque, o Atlético manteve o volume explorando os contra-ataques. Na metade da segunda etapa, Esquerdinha cobrou uma falta do meio da rua, a bola fez uma curva de sabe-se lá quantos graus, mas Wanderson agarrou. Logo depois, Dionísio pegou a pelota na sua defesa e fez o que quis com ela, correndo pelo meio até sofrer falta, não marcada pelo árbitro Carlos Eduardo Vieira Arêas.

O juizão, inclusive, merce um parágrafo à parte nesse relato. Foram 11 cartões amarelos distribuídos durante a partida. Convenhamos que o jogo teve mais divididas do que bola rolando, mas a grande quantidade de tarjetas áureas se deve à vontade incansável de cumprir a nova recomendação da arbitragem: não deixar passar nenhuma reclamação. Em determinado momento, por exemplo, Tony reclamou e recebeu, além do cartão, xingamentos até piores do que os que ele mesmo havia proferido para o árbitro. Com isso, o atacante, junto com Rogélio, desfalcará o Brusque na próxima rodada. Quem também estará de fora é Jean Carlos, expulso após receber dois cartões por ficar retrucando o dono do apito.

Os três desfalques não jogarão a primeira rodada do returno, justamente contra o Atlético Tubarão. O jogo, em Brusque, acontecerá no próximo domingo. E terá um contexto semelhante ao do empate desse domingo, já que na tabela quase nada mudou: os de Tubarão continuaram em primeiro, com 18 pontos, enquanto os de Brusque ainda estão batendo na porta do G2, com os mesmos 16 do segundo colocado Juventus de Jaraguá.

A rodada que deu fim ao primeiro turno ainda teve um surpreendente Operário de Mafra vencendo o Concórdia no oeste por 2 a 1, o jogo de sete gols onde o Juventus de Seara fez 4 a 3 no Hercílio Luz e o empate em 1 a 1 entre Juventus de Jaraguá e Porto. Vale lembrar que o Camboriú folgou na rodada, visto que enfrentaria o Blumenau, desistente da competição.
Mais fotos da partida:
Para a abertura do returno, os jogos dessa última rodada terão seus mandos invertidos. O Cancheiro, por motivos logísticos, se fará presente novamente no confronto entre o Marreco e o Peixe, dessa vez no Vale do Itajaí – ou não né, visto que minhas últimas previsões não se concretizaram, como a do último post, quando falei que estaria no norte do estado para acompanhar o municipal de Joinville.
Mas sigamos em frente e até a próxima peleia!