Compensando a ausência d’O Cancheiro no último final de semana, resolvi fazer uma rodada dupla pelo Vale do Itajaí, nessa quarta, dia 1º. Aproveitando que o Blumenau decidiu levar o mando de campo da partida contra o Hercílio Luz para Ibirama, tomei o rumo da BR-470 em direção ao Alto Vale. O outro jogo dessa jornada dupla foi entre Brusque e Porto, pela mesma sexta rodada da Série B do Catarinense

O time de Blumenau, com uma campanha de dar inveja ao saudoso Maga, vinha de 5 derrotas, nenhum gol marcado e 19 sofridos – entre eles, 8 na recente humilhação para o Porto. Para completar o desastre, o time ainda foi punido com a perda de 9 pontos (detalhe que eles nem tinham pontos para perder, ficando no negativo). Já o clube tubaronense também não vinha de uma fase muito boa, fato que culminou na troca do comando técnico.

Depois de enfrentar 120 quilômetros pela caótica BR-470, com direito a engarrafamento em Blumenau e pista única próxima a Ibirama, cheguei ao estádio da Baixada apenas no intervalo e, acreditem, o placar já estava 4 a 0 para o alvirrubro. Os gols haviam sido marcados por Guthere, duas vezes, Éderson e Kauhan. E olha que, apesar do elástico placar, um membro da comissão técnica do leão chegou a comentar que já era para estar 8 a 0, tamanha a discrepância entre os dois elencos.


Para o segundo tempo, me posicionei ao lado do gol defendido pelo pobre arqueiro João, responsável direto pelo Blumenau ter sofrido apenas 2 gols contra o Brusque, na quarta rodada. De lá, vi o Hercílio dominar a partida na tentativa de repetir o feito do Porto: 4 vira, 8 acaba. E, de forma natural, o time do sul chegou lá. O quinto e o sexto saíram em jogadas pelo lado direito do ataque, primeiro com Dener, em tabela com Da Silva, depois com Kauhan, após chute cruzado de Daniel Ferreira. Em ambos os lances, João nada pode fazer.


O Hercílio só não esperava, porém, que o BEC ainda teria forças para descontar. Foi aos 18 minutos, em uma jogada de escanteio, onde Paraíba apareceu sozinho para completar e tirar do goleiro Eduardo Castro. O gol levou meia dúzia de adeptos do BEC presentes no estádio a loucura, visto que foi o primeiro do time na segundona, mesmo após 6 rodadas disputadas. Inclusive, torcedores mais fantasiosos já acreditavam na virada. Por que não né?

Porque o Hercílio ainda tinha gás para mais. O sétimo – não perca as contas, camarada – foi marcado por Da Silva, aos 32, em uma bola caprichosamente colocada no ângulo da goleira defendida por João, que até chegou a encostar nela. Nesse momento, eu, o gandula e o repórter de uma rádio de Tubarão já havíamos nos perdido na tentativa de recapitular o nome dos autores dos setes gols. Em meio a essa dúvida, um minuto depois, quase nem vimos Da Silva fazer mais um e sair mais faceiro que guri de bombacha nova, afirmando na comemoração: “Deu, pode acabar, já fiz tudo que tinha para fazer nesse jogo!”.
Placar final: Blumenau 1×8 Hercílio Luz. Mais uma derrota humilhante para o tradicional time do Vale, que nem de longe lembra aquele grande clube dos anos 80 e 90, que mandava seus jogos no Velho Deba e chegou a disputar a Série B do Campeonato Brasileiro. “Tô feliz pra caramba com nosso primeiro gol”, palavras do presidente Wanderlei Laureth, mesmo depois de levar 8. Agora resta apenas completar a competição com alguma dignidade para começar do zero na terceirona ano que vem, visto que, se desistir, o clube pode ser suspenso.
Galeria com fotos da partida:
[…] conseguir goleá-lo. Três rodadas e 25 gols sofridos depois – tendo marcado apenas um, na derrota por 8×1 para o Hercílio -, o Tricolor da Alameda acabou desistindo da […]
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