Buenas!
Uma das coisas mais sensacionais da Copa Interligas é a oportunidade de conhecer a Grande Florianópolis através do futebol. Governador Celso Ramos, no sábado, e Campeche, no domingo. Ontem, já contei a história de Pescador x Estrela Azul por aqui. Hoje, é a vez de Campinas e Cometa estrelarem – e estrearem – por essas páginas. O estádio Bertolomeu Manoel Daniel foi o palco da peleja, válida pelo Grupo C da Interligas.


Assim como na partida anterior, o visitante também vinha de Santo Amaro da Imperatriz. Dessa vez, foi a vez do Cometa, atual vice-campeão da liga do município, tentar alcançar mais uma vitória para se manter na ponta do Grupo C – na estreia, a equipe bateu o Ipiranga em seus domínios. Pelo lado dos mandantes, a ideia era aproveitar a estreia em casa para se reabilitar na competição, depois da derrota para o Fundos, em Biguaçu, na primeira rodada.

Com pouca torcida, o jogo começou silencioso e sonolento. Somado a isso, as poucas chances de gol davam a impressão que teríamos o primeiro zero a zero do blog no ano. Ledo engano, amigos. Já aos 14, Caio, o 10 do Campinas, chamou a responsa para si e, após uma falta cobrada rapidamente por Sorocaba, o meia só deu uma ajeitada na bola e mandou um chute venenoso na gaveta, de bem longe da área – a defesa do Cometa reclamou com a arbitragem pois a falta teria sido batido com a bola rolando.

Com o placar desfavorável, o Cometa passou a dominar a partida, rodando a bola, mas chegando pouco à meta defendida por Jé. As duas melhores chances aconteceram em cobranças de escanteio que sobraram para Fabinho, no segundo pau: na primeira ele bateu direto e a defesa salvou sobre a linha; logo depois, ele escorou para Domício bater sobre o zagueiro – apesar das reclamações, foi bola na mão e não o contrário.

O Campinas também teve suas chances de ampliar desperdiçadas, com Fábio e Rafa. A segunda, em especial, levou à loucura o banco de reservas da equipe. Isso porque, após uma jogada bem trabalhada, Fábio rolou para o meia-atacante, sem goleiro e na pequena área, mandar a bola para fora do estádio. Em outro ataque do time do Campeche aconteceu o lance capital da partida: em uma cobrança de falta, Sorocaba e Alisson se enroscaram e o árbitro entendeu como agressão mútua, expulsando ambos.

Com 10 para cada lado e o campo mais aberto, o segundo tempo foi consideravelmente mais interessante. Aos 6, André chegou na linha de fundo e foi derrubado. Pênalti para o Campinas, convertido em gol por Caio – goleiro para um lado e bola para o outro. Três minutos depois, André recebeu lançamento de Hariel e novamente foi derrubado, mas dessa vez pelo goleiro Bruno. A chance que seu companheiro Caio queria para anotar um hat-trick. Na cobrança, Bruno acertou o canto, mas não conseguiu evitar o gol: 3×0 para o Campinas e uma provável goleada histórica no horizonte. Ou não, já que, logo depois, o técnico Adriano Hermenegildo sacou Caio da partida.
Três gols, pede música (confira os dois gols de pênalti marcados por Caio, ao som da música que ele pediu):

A partir disso, o Cometa se encontrou em campo e dominou o restante do segundo tempo – o mais agitado da história do Cancheiro. Aos 17, Schumacher levantou com perfeição na cabeça de Domício, que não desperdiçou e descontou. O Campinas, por sua vez, levava perigo nos contra-ataques. Foi dessa forma que, aos 28, Gregory deu uma meia-lua em Domício e bateu firme para marcar o quarto.

Agora parecia que o Cometa não reagiria mais. Outro engano. Aos 35, Domício bateu cruzado na área e a bola sobrou para Tiago Meurer chegar batendo para o gol. Do outro lado, Pita e João isolaram as chances de enfim decidir a partida. Enquanto isso, seguia a busca implacável do Cometa pelo improvável. Faltando dois minutos para o fim do tempo regulamentar, China pegou da entrada da área, puxou para dentro e bateu colocado no ângulo. Não perca as contas: a essa altura, o Campinas vencia por 4 a 3. O inabalável Cometa bem que tentou, mas não havia mais tempo para buscar o empate.

Assim como acontecera no Grupo A, no dia anterior, onde tudo ficou embolado, o Grupo C também teve as quatro equipes empatadas com três pontos ao final da segunda rodada. Pelo outro jogo da chave, o Ipiranga surpreendeu o Fundos em casa e venceu por 2×1. No Grupo A, ainda há diferença de saldo entre as equipes, enquanto no C todos se encontram empatados com zero de saldo. O desempate se dá só nos gols pró, com o Campinas com 5, Cometa 4, Fundos 3 e Ipiranga 2. Já começou emocionante essa Interligas!

E semana que vem tem mais. Cometa e Campinas jogam fora de casa: o time do Campeche enfrenta o Ipiranga, em São José, e o de Santo Amaro da Imperatriz pega o Fundos, em Biguaçu (confira a tabela). Enquanto isso, O Cancheiro prosseguirá com suas andanças, trazendo ao menos uma competição nova no próxima final de semana – sem deixar de lado, é claro, a Interligas.
Até breve, querido!
[…] Com dez gols sofridos em duas partidas, a equipe de São José permanece na última posição do Grupo B da Interligas. Já o Náutico, que foi a quatro pontos, assumiu o segundo posto do grupo, mas agora tem um compromisso duro pela frente: o bi-campeão e líder Grêmio Cachoeira, em dois duelos seguidos. Por outro lado, nos outros grupos, tudo embolou de vez e todas as equipes do A e do C estão empatados com três pontos ganhos. Pelas bandas não do norte, mas do sul de Floripa, o Campinas venceu neste domingo também, e o Lucas contou. […]
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